terça-feira, 30 de abril de 2013
Indissolubilidade do Matrimônio
A
Igreja e seus mandamentos
por
Monsenhor
Henrique Magalhães
Editora
Vozes, 1946
INDISSOLUBILIDADE
DO MATRIMÔNIO
19
de Agosto de 1940
Vejamos a indissolubilidade do Matrimônio, em face do direito natural e do
direito divino. Quanto ao direito natural, assim se prova: o fim primordial do
casamento é a procriação e a educação da prole.
É preciso conservar a espécie humana — eis o que prescreve a própria natureza,
em suas leis gerais e imutáveis.
Vejamos a belíssima primeira página da obra do Padre Leonel Franca sobre o
divórcio: “O ato transmissor da existência é, nas plantas, uma simples função
orgânica. Nos animais, associa-se-lhe a sensibilidade, que os distingue das
plantas; no homem, é um ato humano, que participa de toda a sua natureza,
fisiológica e psíquica. — Na biologia vegetal, dirigem-no as leis orgânicas;
na biologia zoológica, os impulsos espontâneos do instinto; na biologia
humana, o ato transmissor da existência é dirigido pelos princípios racionais
da moral.
A sociedade doméstica, lógica e cronologicamente anterior à sociedade civil,
é, pois, uma instituição natural — tão antiga como a humanidade — tem as suas
origens na própria vida humana, que ela gera, forma e aperfeiçoa. A sua
finalidade, superior aos caprichos efêmeros das paixões, independente do
arbítrio das convenções positivas, é ditada pela natureza imutável das coisas.
Poderão variar as aplicações históricas da idéia de família. As relações
sociais entre os cônjuges, a liberdade com que se escolhem, a autonomia
relativa da mulher, a base da economia doméstica... — Ao lado destes elementos
que, na sua mobilidade, asseguram a plasticidade de adaptação do organismo
familiar — subsiste-lhe sempre a essência imutável, a razão de ser biológica,
superior às vicissitudes evolutivas das formas contingentes do viver social”.
“Os fins essenciais da sociedade conjugal — conservar a espécie e assegurar a
felicidade dos cônjuges — acham-se inscritos, com caracteres indeléveis, nos
instintos, nas tendências, nas exigências da vida humana”.
Ora, tais fins essenciais exigem a indissolubilidade. Pois se a geração da
prole, mesmo sem ela, pode dar-se, seria sem ela muito prejudicada. A incerteza
da perenidade da união aconselharia a diminuição e até a supressão da
natalidade. — Em linguagem bem simples, familiar: Se o Matrimônio deixar de ser
indissolúvel, os filhos devem ser repelidos, para evitar complicações e
empecilhos no futuro.
Quanto à educação da prole, só se pode consegui-la perfeita, contínua,
eficiente, no regime da indissolubilidade. Não pode haver duas opiniões sobre a
matéria.
Quanto ao direito divino, temos as palavras da Bíblia Sagrada, no Gênesis,
narrando a formação da mulher e, logo após, a instituição do matrimônio e da
família, com a nota da indissolubilidade, como diz expressamente Jesus Cristo.
E o mesmo divino Mestre, interrogado sobre a possibilidade do divórcio,
repele-o, concluindo a sua demonstração com estas palavras textuais e
conhecidas por todo mundo: “o que Deus uniu, não queira o homem separar!” — “quod
Deus conjunxit, homo non separet”. — Vê-se, por esta declaração insofismável,
que a indissolubilidade matrimonial é de direito divino.
Fonte: A Grande Guerra
O Divórcio e a Prole
A
Igreja e seus mandamentos
por
Monsenhor
Henrique Magalhães
Editora
Vozes, 1946
O
DIVÓRCIO E A PROLE
20
de Agosto de 1940.
Vamos estudar hoje — o divórcio e a prole — em continuação ao estudo sobre o
sétimo Sacramento.
Falando ao mundo universo, em sua Encíclica sobre o Matrimônio, disse Pio XI:
“O que mais impede a restauração e a perfeição do Matrimônio instituído por
Cristo Redentor é a sempre crescente facilidade dos divórcios”.
Como disse há pouco, o Santo Padre se dirige aos habitantes de todos os países
do mundo, nos quais, salvo raras exceções, admite-se o divórcio a vínculo.
“Os fautores hodiernos do neo-paganismo, continua o Pontífice, prosseguem
sempre com mais acrimônia, no combate à indissolubilidade do Matrimônio e às
leis que a defendem. Sustentam a necessidade de se declarar lícito o divórcio e
de uma legislação nova e mais humana que venha substituir leis antigas e
obsoletas. Apresentam os tais muitas e várias causas a favor do divórcio.
Primeira — o bem dos esposos; quer do inocente — que por isso mesmo tem
direito de se separar do cônjuge culpado, — quer do culpado, que deve ser
afastado de uma união desagradável e forçada.
Pio XI denuncia os que se exprimem desse modo, empregando o curioso argumento
que acabastes de ouvir. Quanto ao inocente, a faculdade de repelir o réu — é
ilegal, mas enfim é um derivativo apresentado pelos que não têm fé, pelos que
não alcançam a sublimidade do grande Sacramento.
Mas a segunda parte... separação para castigar o réu que não quer outra coisa!
Só mesmo a cegueira das paixões pode levar o homem a contradições tão
flagrantes!
Em segundo lugar, dizem, é a prole que lucra com o divórcio, pois as constantes
dissensões dos pais perturbam profundamente a educação dos filhos. Dada a
separação tudo se remedeia. Lucra também a sociedade, que se vê livre dos maus
exemplos e de crimes hediondos que a falta do divórcio acarreta.
Detenhamo-nos, porém, no segundo ponto — o divórcio favorecendo a prole. O que
a razão ensina é justamente o contrário. O divórcio é o inimigo número um da
prole. Induz os esposos a evitá-la. O esposo quererá ser pai se, de um momento
para outro, a esposa pode desertar do lar, atraída por um novo amor? Que mãe
pode ter tranquilidade e entregar-se aos seus deveres de esposa se, quando
menos pensar, pode perder o seu marido?
Num lar sujeito ao desmoronamento pelo divórcio não há lugar para a criança!
“Na família nova, escreve Lamy, os filhos da família destruída sempre são um
embaraço, provocam natural constrangimento. O remédio será a esterilidade dos
casamentos”.
“O divórcio, por sua própria natureza, diz Leonel Franca, tende a multiplicar
os lares sem filhos. Lares sem filhos, por sua natureza, são mais facilmente
divorciáveis. Por sua própria natureza, pois, o divórcio é um dissolvente do
progresso da família. E’ o primeiro dos seus círculos viciosos. Não é o único,
infelizmente”.
A educação dos filhos é radicalmente perturbada pelo divórcio dos pais, cuja
autoridade se esboroa totalmente.
Que triste ambiente se estabelece para os filhos de um matrimônio arruinado!
Órfãos de pais vivos... têm notavelmente prejudicada a formação do seu
caráter. Sofre a sua personalidade. Mirando-se no doloroso espelho de seu lar,
serão esses filhos, talvez, inimigos da família e do próprio Matrimônio.
Fonte: A Grande Guerra
PRÉ-LANÇAMENTO DO PEQUENO CATECISMO ILUSTRADO DA DOUTRINA CRISTÃ PARA AS CRIANÇAS
Divulgação do Catecismo Ilustrado para crianças pelo blog A Grande Guerra.
Estimados
leitores,
ave
Maria Puríssima.
É
com grande alegria no coração e cheia de gratidão que venho fazer o
pré-lançamento do Pequeno Catecismo ilustrado da Doutrina Cristã para
as crianças. Semana que vem os colaboradores-cruzados que ajudaram nesse
projeto receberão seus exemplares (é o previsto), eu mandarei um e-mail, quando
os livros forem enviados, com o número de rastreamento. Assim que tiver o
catecismo em mãos aviso aqui no blogue. O valor dele será de R$ 8,00 (mais o
frete), caso já queiram fazer seus pedidos (e reservar os seus - pois não
sabemos quantos serão feitos), escrevam-me. (agrandeguerra@gmail.com)
Quero
agradecer em primeiro lugar a Nossa Senhora por essa grande graça, a Madre
Jeanne d'Arc e a Irmã Madalena (Escravas de Maria) que tanto fazem pela Tradição,
agradeço aos colaboradores-cruzados que são sempre os mesmos e fiéis aos
projetos (e aos colaboradores-cruzados de Campo Grande), ao sr. Marcelo (dono
da gráfica) que muito nos tem ajudado oferecendo um serviço de qualidade e sem
ganância (que Nossa Senhora o retribua) e a todos os que rezaram por esse
projeto.
Viva
Cristo Rei!
Indigna
escrava do Crucificado e da SS. Virgem,
Letícia
de Paula
P.S: Em
tempo, o Catecismo da Doutrina Cristã também sairá. Não conseguimos atingir a
quantia de 9 mil, nem a 2 mil chegamos, mas as Irmãs Escravas de Maria, com o
comprometimento de sr. Marcelo aceitaram mais esse desafio, e juntos, faremos
esse catecismo. Os colaboradores-cruzados que deram seu nome para esse
Catecismo comprarão a preço mais barato, os demais, ao preço normal (que também
é barato).
Fonte: A Grande Guerra
30 de Abril - Santa Catarina de Sena, Virgem
Santa
Catarina de Sena, nasceu em Sena no dia 25 de março do ano 1347, filha de um
tintureiro e de mãe muito amorosa. Seus pais eram pobres e toda herança que
deixaram para ela era uma educação rígida que valorizassem as virtudes do ser
humano e a regesse para uma vida fiel a Deus. Era aplicada nos estudos e sempre
preferia se isolar para rezar do que brincar com as outras crianças.
Aos 15 anos de idade, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos.
Viveu um amor apaixonado por Deus e pelo próximo. Encerrou-se em uma cela e
durante muitos anos só se dirigiu a Deus e a seu confessor. Orava o dia inteiro
e seu quarto se iluminava de uma estranha luz a cada vez que ela se entregava
com fervor às suas orações. Abandonou sua cela somente em 1374, quando a peste
se alastrou por toda a Europa e ela decidiu cuidar dos enfermos e foi muito
admirada e querida principalmente pelos italianos.
No ano 1376, quando grupos antipapas se organizaram nas cidades de Peruggia,
Florença, Pisa e Toscânia decidiram se posicionar contra o papa São Gregorio
XI, Santa Catarina decidiu seguir até Avinhão, cidade onde o papa se encontrava
escondido, e apresenttar-se diante do mesmo para ajudá-lo. Regressou em 1378,
indo direto para sua cela e continuar sua vida isolada. . Embora analfabeta,
ditava suas cartas endereçadas aos papas, aos reis e líderes, como também ao
povo humilde. .
Deixou-nos
o Diálogo sobre a Divina Providência, uma exposição clara de suus escritos, sua
mística, o que coloca assim Santa Catarina de Sena grande mística da Igreja.
Santa Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril do ano 1380, com 33 anos de
idade.
Santa Catarina de Sena, rogai por nós.
Fonte: Escravas de Maria
segunda-feira, 29 de abril de 2013
JHS - Durval de Morais
JHS
(Durval de Moraes)
Cruz de carne a sangrar sobre o
Calvário.
Fim de vida no céu de um fim de
dia...
Silêncio, solidão, treva,
agonia,
Vindo os olhos fechar ao
Solitário!
Hóstia de expiação da grei
sombria?!
Oh! Que loucura, Excelso
Visionário!
É quanto restará do teu
fadário,
Fria carne a morrer na noite
fria?
Dá-me que eu beba, Pecador sem
crime,
Nas cinco fontes dessas cinco
chagas,
O sangue que alimenta e que
redime...
E dando leve pela vida escura,
Entre as bênçãos dos homens e entre
as pragas,
Tua Cruz, teu Amor, tua Loucura.
(Recebido por email por nossa amiga Letícia de Paula. Deus lhe pague a generosidade)
sábado, 27 de abril de 2013
Rogozija-se até com a privação de socorros humanos
Confiança
Rogozija-se
até com a privação de socorros humanos
Não
desanimar quando se dissipa a miragem das esperanças humanas... não contar senão
com o auxilio do Céu, não será já altíssima?...
A
sãs vigorosa da verdadeira confiança atira-se, no entanto, para regiões ainda
mais sublimes. A elas chega por uma espécie de requinte de heroísmo; atinge então
o mais alto grau de perfeição.
Esse
grau consiste em regozijar-se a alma quando se vê balda de todo apoio humano,
abandonada de parentes, de amigos, de todas as criaturas que não querem ou nao podem
socorrê-la: que não podem dar-lhe conselho nem servi-la com o seu talento ou o
seu crédito; a quem nenhum meio resta vir-lhe em auxílio... Que sabedoria
profunda denota semelhante alegria em circunstancias tão cruéis!...
Para
poder entoar o cântico de Aleluia sob
golpes que, naturalmente, deveriam quebrar a nossa energia, é preciso conhecer
a fundo o Coração de Nosso Senhor; é preciso crer perdidamente na sua piedade
misericordiosa e na sua bondade onipotente, é preciso ter a absoluta certeza de
que Ele escolhe, para sua intervenção, a hora das situações desesperadoras...
Depois
de convertido, São Francisco de Assis desprezou os sonhos de glória que antes o
haviam deslumbrado. Fugia às reuniões mundanas, retirava-se na floresta para
aí, entregar-se longamente à oração; dava esmolas generosamente... Esta mudança
desagradou a seu pai, que arrastou o filho ante a autoridade diocesana,
acusando-o de dissipar-lhe os bens. Então, em presença do Bispo maravilhado,
Francisco renuncia à herança paterna; tira até as roupas que lhe vinham da
família; despoja-se de tudo!... E, vibrando de uma felicidade sobre-humana,
exclama: “Agora sim, ó meu Deus, poderei chamar-Vos mais verdadeiramente do que
nunca: Nosso Pai que estais no Céu!”
Eis
aí como agem os santos.
Almas
feridas pelo infortúnio, não murmureis no abandono a que vos achais reduzidas.
Deus não vos pede uma alegria sensível, impossível à nossa fraqueza. Somente,
reanimai a vossa fé, tende coragem, e, segundo a expressão cara a São Francisco
de Sales, na “fina ponta da alma” esforçai-vos por ter alegria.
A
Providencia acaba de vos dar o sinal certo, pelo qual se reconhece a sua hora:
ela vos privou de todo apoio. É o momento de resistir à inquietação da natureza. Chegaste ao ponto do ofício interior em que
se deve cantar o Magnificat e fazer fumegar o incenso... “Regozijai-vos no
Senhor; eu repito, regozijai-vos: o Senhor está perto!”
Segui
este conselho e vos dareis bem. Se o Mestre Divino não Se deixasse tocar por
tamanha confiança, não seria Aquele que os Evangelhos nos mostram tão
compassivo, Aquele que a visão dos nossos sofrimentos fazia estremecer de
dolorosa emoção.
Nosso
Senhor dizia a uma alma privilegiada: “Se sou bom para todos, sou muito bom
para os que confiam em Mim. Sabes quais são as almas que mais aproveitam de
minha bondade? As que mais me esperam... As almas confiantes roubam as minhas
graças..."
(Livro
da Confiança, Padre Thomas de Saint-Laurent)
Aprendendo o Catecismo: Do Sacramento da Crisma.
1) O que é o Sacramento da Crisma?
Nascidos para a vida da
graça pelo Batismo, é pelo Sacramento da Crisma que recebemos a maturidade da
vida espiritual. Ou seja, somos fortalecidos pelo Divino Espírito Santo, que
nos torna capazes de defender a nossa Fé, de vencer as tentações, de
procurarmos a santidade com todas as forças da alma.Pelo Batismo nós nascemos,
pela Crisma nós crescemos na vida da graça.
Pelo Batismo nós
nascemos, pela Crisma nós crescemos na vida da graça.
2) Matéria e Forma
A matéria do Sacramento
da Crisma é o Santo Crisma, o óleo da oliveira (azeite), misturado com um
bálsamo perfumado e abençoado solenemente pelo Bispo na Quinta-feira Santa.
Essa matéria é usada pelo Bispo na cerimônia da Crisma, junto com a imposição
da mão sobre a cabeça, quando o ministro traça o Sinal da Cruz com o Santo
Crisma na fronte do crismando, dizendo as palavras da Forma.
A Forma do Sacramento
da Crisma é: Eu te marco com o Sinal da Cruz e te confirmo com o Crisma da
Salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Após realizar este gesto, o Bispo dá um leve tapa no rosto da pessoa, para significar que ela é soldado de Cristo, tendo o dever de suportar pacientemente, em nome de Jesus, toda sorte de sofrimentos e de injúrias, defender a Fé quando atacada e conhecer a doutrina.
3) Ministro da Crisma
Após realizar este gesto, o Bispo dá um leve tapa no rosto da pessoa, para significar que ela é soldado de Cristo, tendo o dever de suportar pacientemente, em nome de Jesus, toda sorte de sofrimentos e de injúrias, defender a Fé quando atacada e conhecer a doutrina.
3) Ministro da Crisma
O ministro do
Sacramento da Crisma é o Bispo, pois é o pai de todos os fiéis, aquele que lhes
confere a maturidade da vida da graça. Em caso de perigo de morte, um simples
Padre deve crismar, pois é importante entrarmos no Céu com todas as capacidades
de amor a Deus.
A Crisma não é
absolutamente necessária para a salvação (uma pessoa não crismada pode ir para
o Céu), mas é muito importante receber a Crisma desde cedo: só com a Crisma
teremos no Céu a proximidade de Deus e a intensidade de amor que Ele quer nos
dar. Além disso, só com a Crisma teremos todas as forças necessárias para
vencer as tentações e caminharmos firmemente no caminho da perfeição. De modo
que seria grave negligência dos pais se não preparassem seus filhos para
receber este Sacramento da perfeição cristã.
4) Instituição da Crisma
Como sabemos que Jesus
Cristo instituiu este Sacramento, se não aparece este fato no Evangelho?
Sabemos que verdadeiramente Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Crisma porque os Apóstolos administraram este Sacramento, como aparece nos Atos dos Apóstolos (Atos, 8, 14) e porque a Igreja sempre ensinou esta verdade. Vejam o que já ensinava S. Cripriano, Bispo martirizado no ano 258: “Os batizados serão conduzidos aos Bispos, a fim de, por sua oração e imposição das mãos, receberem o Espírito Santo, e pelo selo do Senhor, serem perfeitos”.
Sabemos que verdadeiramente Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Crisma porque os Apóstolos administraram este Sacramento, como aparece nos Atos dos Apóstolos (Atos, 8, 14) e porque a Igreja sempre ensinou esta verdade. Vejam o que já ensinava S. Cripriano, Bispo martirizado no ano 258: “Os batizados serão conduzidos aos Bispos, a fim de, por sua oração e imposição das mãos, receberem o Espírito Santo, e pelo selo do Senhor, serem perfeitos”.
5) Quais são as graças que recebemos pelo
Sacramento da Crisma?
Aumento da graça
santificante.
Recebemos de modo novo
e especial o Divino Espírito Santo, com seus sete dons sagrados.
Imprime o caráter de Soldados de Cristo.
Imprime o caráter de Soldados de Cristo.
A crisma, como o
Batismo e a Ordem, imprime caráter, ou seja, marca de modo indelével nossa
alma, de modo que nunca mais perdemos a marca de crismados. Por essa razão não
podemos receber a Crisma mais de uma vez, como também o Batismo e a Ordem.
6) Quais são os sete dons do Espírito Santo que recebemos de modo especial na Crisma?
São eles:
1 – Temor de Deus
2 – Piedade
3 – Fortaleza
4 – Conselho
5 – Ciência
6 – Inteligência
7 – Sabedoria
Mais tarde, no estudo das Virtudes, vamos estudar cada um deles em particular. Por enquanto basta sabermos seus nomes.
7) Por que existem padrinhos para a Crisma?
Porque, como no caso do
Batismo, é bom termos pais espirituais que nos apresentem à Igreja nesta
ocasião tão importante, nos aconselhem nas lutas da vida, e rezem por nós. Por
isso os padrinhos da Crisma devem ser bons católicos, terem sido crismados,
tendo já idade suficiente para aconselhar seus afilhados.
Para terminar, devemos considerar que a Crisma é o Sacramento que aumenta o Amor de Deus em nosso corações. Aos sairmos da cerimônia da Crisma, como soldados de Cristo, temos nossos corações dilatados, abertos para muitas novas graças, capazes de amar a Deus com muito mais forças. É a ação do Divino Espírito Santo que realiza isso em nós.
Devemos estar atentos em deixá-Lo agir em nós, pois Ele vai nos guiar pelos difíceis caminhos da vida, vai nos encher o coração com muitas alegrias espirituais, com o gosto pela oração, com as forças para vencer as tentações. Só assim poderemos estar cada dia mais próximos do Coração de Nosso Senhor, para servi-Lo e amá-Lo para sempre.
(Adaptado do Catecismo
de São Pio X)
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Historinhas Católicas: O Maior Mal a temer-se
O Maior Mal a temer-se
São João Crisóstomo, Patriarca de
Constantinopla, defendia com coragem a religião contra os hereges e combatia
fortemente os vícios.
Por isso atraiu o ódio do imperador Arcádio,
que disse a seus cortesões:
_ Eu gostaria de vingar-me desse bispo: como
devo fazer?
Responde um:
_ Exilai-o.
Outro:
_ Confiscai-lhe os bens.
Um terceiro:
_ Metei-o no cárcere.
Um quarto:
_ Matai-o; assim está tudo acabado.
Um quinto, mais hábil que os outros, disse:
_ Estais enganados todos. Esses meios nada
servem... O exílio?... para ele todo o mundo é a pátria. O cárcere?... Ele beijará
os grilhões. O confisco dos bens?... É um tirá-lo aos pobres. A morte?...
Abrir-lhe-á o céu. Majestade, se quereis vingar-se realmente desse homem,
obrigai-o a cometer um pecado: só isso ele teme.
O santo bispo foi banido para Armênia, e
morreu após quatro anos de perseguições e padecimentos. Ele havia tomado por
lema estas palavras: Una res pertimescenda: peccatum – Só uma coisa é de
temer-se: o pecado.
(Livro A Palavra de Deus em Exemplos)
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