No ano de 1845, o navio 'King of the Ocean' deixava o Porto
de Londres com destino à Austrália. Entre os passageiros, encontrava-se o
pastor protestante inglês James Fisher, com Esposa e dois filhos de nove e sete
anos de idade. O tempo esteve bom nas primeiras semanas de viagem, mas, quando
já adiantava-se Oceano Índico adentro, um forte tornado, vindo do
noroeste, varreu o oceano. As ondas irrompiam furiosamente, as velas se
rasgavam e, a bordo, o madeiramento não parecia mais do que canas à mercê dos
ventos e das ondas dessa noite memorável. Ordenaram aos passageiros que
descessem às suas cabides. Não havia o que fazer. Ouviam-se ordens de comando,
gritos de desespero e súplicas de misericórdia.
O Sr. Fisher com a família e mais outras pessoas, subiram ao convés e pediram
que todos se unissem em oração suplicando perdão e misericórdia.
Entre a tripulação, havia um jovem marinheiro irlandês, natural da comarca de
Louth, chamado John McAuliffe, o qual, desabotoando a camisa, tirou do pescoço
um Escapulário. Brandiu-o em forma de Cruz e arremessou-o ao oceano. Em breve,
as águas abateram seu furor, a tempestade acalmou-se, e uma pequena 'onda'
lançou para junto do jovem marinheiro o Escapulário que poucos minutos antes
ele havia lançado ao escapelado mar. Assim, o navio chegou são e salvo ao Porto de Botany.
ORA, as únicas pessoas que haviam notado o gesto do marinheiro e o regresso do
Escapulário ao convés foram os Fisher. Com profunda reverência, aproximaram-se
então do rapaz e pediram-lhe que lhes desse a conhecer o significado daquelas
peças tão simples de pano castanho, marcadas com as letras B.V.M.
Uma vez informados, prometeram, ali mesmo, abraçar aquela Fé, cuja protetora e
advogada é a poderosa Virgem do Carmo.
Ao desembarcarem em Sidney, encaminharam-se para a pequenina capela de Santa
Maria, feita então de madeira no sítio aonde hoje se ergue um templo magnífico,
e foram devidamente recebidos ao seio da Igreja pelo Pe. Paulding, mais tarde
Arcebispo.
Extraído de: "A grande promessa de salvação, O Escapulário de Nossa
Senhora do Carmo". Plinio Maria Solimeo, editora Artpress
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