A luta
cristã contra a impureza exige que se fuja de toda ocasião de pecado. Sabemos
que “a ocasião faz o ladrão”, e aquele que brinca com o perigo nele perece. Se
você, jovem, quer se manter puro e casto antes do casamento, terá que
fugir de toda ocasião que possa excitar a paixão: livros, revistas, filmes
eróticos, bem como, no namoro, toda ocasião que possa propiciar uma vivência
sexual precoce. O namoro não é o tempo de viver as carícias matrimoniais, pois
elas são o prelúdio do ato sexual, que não deve ser realizado no namoro. O que
precisa haver entre os namorados é carinho, não as carícias íntimas. Além disso
será preciso, para todos, solteiros e casados, o auxílio da graça de Deus; para
os solteiros, a fim de que não vivam o sexo antes do casamento; para os
casados, a fim de serem fiéis um ao outro. É grande a recompensa daquele que
luta bravamente para manter a própria pureza. Jesus disse que esses são bem
aventurados (felizes) porque verão a Deus. (Mt 5,8) Um jovem casto é um jovem
forte, cheio de energias para sua vida profissional e moral. É na luta para
manter a castidade que você se prepara para ser fiel ao seu cônjuge
amanhã.
A grandeza de um homem não se mede pelo poder que possui de dominar os outros,
mas pela capacidade de dominar a si mesmo. Esta sempre foi a coluna
que manteve de pé as civilizações e os grandes homens, e hoje, também,
precisa ser resgatada e preservada, sob pena de vermos perecer a nossa civilização.
Nossa humanidade hedonista, amante do prazer, a qualquer custo, ri da castidade
e da virgindade, e por isso paga um preço caro pela devassidão dos costumes.
Para reerguer esta sociedade será preciso resgatar esses valores que nunca
envelhecem. Vale a pena refletir um pouco no que dizia o Mahatma Ghandi, o
célebre indiano hindu, que não era católico, que libertou a India da
Inglaterra, pela força da não violência. Ele dizia:
“A
castidade não é uma cultura de estufa… A castidade é uma das maiores
disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária”. Gandhi
amou tanto a castidade que alterou até a sua vida conjugal. “Sei por
experiência que, enquanto considerei minha mulher carnalmente, não houve entre
nós verdadeira compreensão. O nosso amor não atingiu o plano elevado… No
momento em que disse adeus a uma vida de prazeres carnais, todas as nossas
relações se tornaram espirituais”. Depois dos quarenta anos, Ghandi não teve
mais vida sexual, nem mesmo com a esposa. Embora este pensamento não esteja
plenamente de acordo com a moral católica, no entanto, mostra o valor imenso da
castidade para um homem que não era batizado. Ele ainda dizia: “A vida sem
castidade parece-me vazia e animalesca”. “Um homem entregue aos prazeres perde
o seu vigor, torna-se efeminado e vive cheio de medo.
A
mente daquele que segue as paixões baixas é incapaz de qualquer grande
esforço”. A castidade longe de ser uma prisão, ao contrário, abre cada vez mais
as portas da verdadeira liberdade. Só compreende isto quem a vive. Só é livre
quem se possui. Para haver a castidade nos nossos atos, é preciso que antes ela
exista em nossos pensamentos e palavras. Jamais será casto aquele que permitir
que os seus pensamentos, olhos, ouvidos, vagueiem pelo mundo do erotismo. É por
não observar esta regra que a maioria pensa ser impossível viver a castidade.
Meu caro jovem, se você quiser no futuro formar uma família feliz, então comece
agora, por você mesmo; e, contra tudo e contra todos que lhe oferecem o sexo
vazio e fácil, antes do casamento, viva a castidade. Garanto-lhe que vale a
pena, pois eu vivi isto. Eu tive que lutar muito também para chegar inteiro ao
meu casamento; mas hoje, vinte e oito anos depois, ao lado de uma esposa fiel,
cinco filhos saudáveis e um lar feliz, eu posso dizer-lhe que vale a pena. O
jovem e a jovem cristãos terão que lutar muito para não permitir que o
relacionamento sexual os envolva e abafe o namoro. Alguns querem se permitir um
grau de intimidade “seguro”, isto é, até que o “sinal vermelho seja aceso”; aí
está um grave engano. Quase sempre o sinal vermelho é ultrapassado, e muitas
vezes acontece a gravidez e outras coisas. Um namoro puro só será possível com
a graça de Deus, com a oração, com a vigilância e, sobretudo quando os dois
querem se preservar um para o outro. Será preciso então, evitar todas as
ocasiões que possam facilitar um relacionamento mais íntimo. O provérbio diz
que “a ocasião faz o ladrão”, e que, “quem brinca com o perigo nele perecerá”.
É você quem decide o que quer. Se você sabe que naquele lugar, naquele carro,
naquela casa, etc., a tentação será maior do que as suas forças, então fuja
destes lugares; esta é uma fuga justa e necessária. É preciso lembrar as moças,
que o homem se excita principalmente pelos olhos. Então, cuidado com a roupa
que você usa; com os decotes, com o comprimento das saias… Não ponha pólvora no
sangue do seu namorado se você não quer vê-lo explodir. Muitas vezes as
namoradas não se dão conta disto. Para a mulher a excitação se dá muito mais
por palavras, gestos, fantasias, romances; mas para o homem, basta uma roupa
curta, um decote, um cruzar de pernas aparentes, e muita adrenalina será
injetada no seu sangue… Não provoque seu namorado. Além de tudo isso, se somos
cristãos, temos que obedecer e viver o mandamento de Deus que manda “não pecar
contra a castidade”; isto é, não viver a vida sexual nem antes do casamento
(fornicação) e nem fora dele (adultério).