segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Série Milagres da Igreja Católica: Especial Nossa Senhora de Guadalupe - Parte 3




“ESPECIALISTA DA IBM RESOLVE ANALISAR OS OLHOS DA IMAGEM E NÃO IMAGINAVA QUE IRIA PERDER O SONO AO FAZER TANTAS DESCOBERTAS”


O peruano Dr. José Aste Tönsmann, especialista em engenharia de sistemas ambientais pela Universidade de Cornell (EUA), trabalhava no Centro Científico da IBM da Capital do México, no processamento por computadores de imagens transmitidas por satélites artificiais, e em outros projetos.

Qualquer fotografia pode ser reconstituída e ampliada pelos computadores através do chamado processo digital. O processo digital consiste na reconstrução de uma fotografia pelos computadores à base de dígitos ou números. O Dr. Aste empregava a análise digital em alguns dos símbolos da vida e da cultura do país, por exemplo o calendário asteca…

O Dr. Aste até então não conhecia os estudos feitos nos olhos daquela famosa Imagem nem sequer a descoberta do “homem com a mão na barba”. Um dia, leu um pequeno artigo sobre esse fato e resolveu fixar-se na inexplicável figurinha. “Se este busto está aí, eu poderei ampliá-lo melhor do que ninguém, com os computadores” ou cérebros eletrônicos do centro especializado.

Era fevereiro de 1979 quando iniciou a trabalhosa e minuciosa pesquisa no Centro Científico da IBM. Os resultados só ficariam definidos em 1981.

O Dr. José Aste Tönsmann não seguiu um esquema determinado. Empenhou-se no trabalho sem saber o que ia encontrar. Nos dois anos de estudo, enfrentou procedimentos difíceis que exigiram muito esforço.

À medida que os mistérios se sucediam, ele chegou a tornar-se opositor de suas próprias descobertas: “Não pode ser!”

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Dom Marcel Lefebvre fala - por Gustavo Corção.





Transcrevemos hoje, traduzida, a entrevista de Dom Marcel Lefebvre publicada no Figaro de 4 de agosto(1) ; e não ignoramos que muitos leitores brasileiros, por carência de informação ou de formação, talvez se escandalizem com a declaração de Dom Lefebvre; e talvez a qualifiquem como simplesmente rebelde e indisciplinada.

De início eu diria ao meu escandalizado leitor que é fácil julgar-se mais católico, mais virtuoso do que Dom Lefebvre, mas que não é tão fácil sê-lo efetivamente.

A Europa inteira está emocionada e aturdida diante da suspensão do venerável ancião que se achou colocado na situação prevista na famosa carta que os cardeais Ottaviani e Bacci dirigiram ao Sumo Pontífice em 1969: «...a promulgação do Novo Ordo coloca o fiel católico diante de uma trágica opção».

Coube à grande alma católica do Bispo fundador de seminários católicos o encargo de condensar em sua obra, em seu coração, o sofrimento de todos os sacerdotes e leigos do mundo que sofrem o mesmo dilaceramento.

Segue-se a entrevista com a pergunta inicial do jornalista e as declarações de Dom Lefebvre:

«Dom Marcel Lefebvre, não estará o senhor à beira de um cisma?»

«Esta é a pergunta que a si próprios fazem muitos católicos após saberem das últimas sanções tomadas por Roma contra nós. Na maioria dos casos, os católicos definem ou imaginam o Cisma como uma ruptura com o Papa. Não levam além sua indagação. Se o senhor vai romper com o Papa ou se o Papa vai romper com o senhor, temos pois um Cisma.»

«Porque romper com o Papa constitui um Cisma? Porque, onde está o Papa está a Igreja Católica. Logo seria apartar-se da Igreja Católica. Ora, a Igreja Católica é uma realidade mística que existe não apenas no espaço, sobre a superfície da terra, mas também no tempo e na eternidade. Para que o Papa represente a Igreja e seja dela a imagem, é preciso que esteja unido a ela tanto no espaço como no tempo já que a Igreja é uma Tradição viva na sua essência. Na medida em que o Papa se afastar dessa Tradição estará se tornando cismático, terá rompido com a Igreja.Teólogos como São Belarmino, Caetano, o cardeal Journet e muitos outros estudaram essa eventualidade. Não se trata, pois, de uma coisa inconcebível.»

Série Milagres da Igreja Católica: Especial Nossa Senhora de Guadalupe - Parte 2


‘’UMA EXPLICAÇÃO COMPLETA DA DOUTRINA CATÓLICA NA MESMA ÉPOCA EM QUE LUTERO AFASTAVA MILHÕES DO CATOLICISMO, NOSSA SENHORA TRAZIA MILHÕES DE ÍNDIOS PAGÃOS AO BATISMO: 10 MIL BATIZADOS POR DIA PELOS FRANCISCANOS”.

Os antigos povos indígenas do México transmitiam a memória de sua história de geração em geração por meio de poemas e cantos, que ao ser transmitidos por meio de figuras e símbolos em papel ou peles, formavam os chamados códices.

A imagem está cheia de símbolos (a maneira de códices), de modo que os habitantes destas terras pudessem entender facilmente a mensagem.

Para que possamos entender, pela nossa visão moderna, a profundidade da mensagem contida na imagem de Guadalupe, é necessário conhecer o significado básico dos símbolos presentes na santa imagem segundo a culturas indígenas que lá viviam:

Cinto – Marca a gravidez da virgem, que se constata pela forma aumentada do abdómen, onde se destaca uma maior proeminência vertical que transversal.. O cinto se localiza em cima do ventre. Cai em dois extremos trapezoidais que na cultura Náhuatl representa o fim de um ciclo e o nascimento de outro. Na imagem simboliza que com Jesus Cristo se inicia uma nova era tanto para o velho como para o novo mundo.

Lua - A Virgem de Guadalupe está pisando no meio da lua; e não é casual que as raízes da palavra México em Náuhatl é “Metz-xic-co” que significa ” no centro da lua”. Também é símbolo de fecundidade, nascimento e vida.

Flor – A flor de quatro pétalas, a “Nahui Ollín” é o símbolo principal na imagem. É o símbolo máximo na cultura náuhatl e representa a presença de Deus, a plenitude, o centro do espaço e do tempo. A imagem representa a Virgem de Guadalupe como a Mãe de Deus e a flor marca o lugar onde se encontra Nosso Senhor Jesus em seu ventre.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Série Milagres da Igreja Católica: Especial Nossa Senhora de Guadalupe - Parte 1




“EM PLENO INVERNO MEXICANO BROTARAM ROSAS DE TOLEDO QUE SÓ SÃO ENCONTRADAS NA ESPANHA: CONSIDERADA COMO UMA DAS MAIORES E MAIS PERFUMADAS ROSAS DESTE MUNDO”


A história de Nossa Senhora de Guadalupe já é muito conhecida, queremos contar muitos detalhes maravilhosos nestes posts especiais, mas, pra quem nunca ouviu falar, aí vai o seu início resumidíssimo:

A devoção a Nossa Senhora de Guadalupe teve início no México, com sua aparição ao índio batizado Juan Diego. Por volta de 1531, ele passava pela colina de Tepeyac, perto da capital mexicana, quando ouviu uma suave melodia. Olhou e viu sobre uma nuvem branca uma linda Senhora resplandecente de luz, envolta em um arco-íris.

Ela chamou-o pelo nome, disse-lhe que era a Verdadeira Mãe de Deus, e encarregou-o de pedir ao Bispo, Dom Juan de Zumárraga que construísse uma Igreja naquela colina em sua honra e para a glória de Deus. Após muita dificuldade o índio conseguiu falar com o Bispo, que naturalmente não acreditou na sua história.

Usando de prudência, o Bispo pediu um sinal da Virgem ao indígena, que somente na terceira aparição foi concedido, quando Juan Diego estava indo buscar um sacerdote para o tio doente. A Virgem o instruiu para que colhesse flores no bosque e as levasse ao bispo. Diego obedeceu.

O bispo ficou estupefato quando Juan Diego abriu a dobra do seu poncho, e caíram, nada mais nada menos do que magníficas e abundantes ROSAS DE TOLEDO(também chamadas de rosas de Castela, as de maior tamanho e mais aromáticas do mundo). 

As Rosas de Toledo, são encontradas, de carro uma meia hora ao sul de Madri, na Espanha...

Como, em pleno inverno mexicano foram brotar rosas de Toledo e também era período de inverno espanhol???

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Quem é Dom Tomás de Aquino Ferreira da Costa, nosso novo Bispo: um testemunho





(professor laico da Casa de Estudos Santo Anselmo, do Mosteiro da Santa Cruz)

    Miguel Ferreira da Costa nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1954. Até a Faculdade de Advocacia, fez seus estudos no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, onde tive a oportunidade de ser por um breve tempo seu colega de classe. Fez parte do movimento tradicionalista e antimodernista organizado em torno de Gustavo Corção e da revista Permanência; teve início então sua vida de “fiel guerreiro da guerra pós-conciliar pela Fé”, como escreve Dom Williamson.Começou, como dito, a cursar Advocacia, mas abandonou-a para tornar-se monge, com o nome de Tomás de Aquino, no mosteiro francês do Barroux, que tinha então por superior a Dom Gérard; e foi ordenado sacerdote em 1980, em Êcone, por Dom Marcel Lefebvre. Pôde então privar da amizade, do exemplo, dos ensinamentos do fundador da FSSPX.

   Veio ao Brasil com um grupo de monges do Barroux para fundar o Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, Rio de Janeiro/Brasil. Nesse ínterim, porém, Dom Gérard, contra a instância de Dom Lefebvre, marchou para um acordo com a Roma conciliar, contra o que se opôs também Dom Tomás de Aquino. A separação foi então inevitável. O Mosteiro da Santa Cruz, com total apoio e incentivo de Dom Lefebvre, tornou-se assim independente, ainda que amigo da FSSPX. Com efeito, escreveu pouco mais ou menos Dom Lefebvre a Dom Tomás em carta que tive o privilégio de ler: O senhor deve reverência e consulta aos bispos da FSSPX, mas estes não têm jurisdição sobre o senhor, que, como prior do Mosteiro, há de ter autonomia.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Comentários Eleison - por Dom Williamson CDXLIX (449) - Um novo Bispo pra Resistência






De modo nenhum o perigo na FSSPX deixou de haver. 
Os bispos resistentes devem cumprir com seu dever!

Desde o Capítulo Geral de julho de 2012, quando sob a direção de Dom Fellay a Fraternidade Sacerdotal São Pio X deu uma guinada decisiva em direção a um acordo de compromisso com a Roma Conciliar, os católicos da Tradição se perguntam onde estavam os dois outros bispos da FSSPX, Dom Tissier de Mallerais (BpT) e Dom de Galarreta (BpG), porque ambos têm sido bastante discretos desde então. Entretanto, as firmes palavras que foram ditas por cada um no mês passado suscitaram esperanças para o futuro da FSSPX. As esperanças estão justificadas? Os católicos precisam permanecer em guarda...

O sermão de Crisma feito por BpT em 31 de janeiro, em Saarbrücken, na Alemanha, não poderia ter sido mais sincero nem claro. Por exemplo: No embate da FSSPX com Roma, nunca poderá haver compromisso ou jogo duplo. Nunca poderemos negociar com Roma enquanto os representantes da Neoigreja (sic) estiverem agarrados aos erros do Vaticano II. Qualquer conversa prolongada com Roma deve ser sem ambiguidades, e ter como objetivo a conversão dos representantes da Neoigreja para nossa una e única verdade da Tradição Católica. Nada de compromisso nem jogo duplo até que eles tenham superado seus erros conciliares e se convertido de volta à Verdade.

Palavras admiráveis! Sinceridade não é o problema de BpT. Ele não é nada político. Deus o abençoe. Seu problema é que, quando tem de passar das palavras à ação, seu “Cinquentismo” o faz obedecer a seu Superior e se alinhar aos políticos do Quartel-General da FSSPX em Menzingen. Nada indica que isto não acontecerá de novo, mas devemos sempre rezar para que ele finalmente comece a reagir devidamente. BpT está escondendo-se de si mesmo, ou de fato não está conseguindo ver a completa malícia da ação de Menzingen. Não estão em jogo somente a unidade e o bem-estar da FSSPX, mas a Fé Católica.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Sermão do Primeiro Domingo da Quaresma - Rev. Padre Joaquim fbmv





Sermão do Rev. Padre Joaquim FBMV sobre o Evangelho de São Mateus 4,1-11, no mosteiro da Santa Cruz, dia 14-02-16



segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

As Canonizações no Magistério Pontifício de Ontem e de Hoje




Por R.P. Calderon, F.S.S.P.X.


A Igreja sempre rendeu culto público aos santos, primeiro a seus mártires e posteriormente, a partir do século IV, aos confessores. Ainda que somente o Papa tenha autoridade para julgar se algum servo de Deus pode ser honrado como santo pela Igreja universal, durante os dez primeiros séculos foi a piedade do povo cristão que os canonizava, mais ou menos dirigida pelos seus Bispos e com o consentimento tático dos Pontífices Romanos. Mas como não faltaram abusos e negligências, os Papas começaram a exercer um controle maior nestes processos, terminando por reservar para si a faculdade de canonizar os santos.

O primeiro documento que menciona esta reserva é um decreto de Alexandre III, do ano de 1170. A vida exemplar dos santos é uma das notas que distingue a Igreja de toda outra falsa religião, e para confusão daqueles que negam, os procedimentos pelos quais os Papas acordaram as canonizações foram desde sempre extremamente rigorosas.

Até 1588, as canonizações, realizadas sempre como um processo judicial entre um « postulador » como defensor e o « promotor da fé » como fiscal, eram competência da Rota Romana; mas neste ano Sixto V instituiu a Sagrada Congregação dos Ritos com competência exclusiva para estes processos, que unificou e aperfeiçoou os procedimentos seguidos.todavia, Urbano VIII, em 1625, proibiu que se prestasse culto a alguém que não tivesse sido canonizado ou beatificado pela Santa Sé, com exceção dos casos de culto admitido desde sempre.

O procedimento, enriquecido pela experiência dos séculos, esta descrito no essencial pelo Código de Direito Canônico de 1917. Posteriormente, Pio XI instituiu em 1930 a Seção Histórica para as causas antigas, promulgando em 1939 umas Normas para estes casos, e Pio XII estabeleceu um colégio de médicos peritos.
Até esta data, todo procedimento tinha duas etapas:

– A que termina na beatificação, dividida em duas partes, o processo ordinário e o processo apostólico;
– A que conduz à canonização. O processo ordinário ou anti-processo, chamado assim porque se realiza debaixo da autoridade do Bispo do lugar, tem como fim introduzir a causa ante a S.C. de Ritos, e consta de três partes:
1ª- A busca meticulosa de todos os escritos do servo de Deus;
2ª- O processo informativo que busca demonstrar a fama de santidade;
3ª- O processo de ausência de culto, de acordo com o decreto de Urbano VIII. Antes de seguir com o processo informativo, os escritos devem ser revisados para a S.C. de Ritos, de onde são submetidos a um rigoroso exame: “Não é necessário que as obras do servo de Deus contenham erros formais contra o dogma ou a moral para deter definitivamente uma causa de canonização; basta que se lhe encontrem novidades suspeitas, questões frívolas, ou ainda alguma opinião singular oposta ao ensinamento dos Santos Padres e ao sentimento comum dos fiéis”.

O processo apostólico ou processo propriamente dito, realizado sob a autoridade do Papa por intermédio da S.C. de Ritos, tem dois grupos de procedimentos, os de instrução e os de cognição. Os de instrução se realizam nas dioceses por mandato da S.C. de Ritos, e são dois: primeiro se refaz o da fama de santidade; depois se examinam as virtudes (se a causa não for de mártir) ou o martírio, e os milagres. Os processos de cognição se realizam em Roma, e são em números de quatro:

-Sobre a heroicidade das virtudes;
-Sobre o martírio e sua causa;
-Sobre os milagres;
-Última sessão cautelar, chamada « de tuto », pela qual se decreta que se pode proceder “com segurança” a beatificação.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Se Ele não tivesse vindo - Gustavo Corção





“Se Eu não tivesse vindo e não lhes tivesse dirigido a palavra, eles não teriam pecado; mas agora não há desculpas para o pecado deles” (Jo. XV, 2).


Estas palavras terríveis ditas por Jesus na noite da Ceia, devem ser lidas e meditadas com especial atenção nos atuais tempos litúrgicos, para bem apreendermos o nexo entre a Natividade e a Paixão, e sobretudo para aprendermos um vislumbre das dimensões trágicas da vinda de Jesus para a nossa Salvação. Costumamos pensar que Jesus recém-nascido trouxe ao mundo, para nos salvar, uma atmosfera com perfumes dos céus e cânticos dos anjos; costumamos associar a idéia de Natal à de um socorro da divina misericórdia, pousado no regaço da Virgem Santíssima e todo feito de delicadezas e fragrâncias; ora, é Ele mesmo, no momento supremo em que nos ensinará na última estação o segredo de Sua vinda. E diz-nos estas palavras das quais inferimos que, se não se pode dizer sem absurdo e blasfêmias que Ele nos trouxe o pecado, pode-se entretanto dizer que, a este mundo já marcado pelo pecado mal definido, cinzento, misturado ao bem de um modo desordenado, Jesus trouxe a Ordem que discrimina mal e bem, e trouxe aos homens, com preço e condição da Salvação, um sentimento mais agudo, uma responsabilidade abismal. Essa iluminação moral, que nos mostra que todo mal é uma ofensa a Deus, já estava anunciada nos clamores proféticos, mas o mundo inteiro, na confusão da cinzenta mistura muito vagamente sentia a Vontade de Deus contrariada. De uma maneira cósmica, nas catástrofes, nos incêndios e nas inundações, tinham uma vaga intuição de que os elementos irritados traduziam a irritação de uma alta instância. Mas esse vago panteísmo mais eclipsava do que elucidava o transcendental contraste do bem e do mal, e principalmente a noção de pecado pessoal cometido contra um Deus pessoal.

“Se Eu não tivesse vindo...” diz-nos Jesus na hora da Paixão não se teria realizado o plano eterno de Deus: o de oferecer aos homens um alvo, um blanco, contra o qual, nitidamente, com inacreditável ferocidade se concentrasse a maldade difusa para que o cinzento desse lugar ao claro-escuro, e o bem fosse chamado bem, e o mal, mal. “Se o mundo vos odeia, sabei que a Mim Me odiou primeiro”. E também: “Aquele que me odeia, odeia também meu Pai”.

Em Defesa de Dom Williamson (I)




Por Dom Tomás de Aquino



Dom Williamson escreveu no seu Comentário Eleison 438: “Se a evidência dos milagres ocorridos dentro da Igreja do Novus Ordo é tão séria quanto parece, então os católicos têm de conformar suas mentes à mente de Deus, e não o inverso.”

Muitos atacaram Dom Williamson por causa destes comentários a respeito do possível milagre eucarístico ocorrido em Buenos Aires. Entre os argumentos utilizados retenho os seguintes:

1- Fora da Igreja não pode haver milagres. A Igreja conciliar não é a Igreja católica. Logo não houve milagre em Buenos Aires.
2-Ninguém age sem um fim. Um milagre na Missa Nova não poderia ter outro fim senão induzir os fiéis a assistir à Missa Nova. Logo, não houve milagre em Buenos Aires.
3-O milagre é a assinatura de Deus. Deus não pode assinar uma heresia. A Missa Nova favorece a heresia. Logo, não houve milagre em Buenos Aires.

Vejamos cada um desses argumentos.

1- O primeiro simplifica em demasia a questão e simplificando-a confunde duas questões. Uma é a de saber se pode ou não haver milagres fora da Igreja. A outra é a de saber se a Igreja conciliar é totalmente alheia à Igreja católica ou não.

À primeira questão deve-se responder com santo Tomás que sim. Pode haver milagres “fora da Igreja” dentro de certas condições. Veja-se os artigos do Prof. Carlos Nougué a esse respeito. O que Deus não faz é confirmar o erro ou o vício com um milagre, mas ele pode confirmar a verdade ou a virtude com um milagre, e isto mesmo entre os pagãos. Se alguns bens foram realizados entre os pagãos, estes bens foram realizados por inspiração ou ação de Deus (cf. De Potentia, questão VI, artigo V, ad 5um). No mesmo artigo Santo Tomás diz ser possível que Deus tenha feito um milagre para atestar a castidade de uma virgem pagã. Pode-se lembrar também o milagre da mula de Balaão que falou distintamente, como se lê nas Sagradas Escrituras. Ora, Balaão era um mago pagão. A mula falou porque Deus queria adverti-lo de que não levasse adiante seu intento de amaldiçoar os judeus (Num XXII).

À segunda pergunta deve-se responder que as autoridades da Igreja conciliar constituem uma seita modernista que, ocupando os postos-chave da Igreja, a mantêm cativa. Não se pode dizer de maneira absoluta que a Igreja conciliar seja a Igreja católica, nem que não o seja. Pela doutrina modernista e pela intenção de destruir a Igreja católica, ela não o é, evidentemente; mas pelo fato de deter em seu poder uma jurisdição que pertence à Igreja católica ela tem algo de católico em seu poder. Se o Papa atual se convertesse, exerceria catolicamente um poder que hoje ele exerce modernisticamente.

Livro 'O Santo Cura D'Ars' - Francis Trochu




"O livro do ilustre Cônego Francis Trochu não precisa de favores para se apresentar. É o que de melhor até hoje se escreveu sobre o Santo Cura d' Ars. E dificilmente será superado; pois quem isso tentar terá que copiá-lo. Entre as suas grandes qualidades destaca-se o fato de ter sido o seu autor o primeiro que dispôs de todas as peças do Processo de Canonização e de numerosos documentos inéditos. Outra vantagem, não menor, do autor foi ter tido a suficiente humildade para calar-se muitas vezes, e deixar que falassem o biografado e numerosos contemporâneos seus. Assim temos uma biografia diferente e rara na literatura cristã, onde o Santo aparece como foi de fato e não como o autor imaginou que fosse ... Livro que todos podem ler uma vez, sem receio de perder tempo, porque merece ser lido muitas vezes. Vida de herói autêntico que se fez santo, não só pela graça de Deus, mas também por heróicos esforços pessoais.

É pois leitura apropriada para todas as classes de pessoas; sumamente agradável e cheia de interessantes pormenores. Compreendê-lo, porém, na sua extensão e profundidade poderão somente aqueles que, nas agruras da vida sacerdotal, já beijaram muitas vezes, longamente, dolorosamente, a Imagem crucificada do Divino Redentor ..."


(Trechos do Prefácio do livro)



Boa leitura e discernimento!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A Importância do Jejum na Quaresma


Pratica-se o jejum para ajudar a resistir as tentações


1. Primeiro, para reprimir as concupiscências da carne. Donde o dizer o Apóstolo (2 Cor 6, 5): «Nos jejuns, na necessidade», porque o jejum conserva a castidade. Pois, como diz Jerônimo, «sem Ceres e Baco Vênus esfria», i. é, pela abstinência da comida e da bebida a luxúria se amortece.

2. Segundo, praticamos o jejum para mais livremente se nos elevar a alma na contemplação das sublimes verdades. Por isso, refere a Escritura que Daniel (Dn 10), depois de ter jejuado três semanas, recebeu de Deus a revelação.

3. Terceiro, para satisfazer pelos nossos pecados. Por isso, diz a Escritura (Jl 2, 12): «Convertei-vos a mim de todo o vosso coração em jejum e em lágrimas e em gemido». E é o que ensina Agostinho num sermão: «O jejum purifica a alma, eleva os sentidos, sujeita a carne ao espírito, faz-nos contrito e humilhado o coração, dissipa o nevoeiro da concupiscência, extingue os odores da sensualidade, acende a verdadeira luz da castidade».

O jejum é objeto de preceito. Pois o jejum é útil para delir e coibir as nossas culpas e elevar-nos a mente para as coisas espirituais. Ora, cada um está obrigado, pela razão natural, a jejuar tanto quanto lhe for necessário para conseguir tal fim. Por onde, o jejum, em geral, constitui um preceito da lei natural. Mas, a determinação do tempo e do modo de jejuar, conforme à conveniência e à utilidade do povo Cristão, constitui um preceito de direito positivo, instituído pelos superiores eclesiásticos. E tal é o jejum da Igreja, diferente do jejum natural.

Os tempos de jejum estão convenientemente determinados pela Igreja. O jejum é ordenado por dois motivos: para delir a culpa e para nos elevar a mente às coisas espirituais. Por isso, os jejuns foram ordenados especialmente naqueles tempos em que, sobretudo, devemos os fiéis nos purificar dos pecados e elevar a mente a Deus pela devoção. O que sobretudo se dá antes da solenidade Pascal, quando as culpas são delidas pelo batismo, celebrado solenemente na vigília da Páscoa, em memória da sepultura do Senhor; pois, pelo batismo, somos sepultados com Cristo para «morrer ao pecado», na frase do Apóstolo (Rm 6, 4). E também na festa Pascal devemos, sobretudo, pela devoção, elevar a mente à glória da eternidade, a que Cristo deu começo pela sua ressurreição. Por isso, imediatamente antes da solenidade Pascal, a Igreja nos manda jejuar; e pela mesma razão, nas vigílias das principais festividades, quando devemos nos preparar devotamente para celebrar as festas que se vão celebrar.

Jejum por Padre Júlio Maria




A Igreja, ciosa de seguir em tudo as prescrições e os conselhos do Divino Mestre, prescreveu o jejum e a abstinência, como penitência, em certos dias do ano.

O jejum consiste em privar-se de uma parte dos alimentos habitualmente usados, e refere-se à quantidade do mesmo alimento.

A abstinência consiste em privar-se de carne em certos dias, por espírito de penitência, e refere-se, pois, à qualidade do alimento.

Jesus Cristo prescreve o jejum sem indicar o dia deste jejum; aconselha esta prática como meio de alcançar o perdão das faltas, de expiá-las e de domar as paixões da carne. Tudo isto está claramente indicado na Bíblia.

11 de Fevereiro - Aparição da Virgem Imaculada em Lourdes


"Eu sou a Imaculada Conceição"


  A Imaculada Conceição, dogma católico declarado em 1854, que consolida formalmente a pureza da Mãe de Jesus, Aquela que concebeu o filho de Deus e foi isenta da pecado. O título litúrgico da Imaculada Conceição que nós católicos invocamos, professam a prerrogativa concedida unicamente a Nossa Senhora: Maria foi concebida sem a mancha do pecado original desde sua mãe Santa Ana, e nasceu portanto, sem o pecado original. O título expressa portanto que a Mãe de Jesus é toda Santa, a cheia de graça, desde o momento de sua Concepção. Pura, sem culpas, para gerar o Salvador.

  O dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi proclamado pelo papa Pio IX, em 1854, com a bula Ineffabilis Deus, resultado da devoção popular aliada a intervenções papais e infindáveis debates teológicos. O calendário romano já devotava uma festa em seu calendário em 1476; entretanto nos anos 700 esta celebração já existia no Oriente. Em 1570, São Pio V publicou o novo Ofício e em 1708 Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória a toda cristandade. Quatro anos após a proclamação do dogma por Pio IX, Maria Santíssima apareceu a Bernadette Soubirous dizendo: "Eu sou a Imaculada Conceição".

  A primeira imagem do Brasil da Imaculada Conceição chegou em uma das naus de Pedro Álvares Cabral. O culto à Imaculada Conceição no Brasil teve início na Bahia, quando Tomé de Souza chegou a Salvador trazendo uma escultura da Santa. Ela foi protetora do nosso país no período colonial e foi proclamada Padroeira do Império Brasileiro por Dom Pedro I. O título cedeu lugar a Nossa Senhora de Aparecida, que é imagem da Imaculada Conceição encontrada nas águas do rio Paraíba do Sul.


Sequência das Aparições de Lourdes 1858:

1ª aparição - 11 defevereiro 


2ª aparição - 14 de fevereiro


3ª aparição - 18 de fevereiro 


4ª aparição - 19 de fevereiro 


5ª aparição - 20 de fevereiro


6ª aparição - 21 de fevereiro 


7ª aparição - 23 de fevereiro


8ª aparição - 24 de fevereiro 


9ª aparição - 25 de fevereiro 


10ª e 11ª aparições - 27 e 28 de fevereiro 


12ª aparição - 1º de março 


13ª aparição - 2 de março 


14ª aparição - 3 de março 


15ª aparição - 4 de março 


16ª aparição - 25 de março 


17ª aparição - 7 de abril 


18ª aparição - 16 de Julho



SÃO PIO X: LOURDES É PROMESSA DA VITÓRIA IMINENTE SOBRE OS ÍMPIOS

“É preciso acrescentar que Pio IX não muito antes [das aparições] havia declarado ser de fé católica a Conceição Imaculada de Maria que, na cidade de Lourdes, começaram maravilhosas manifestações da Virgem, e foi, como se sabe, a origem dessas igrejas elevadas em honra da Imaculada Mãe de Deus, obra de alta magnificência e de imensos trabalhos, onde prodígios quotidianos, devidos à sua intercessão, fornecem esplêndidos argumentos para prostrar na confusão a incredulidade moderna. “Tantos e tão insignes benefícios concedidos por Deus pelas piedosas solicitações de Maria, durante os cinquenta anos transcorridos, não deveriam nos fazer esperar a salvação num tempo ainda mais curto do que nós acreditávamos? Da mesma maneira, há como uma lei da Providência divina, a experiência ensina-nos isto, segundo a qual entre os extremos derradeiros do mal e a liberação jamais há muita distância. “O tempo de sua vinda está próximo. Pois o Senhor terá piedade de Jacob, e em Israel terá seu eleito” (Is. XIV, 1).“É pois com inteira confiança que nós mesmos podemos esperar que dentro em breve exclamemos: “O Senhor quebrou o cetro dos ímpios. A terra está em paz e silêncio, ela se regozija e ela exulta” (Is. XIV, 5 e 7). Carta encíclica Ad diem illum, de 2 de fevereiro de 1904: Acta Pii X, vol. 1, p.149.


PIO XI: LOURDES CONFIRMOU A PROCLAMAÇÃO DO DOGMA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

“O que em Roma, pelo seu magistério infalível, o sumo pontífice definia, a Virgem Imaculada Mãe de Deus, a bendita entre as mulheres, quis, ao que parece, confirmá-lo por sua boca, quando pouco depois se manifestou por uma célebre aparição na gruta de Massabielle”. “Certamente, a palavra infalível do pontífice romano, intérprete autêntico da verdade revelada, não necessitava de nenhuma confirmação celeste para se impor à fé dos fiéis. Mas com que emoção e com que gratidão o povo cristão e seus pastores não recolheram dos lábios de Bernadete essa resposta vinda do céu: "Eu sou a Imaculada Conceição"! Decreto De Tuto para a canonização de santa Bernadete, 2 de julho de 1933: AAS 25(1933), p. 377.

PIO XII: A MALÍCIA DOS ADVERSÁRIOS PERMITIU 
QUE A APARIÇÃO DE LOURDES BRILHASSE COM MAIS EVIDÊNCIA





quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Santas Missões do Mosteiro da Santa Cruz – Ultimo dia - Fotos e Áudios (Parte 2)







Fotos e Áudio do ultimo dia das Pregações das Missões do Mosteiro da Santa Cruz.

Cronograma do Dia:

Tema da Conferencia: A humildade e a Salvação.     
Palestrante. Dom Tomás OSB
Horários: 10:30 (Sermão da Santa Missa).



                                    
Fotos




Santas Missões do Mosteiro da Santa Cruz – Ultimo dia - Áudios (Parte 1)





Áudio do ultimo dia das Pregações das Missões do Mosteiro da Santa Cruz.

Cronograma do Dia:

Tema da Conferencia: O Grande meio de Salvação, a Oração.       
Palestrante: Pe Marcelo Gabert.
Horários: 08:30 (horário local).


                                         “Quem reza se salva, quem não reza se condena”


Parte 1 (com o hino das Missões)


Parte 2

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Santas Missões do Mosteiro da Santa Cruz – Quarto dia - Áudios (Parte 2)






Áudio do Quarto dia das Pregações das Missões do Mosteiro da Santa Cruz.

Cronograma do Dia:

Tema da Conferencia: O Céu.     
Palestrante. Dom Tomás OSB
Horários: 10:30 (Sermão da Santa Missa).

                                        “Quem reza se salva, quem não reza se condena”






Não deixe de ouvir os Áudios Anteriores:

Santas Missões do Mosteiro da Santa Cruz – Quarto dia - Áudios (Parte 1)





Áudio do Quarto dia das Pregações das Missões do Mosteiro da Santa Cruz.

Cronograma do Dia:

Tema da Conferencia: O Inferno         
Palestrante. Pe Marcelo Gabert
Horários: 08:30 (horário local).


                                         “Quem reza se salva, quem não reza se condena”




Santas Missões do Mosteiro da Santa Cruz – Terceiro dia - Áudios (Parte 2)







Áudio do Terceiro dia das Pregações das Missões do Mosteiro da Santa Cruz.

Cronograma do Dia:

Tema da Conferencia: A morte 
Palestrante: Dom Tomás OSB.
Horários: 10:30 (Sermão da Santa Missa).


     
"Quem reza se salva, quem não reza se condena”



Não deixe de ouvir os Áudios Anteriores:

Santas Missões do Mosteiro da Santa Cruz – Terceiro dia - Áudios (Parte 1)







Áudio do Terceiro dia das Pregações das Missões do Mosteiro da Santa Cruz.

Cronograma do Dia:

Tema da Conferencia: O pecado de escândalo     
Palestrante: Pe. Marcelo Gabert.
Horários: 08:30 (horário local).


“Quem reza se salva, quem não reza se condena”