domingo, 24 de novembro de 2013

Pensamento de Santa Teresinha.




"Toda tarde, quando vejo minha Irmã São Pedro sacudir sua ampulheta, sei que isto significa: vamos!  É incrível como me custa ficar alerta, mas vou imediatamente e então começa toda uma cerimônia.  É preciso remover e carregar a banqueta de uma certa maneira, e sobretudo não se apressar, e em seguida começa a caminhada; trata-se de seguir a pobre doente sustentando-a pela cintura, o que eu faço com a maior doçura possível; mas se por infelicidade ela dá um passo em falso, logo lhe parece que eu a seguro mal e que vai cair.    "Ah, meu Deus!  Está indo muito rápido, eu vou me desconjuntar."  Se então eu tento ir ainda mais devagar: "Fique atrás de mim, não sinto a sua mão, me soltou, vou cair, ah, bem que eu disse que você era muito jovem para me conduzir."  Enfim chegamos sem acidentes ao refeitório; e agora trata-se de fazer Irmã São Pedro sentar-se com todo o cuidado para não machucá-la, em seguida preciso arregaçar suas mangas (ainda de uma certa maneira) e só depois fico livre para me retirar.

Logo percebi que quando eu saía, Irmã São Pedro, com suas pobres mãos estropiadas, arrumava o pão na sua tijelinha, do jeito que conseguia.  Então, toda tarde, não a deixava antes de lhe ter prestado esse último serviço.  Como ela não me pedira nada, ficou muito comovida com minha atenção e foi por esse meio que eu não tinha procurado expressamente que conquistei totalmente suas boas graças e sobretudo (soube disso mais tarde) porque depois de ter partido seu pão dirigia-lhe, antes de ir embora, o meu mais belo sorriso". 

(História de Uma Alma, Santa Teresinha)

Nenhum comentário:

Postar um comentário