“Tendes aí, meus queridos
associados, tendes aí os dois partidos que se apresentam a vós todos os dias: o
partido de Jesus Cristo e o partido do mundo. À vossa direita tendes o
partido do nosso amável Salvador. Este, avança por uma estrada bem mais
estreita e dificultosa devido à corrupção do mundo. À testa da fila vai o
divino Mestre, de pés nus, com a cabeça coroada de espinhos, como o corpo
coberto de sangue e carregando pesadíssima Cruz. Só um punhado de
pessoas O seguem, e essas, são, efetivamente, corajosas.
Quanto
às restantes, ou a sua voz não chega até elas devido aos
tumultos do mundo, ou então não se tem coragem de Segui-lo na pobreza,
na dor, na humilhação e nas outras cruzes que todos os dias da vida é
obrigatoriamente necessário carregar com Ele. À vossa esquerda tendes o partido
do demônio. À primeira vista este é mais numeroso,
mais esplêndido e atraente do que o outro. A elite dos indivíduos corre
atrás dele, acotovelando-se, apesar dos seus serem caminhos largos e espaçosos
devido às multidões que por lá passam como torrentes: é uma estrada
toda coberta de flores, rodeada de diversões e prazeres, coberta de ouro de
prata. À direita, o “pequeno rebanho” que segue Jesus Cristo fala só
de lágrimas, de penitência, de oração e de desprezo do mundo. (Carta aos amigos
da Cruz. São Luis de Montfort. Cleófas, 2007, p. 24-25) “Os mundanos, pelo
contrário, para se encorajarem a perseverar nas suas maldades sem escrúpulos,
todos os dias gritam os seus slogans: “A vida! A vida! Vivamos a vida” Paz!
Alegria! Comamos, cantemos, dancemos, divirtamos-nos !
Deus é
Pai de misericórdia e não nos criou para depois nos condenar; Deus não nos
proíbe o divertimento; por isso não seremos condenados; nada de escrúpulos,
portanto! Não, não morrereis!” (Carta aos amigos da Cruz. São Luis de Montfort.
Cleófas, 2007, p. 27) “Na realidade, toda perfeição cristã consiste nisso:
b) na conversão: “renegue-se a si mesmo…”
c) na mortificação: “tome a sua cruz…”
d) na ação: “e siga-Me”