Nota do blog: Seguimos com as postagens do livro Ensino Religioso – Planos de Aulas – Diocese de Campos, 1972. Com o
objetivo de catequizar almas que estejam na busca pelo conhecimento básico da
doutrina, bem como para auxiliar na catequização de crianças e adolescentes.
Desejamos que este breve catecismo seja a abertura de uma fé firme e verdadeira
para aqueles que o leirem.
PECADO ORIGINAL - Parte I
12ª Lição
_ Em que
estado Deus criou Adão e Eva?
_ No
estado de graça e inocência. Eles eram amigos de Deus. Não deviam sofrer, nem
morrer.
***
O paraíso era um jardim de
delícias. Chamamos a esse paraíso “o paraíso terrestre”, para não o
confundirmos com o paraíso celeste, que é o céu. Quatro rios saíam do meio do
jardim para diversos lados, e nas margens destes rios havia as árvores mais
belas com frutas saborosas. Todos os animais eram mansos e sem receio se
aproximavam de Adão, que dava a cada um o seu nome.
Os primeiros homens do paraíso
nada tinham que sofrer, não tinham nem muito frio nem muito calor, não tinhas
doenças, não tinham feridas, nem dor alguma. O trabalho não os cansava, mas era
como um divertimento ou distração agradável. Os nossos primeiros pais também
não deviam morrer. Depois de uma vida feliz aqui na terra, passariam para o
céu.
Mas a coroa daquelas riquezas e o
cúmulo daquelas felicidades era a graça
santificante, até então nunca perdida pelo gênero humano. A graça
santificante ou “justiça original” era a graça que fazia Adão e Eva filhos de
Deus e lhes dava o direito de ver a Deus no céu. A alma de Adão e de Eva estava
completamente limpa de todo o pecado. Nunca tinham ofendido ao Pai do céu.
Tudo isto tinha dado Deus também
a nós. Deveríamos herdar dos nossos primeiros pais o paraíso com todas as suas
felicidades; não deveríamos sofrer nem morrer; deveríamos nascer com a justiça
original, isto é, com a graça santificante nunca perdida pelo gênero humano.
Deus, porém, prometeu tudo isso a
Adão sob a condição de que não comesse da fruta proibida. Deus quis que Adão e
Eva, como bons filhos, Lhe obedecessem e plantou, no meio do paraíso, uma
árvore chamada “árvore da ciência do bem e do mal”. Deus disse: “Podes comer das frutas de todas as árvores
do paraíso, mas não comas das frutas da árvore que está no meio do paraíso. Se dela
comeres, morrerás.” Havia bastantes frutas no paraíso para nossos primeiros
pais comerem. A felicidade de todos
dependia da boa e livre vontade de Adão. Se Adão desobedecesse a Deus, todos os
homens perderiam a felicidade do paraíso e a justiça original.
Mas Adão e Eva comeram da fruta
proibida.
O demônio tinha inveja da felicidade
de Adão e Eva. Tomou a forma de uma serpente e pela boca da serpente falou a
Eva: “Por que não comeis desta fruta?”
Eva respondeu: “Porque Deus proibiu.”
E a serpente disse: “Por que proibiu Deus
isso?” Respondeu a mulher: “Deus
disse que, se dela comermos, morreremos.” E o demônio mentiu e disse: “Não morrereis não, mas sereis semelhantes a
Deus.” Então Eva colheu a fruta proibida, comeu e deu a Adão. Adão também
comeu da fruta proibida. Assim, eles pecaram, isto é, desobedeceram a Deus.
O pecado de Adão foi uma grande
malícia. Deus lhe tinha dado tudo. Deus tinha sido um bom pai para Adão.
O pecado de Adão foi uma grande
tolice. Adão era um pouco de pó com uma alma feita do nada. E isto quis ser
semelhante a Deus...
O pecado de Adão foi uma grande
desgraça, como adiante veremos.
Adão e Eva logo sentiram uma vergonha
que não tinham conhecido no tempo da sua inocência. E Deus disse a Adão: “Por
tua causa a terra será maldita e te produzirá espinhos e abrolhos. Comerás o
pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que fostes tomado,
porque és pó e em pó te hás de tornar.”
Então uns anjos com espadas de
fogo expulsaram Adão e Eva do paraíso e guardaram a entrada para lhes impedir a
volta. Adão e Eva saíram chorando do paraíso, e toda a sua vida se arrependeram
do grande pecado cometido e fizeram muita penitência.
Se esta vida nos parece triste,
ninguém por isso murmure contra Deus. Ninguém se queixe de Deus por causa da
chuva ou da seca, ou das doenças, ou da morte. Deus quis fazer todos os homens
felizes. Se Adão tivesse obedecido, não haveria doenças no mundo, nem outras
tristezas, nem a morte.
Quem nunca ofendeu a Deus com um
pecado mortal, vive feliz. A inocência é um paraíso feliz. Mas o demônio quer
nos tirar este paraíso. Como a Adão e Eva, a nós também o demônio nos mostra a
fruta proibida, isto é, qualquer gozo aparente que Deus proibiu. E o demônio
diz: “Por que não comes desta fruta? Por
que não procuras este gozo?” Digamos então: Não quero, Deus o proibiu. Mas
o espírito mau insiste: “Não faz mal, não morrerás, serás feliz, serás
semelhante a Deus.” Então fujamos dele a tempo. Não sejamos tão tolos como Eva,
brincando com a tentação.
Se um menino fala de coisas
feias, ou até quer fazê-las, não mais o acompanhemos.
S.
BERNARDINO guardou sua inocência: nunca perdeu a graça santificante. Um dia, um
homem ruim quis que ele cometesse um pecado mortal. S. Bernardino fugiu. Mas o
homem continuamente voltava. Então Bernardino falou com os outros rapazes, e
quando o homem mau voltou outra vez, todos pegaram em pedras e lama e lançaram
sobre ele. O homem fugiu e nunca mais voltou. Assim a gente deve defender sua
inocência.
Peçamos a Jesus que nos ajude a fugirmos do pecado mortal. Que nos ajude a sermos fiéis a Palavra de Deus.
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