Hoje, a sagrada e animada [animata] arca de Deus vivente, que concebeu o
Criador no seu útero, descansa no templo do Senhor, que não foi construído por
mãos. E Davi exulta pela sua aparição, e o acompanham coros de Anjos, celebram
os Arcanjos, as Virtudes glorificam, os Principados exultam, as Potestades se
alegram junto, gozam as Dominações, os Tronos guardam um dia de festa, louvam
os Querubins, apregoam a sua glória os Serafins. Hoje, o Éden do novo Adão
recebe um paraíso animado [animatum], no qual a condenação foi ab-rogada, no
qual foi plantada a árvore da vida, no qual foi coberta a nossa nudez.
Hoje, a Virgem imaculada, não rebaixada por nenhum afeto terreno, mas elevada aos pensamentos celestes, não voltou à terra, mas, por ser um céu animado [animatum], foi colocada nos tabernáculos celestes. Aquela, pois, da qual toda a verdadeira vida emanou, como provaria da morte? Mas ela se submeteu à lei estabelecida por Aquele que ela concebera, e, como filha do velho Adão, tomou sobre si a velha sentença (até o seu Filho, que é a própria vida, não a recusou), de modo que, como Mãe do Deus vivente, foi dignamente tomada para Ele.
Constituição Apostólica Munificentissimus Deus do Santo Padre, o Papa Pio XII, definindo o Dogma da Assunção de Nossa Senhora em Corpo e Alma ao Céu.
Fonte:
São Pio V
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