quarta-feira, 8 de julho de 2015

Pecado Original (12ª Lição)


Nota do blog: Seguimos com as postagens do livro Ensino Religioso – Planos de Aulas – Diocese de Campos, 1972. Com o objetivo de catequizar almas que estejam na busca pelo conhecimento básico da doutrina, bem como para auxiliar na catequização de crianças e adolescentes. Desejamos que este breve catecismo seja a abertura de uma fé firme e verdadeira para aqueles que o leirem.





PECADO ORIGINAL - Parte I

12ª Lição
_ Em que estado Deus criou Adão e Eva?
_ No estado de graça e inocência. Eles eram amigos de Deus. Não deviam sofrer, nem morrer.

***

O paraíso era um jardim de delícias. Chamamos a esse paraíso “o paraíso terrestre”, para não o confundirmos com o paraíso celeste, que é o céu. Quatro rios saíam do meio do jardim para diversos lados, e nas margens destes rios havia as árvores mais belas com frutas saborosas. Todos os animais eram mansos e sem receio se aproximavam de Adão, que dava a cada um o seu nome.
Os primeiros homens do paraíso nada tinham que sofrer, não tinham nem muito frio nem muito calor, não tinhas doenças, não tinham feridas, nem dor alguma. O trabalho não os cansava, mas era como um divertimento ou distração agradável. Os nossos primeiros pais também não deviam morrer. Depois de uma vida feliz aqui na terra, passariam para o céu.
Mas a coroa daquelas riquezas e o cúmulo daquelas felicidades era a graça santificante, até então nunca perdida pelo gênero humano. A graça santificante ou “justiça original” era a graça que fazia Adão e Eva filhos de Deus e lhes dava o direito de ver a Deus no céu. A alma de Adão e de Eva estava completamente limpa de todo o pecado. Nunca tinham ofendido ao Pai do céu.
Tudo isto tinha dado Deus também a nós. Deveríamos herdar dos nossos primeiros pais o paraíso com todas as suas felicidades; não deveríamos sofrer nem morrer; deveríamos nascer com a justiça original, isto é, com a graça santificante nunca perdida pelo gênero humano.

Deus, porém, prometeu tudo isso a Adão sob a condição de que não comesse da fruta proibida. Deus quis que Adão e Eva, como bons filhos, Lhe obedecessem e plantou, no meio do paraíso, uma árvore chamada “árvore da ciência do bem e do mal”. Deus disse: “Podes comer das frutas de todas as árvores do paraíso, mas não comas das frutas da árvore que está no meio do paraíso. Se dela comeres, morrerás.” Havia bastantes frutas no paraíso para nossos primeiros pais  comerem. A felicidade de todos dependia da boa e livre vontade de Adão. Se Adão desobedecesse a Deus, todos os homens perderiam a felicidade do paraíso e a justiça original.
Mas Adão e Eva comeram da fruta proibida.
O demônio tinha inveja da felicidade de Adão e Eva. Tomou a forma de uma serpente e pela boca da serpente falou a Eva: “Por que não comeis desta fruta?” Eva respondeu: “Porque Deus proibiu.” E a serpente disse: “Por que proibiu Deus isso?” Respondeu a mulher: “Deus disse que, se dela comermos, morreremos.” E o demônio mentiu e disse: “Não morrereis não, mas sereis semelhantes a Deus.” Então Eva colheu a fruta proibida, comeu e deu a Adão. Adão também comeu da fruta proibida. Assim, eles pecaram, isto é, desobedeceram a Deus.
O pecado de Adão foi uma grande malícia. Deus lhe tinha dado tudo. Deus tinha sido um bom pai para Adão.
O pecado de Adão foi uma grande tolice. Adão era um pouco de pó com uma alma feita do nada. E isto quis ser semelhante a Deus...
O pecado de Adão foi uma grande desgraça, como adiante veremos.

Adão e Eva logo sentiram uma vergonha que não tinham conhecido no tempo da sua inocência. E Deus disse a Adão: “Por tua causa a terra será maldita e te produzirá espinhos e abrolhos. Comerás o pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que fostes tomado, porque és pó e em pó te hás de tornar.”
Então uns anjos com espadas de fogo expulsaram Adão e Eva do paraíso e guardaram a entrada para lhes impedir a volta. Adão e Eva saíram chorando do paraíso, e toda a sua vida se arrependeram do grande pecado cometido e fizeram muita penitência.

Se esta vida nos parece triste, ninguém por isso murmure contra Deus. Ninguém se queixe de Deus por causa da chuva ou da seca, ou das doenças, ou da morte. Deus quis fazer todos os homens felizes. Se Adão tivesse obedecido, não haveria doenças no mundo, nem outras tristezas, nem a morte.
Quem nunca ofendeu a Deus com um pecado mortal, vive feliz. A inocência é um paraíso feliz. Mas o demônio quer nos tirar este paraíso. Como a Adão e Eva, a nós também o demônio nos mostra a fruta proibida, isto é, qualquer gozo aparente que Deus proibiu. E o demônio diz: “Por que não comes desta fruta? Por que não procuras este gozo?” Digamos então: Não quero, Deus o proibiu. Mas o espírito mau insiste: “Não faz mal, não morrerás, serás feliz, serás semelhante a Deus.” Então fujamos dele a tempo. Não sejamos tão tolos como Eva, brincando com a tentação.
Se um menino fala de coisas feias, ou até quer fazê-las, não mais o acompanhemos.



S. BERNARDINO guardou sua inocência: nunca perdeu a graça santificante. Um dia, um homem ruim quis que ele cometesse um pecado mortal. S. Bernardino fugiu. Mas o homem continuamente voltava. Então Bernardino falou com os outros rapazes, e quando o homem mau voltou outra vez, todos pegaram em pedras e lama e lançaram sobre ele. O homem fugiu e nunca mais voltou. Assim a gente deve defender sua inocência.

Um comentário:

  1. Peçamos a Jesus que nos ajude a fugirmos do pecado mortal. Que nos ajude a sermos fiéis a Palavra de Deus.

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