Criação do Homem (11ª Lição)

Nota do blog: Seguimos com as postagens do livro Ensino Religioso – Planos de Aulas – Diocese de Campos, 1972. Com o objetivo de catequizar almas que estejam na busca pelo conhecimento básico da doutrina, bem como para auxiliar na catequização de crianças e adolescentes. Desejamos que este breve catecismo seja a abertura de uma fé firme e verdadeira para aqueles que o leirem.

CRIAÇÃO DO HOMEM

11ª Lição

_ Que é o homem?

_ É uma criatura composta de alma e corpo: pensa e quer, tem ideia e desejo.

_ Como criou Deus o primeiro homem?

_ Deus criou o primeiro homem formando o seu corpo do barro e dando a esse corpo uma alma imortal. O primeiro homem se chamou ADÃO. A primeira mulher chamou-se EVA.

_ Como Deus criou Eva?

_ Deus fez Adão dormir e neste tempo tirou dele uma costela de que formou o corpo de Eva e lhe deu uma alma semelhante à de Adão.

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Deus criou o céu com os anjos, a terra, o firmamento, o mar, o sol, a lua, as estrelas, as plantas e os animais. Deus então disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança; ele governará toda a terra.” E Deus formou do barro o corpo do homem e lhe infundiu uma alma. Deus fez esta alma do nada. Deus chamou o primeiro homem Adão. Depois fez Deus adormecer Adão, tirou-lhe uma costela e desta formou o corpo da primeira mulher, que se chamou Eva.

Deus podia tirar do nada o corpo de Adão. Mas fê-lo de barro para nos ensinar que o nosso corpo é da terra e a nossa alma é de Deus.

Vamos compreender isto bem!

Somos compostos de duas partes bem diferente: o corpo e a alma. O corpo nasce, cresce e morre. A alma é imortal, isto é, nunca morrerá. O corpo é da terra e nos leva para baixo. A alma é do céu e nos leva para cima. O corpo tem tudo como os animais, gosta das mesmas coisas que os animais: comer, beber, ser preguiçoso. A alma tem tudo como os anjos, gosta das mesmas coisas que os anjos: aprender, pensar em Deus e no céu, rezar e praticar a virtude.

Se o corpo manda em nós e a alma obedece, fazemos como os animais, somos homens animais. Se a alma manda em nós e o corpo obedece, fazemos como os anjos, somos homens-anjos.

Queremos ser homens-anjos. Não é o corpo que há de mandar em nós: é o espírito, a alma.

Papai manda-nos a qualquer lugar. As perninhas não gostam de andar. “Obedecer! – diz a alma com sua livre vontade – quero ordem.”

Alguém nos diz uma palavra meio dura; a língua quer xingar nomes. “Cala-te, língua! – diz a alma – quero ordem.”

O demônio tenta-nos para um pecado. A nossa inclinação quer ceder. “Não quero pecados” – diz a livre vontade.

Feliz do homem, em quem a alma, com a sua livre vontade, governa: fica tal qual um anjo de Deus. Seu corpo não puxa a alma para baixo. Sua alma leva o corpo para cima. É um homem-anjo. Assim é que Deus nos quer. Todos os dias e todas as horas tratemos de nos vencer. Será a nossa felicidade.

São Francisco de Borja era muito rico. Gozava de sua riqueza e não cuidava muito bem da alma e da religião. Era muito amigo do rei da Espanha. E quando a imperatriz, Isabel, esposa do rei, morreu, São Francisco teve ocasião de ver o rosto da imperatriz, quando se abriu o caixão. Isabel tinha sido muito inteligente e de grande beleza; usava os perfumes mais preciosos e os vestidos mais ricos. E agora... que mudança! Um cheiro de podridão saía do caixão. O rosto estava roxo e desfigurado. Os olhos vidrados metiam medo. Francisco compreendeu que nosso corpo é da terra e voltará para a terra, e que a nossa alma é de Deus e voltará para Deus. Francisco começou uma vida nova, vendeu tudo o que tinha e deu aos pobres e para obras pias. Fez-se padre jesuíta e trabalhou toda a vida para ganhar almas para o céu.