O
Primeiro Concílio de Éfeso foi realizado em 431 na Igreja de Maria em
Éfeso, na Ásia Menor o primeiro dos quatro dogmas marianos é o da Maternidade
Divina da Santíssima Virgem Maria. Foi convocado pelo imperador Teodósio
II e debateu sobre os ensinamentos cristológicos e mariológicos de Nestório,
patriarca de Constantinopla. Cerca de 250 bispos nele estiveram presentes. O
concílio foi conduzido em uma atmosfera de confronto aquecido e recriminações,
e condenou o nestorianismo como heresia, assim como o arianismo e o
sabelianismo ório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria
uma pessoa única, mas queNele haveria uma natureza humana e
outra divina, distintas uma da outra e, por consequência, negava o ensinamento
tradicional que a Santíssima Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus"
(em grego Theotokos), portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo"
(em grego Cristokos), para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza
humana de Cristo e não da sua natureza divina. Os adversários de Nestório,
liderados por São Cirilo, Patriarca de Alexandria, consideravam isto
inaceitável, pois Nestório estava destruindo a união perfeita e inseparável da
natureza divina e humana em Jesus Cristo e acusavam Nestório de heresia, para
condená-lo, São Cirilo apelou ao Papa Celestino I, o papa concordou e concedeu
à Cirilo sua autoridade para depor Nestório e excomungá-lo. Porém, antes da
intimação chegar, Nestório convenceu o imperador Teodósio II para convocar um
Concílio ecumênico, para que os bispos defendessem os seus pontos de vista
opostos. Assim que foi aberto, o Concílio denunciou os ensinamentos Nestório
como errôneos e decretou que Jesus era uma apenas pessoa, e não duas pessoas
distintas, Deus completo e homem completo, e declarou como dogma, que a
Santíssima Virgem Maria devia ser chamada de Theotokos, porque ela concebeu e
deu à luz Deus como um homem. Os eventos do concílio criaram um cisma
importante, provocando a separação da região da Síria, formando a Igreja
Assíria do Oriente.
Aos 22
de junho de 431, este dogma foi solenemente definido pelo Concílio de
Éfeso explicitamente a Maternidade Divina de Nossa Senhora. Assim, o Concílio
de Éfeso, do ano 431, sendo Papa São Clementino I (422-432) definiu se
expressou: “Que seja excomungado quem não professar que Emanuel (Cristo)é
verdadeiramente Deus e, portanto, que a Santíssima Virgem Maria é
verdadeiramente Mãe de Deus, pois deu à luz segundo a carne aquele que é o
Verbo de Deus”.
São
Bernardo, num de seus sermões sobre a Anunciação, demora-se em observar Maria
no exato momento de seu sim à Maternidade Divina, um sim que mudaria os rumos
da história, que recriaria o mundo, que possibilitaria uma nova e eterna
comunhão entre Deus e as criaturas. "Ó Virgem piedosa, o pobre Adão,
expulso do paraíso com sua mísera descendência, implora a tua resposta.
Implora-a Abraão, implora-a Davi; e os outros patriarcas, teus antepassados...
suplicam esta resposta. Toda a humanidade, prostrada a teus pés, a aguarda. E
não é sem razão, pois do teu consentimento depende o alívio dos infelizes, a
redenção dos cativos, a libertação dos condenados, a salvação de todos os
filhos e filhas de Adão, de toda a tua raça. Responde depressa, ó Virgem!
Pronuncia, ó Senhora, a palavra esperada pela terra, pelos infernos e pelos
céus. O próprio Rei e Senhor de todos, tanto quanto cobiçou a tua beleza,
deseja agora a tua resposta afirmativa, porque por ela decidiu salvar o mundo.
Agradaste a ele pelo silêncio, muito mais lhe agradarás pela palavra ... Se tu
lhe fizeres ouvir a tua voz, ele te fará ver a nossa salvação".
São
Boaventura (+1274): "Os coros dos anjos, com vozes incessantes, te
proclamam: santa, santa, santa, ó Maria, Mãe de Deus, mãe e virgem ao mesmo
tempo! Os céus e a terra estão cheios da majestade vitoriosa do Fruto do teu
ventre! O glorioso coro dos apóstolos te aclama Mãe do Criador! Celebram-te
todos os profetas, porque deste à luz o próprio Deus! A imensa assembléia dos
santos mártires te glorifica como Mãe do Cristo. A multidão triunfante dos
confessores prostra-se diante de ti, porque és o Templo da Trindade!".
Fonte Escravas de Maria
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