Original Aqui
Extraí
do blog de Laura Wood, The Thinking Housewife, uma carta de uma jovem dona
de casa desabafando sobre os seus problemas nesse mundo feminista que temos
hoje. Logo após sua carta, Laura Wood responde e um leitor também a aconselha.
Pode ser útil ler o que segue. Nesse mundo feminista, temos
que buscar conhecimento, e rezar muito!
LAURA D. escreve:
Eu sou uma mulher de 23 anos de idade e recém-casada. Eu fui
criada pela minha mãe e meu pai que ainda estão juntos, e minha mãe era uma dona
de casa. Entretanto, crescendo sob a influência dela e nessa cultura, eu
absorvi a lição que ser uma dona de casa era um destino extremamente
degradante.
Eu observei o casamento feliz de meus pais e pensei que eu
gostaria de crescer para ter isso, apesar dos protestos da minha mãe e da
insistência dela para que eu trabalhasse por minha conta por muitos anos antes
de casar e que adiasse o casamento e os filhos, e também que o casamento em si
não é de jeito algum importante se comparado à carreira e às realizações
mundanas.
Eu cresci bastante obcecada com o amor, o casamento e a
religião, tornando-me o membro religioso mais forte da minha família, mesmo com
a nossa igreja sendo extremamente liberal e com a maior parte dos seus membros
divorciados (até mesmo o filho do ministro teve um caso com uma pessoa casada
da congregação!). Mesmo indo para uma escola católica só para garotas, eu fui
ridicularizada por exprimir meu desejo de ser casta até o casamento na sétima
série, e até mesmo meu professor de teologia me disse que isso era
ridículo e irrealista, na frente da classe inteira.
Eu fui humilhada e continuei a ouvir essa mensagem até que,
inevitavelmente, na faculdade, eu decidi que eu queria ser como as outras
garotas e deixar de ser tão estranha e obcecada com o casamento, e simplesmente
ir atrás de toda a diversão que parecia que elas tinham. Eu fui para uma escola
extremamente feminista, liberal, de fato uma Ivy League, e eu me saí muito bem,
o que deixou minha família orgulhosa. Choveram prêmios e elogios sobre mim, não
digo isto para me regozijar, mas porque isso me deixou profundamente infeliz.
Uma sensação de total falta de significado e vazio começou a
impregnar todos os meus pensamentos. Para quê servia isso?, eu pensava. Qual o
sentido? Eu queria casa e ter bebês e uma fazenda e um belo lar! Isso é tudo,
isso é tudo!!! Eu comecei a chorar compulsivamente todas as noites, e minha
família e meus amigos me chamavam de louca, obcecada com o casamento, e
condenada a viver a vida como uma “dona de casa entediada e gorda” em vez de
“alcançar o meu potencial.”
Então eu continuei nesse caminho e consegui um excelente
emprego imediatamente após a faculdade. Eu também fiquei noiva aos 20 anos de
idade, mas com a pessoa totalmente errada, porque eu estava com tanto medo do
que o meu destino seria se eu seguisse esse caminho para o qual todos estavam
me guiando: solidão e o aparentemente inevitável divórcio. As pessoas que não
foram criadas num ambiente muito liberal, ou que não são parte de minha geração
precisam compreender que a promiscuidade está por toda parte, que isso é
elogiado, que é esperado; eu fui para supostamente uma das melhores
universidades do mundo, e as mesmas garotas que receberam nota A e bolsas de
estudo na direita e na esquerda, e que alegavam não serem “propriedade”
dos homens ou serem degradadas por eles porque elas eram muito feministas, eram
as mesmas que choravam a cada fim de semana por que os estranhos aleatórios que
elas conheciam naquele fim de semana não queriam amá-las na semana seguinte.
O desejo mais profundo do meu coração era não ter sido tão
estranha e estrangeira mesmo algumas décadas atrás. Mas agora eles me
faziam ser retrógrada, estranha e tola. Essa coisa toda me preencheu de tal
ansiedade que eu chorava compulsivamente todas as noites, rezando pelo meu
esposo que parecia tão distante e fora de alcance.
Então algo aconteceu. Eu conheci um homem e me apaixonei, e
nós nos casamos menos de um ano mais tarde.
O problema era, após todos aqueles anos de depressão e
ansiedade, e sem formação alguma sobre ter de fato qualquer tipo de
relacionamento verdadeiro ou qualquer coisa duradoura, eu não tinha ideia de
como tratar um marido, e realmente ainda não tenho.
Eu não tenho nenhum amigo casado da minha idade; as pessoas
mais jovens que conheço que são casadas são quinze anos mais velhos ou mais, e
não são amigos próximos ou mentores a quem eu poderia buscar aconselhamento, e
até mesmo eles teriam dito para nós que somos jovens demais para casar tão cedo
(do mesmo jeito que os nossos pais nos disseram). Meu marido, também, quer um
casamento tradicional, mas não tem ideia em como fazer isso acontecer de
fato, porque nós estamos tão presos às ideias com as quais crescemos, e de
cérebros lavados sobre quem é “permitido” ter autoridade, como devemos lidar
com discordâncias, etc.
Eu fui verdadeiramente terrível para ele nos primeiros meses
de nosso casamento; pouparei vocês dos detalhes, porque eu estou envergonhada
demais e isso não é realmente relevante, mas eu disse coisas realmente horríveis
para ele. Eu ainda estou com medo, aterrorizada de que isso não seja
permanente, de que eu tenha o meu coração partido.
Eu estava carregando todo o peso do meu passado, a criação
que eu tive, a depressão dos anos de solidão e de pensar que continuaria sozinha
o resto da vida, sem moral para me apoiar e sem guia ou comunidade, então eu
terminei explodindo e jogando todas as minhas ansiedades em cima dele, a única
pessoa com que eu posso construir uma vida.
Depois de ter sido muito magoado pela minha falta de
respeito e minha raiva, ele está extremamente triste e frequentemente distante,
mas diz que ainda me ama do mesmo jeito e quer fazer o nosso relacionamento
funcionar a todo custo e que ele está comprometido com um casamento para a vida
inteira. Como duas pessoas podem consertar as coisas quando isso acontece? Eu
sei que minhas ações são minha responsabilidade, mas ao mesmo tempo eu não
posso deixar de apontar a dor de ter ouvido por anos que meus desesperados
anseios femininos naturais eram estúpidos e inalcançáveis, e minha frustração
quando minha própria falta de preparo quando essa benção aconteceu de fato para
mim. A agenda política que prevalece hoje em dia é verdadeiramente prejudicial
e destrutiva, e a atmosfera social literalmente mata almas.
Laura escreve:
Você não pode esperar fazer tudo certo desde o começo. Você
está envergonhada por causa do que fez e isso é bom. Olhe para frente pensando
no tempo em que você poderá perdoar seu marido quando ele tiver ferido ou
desapontado você de alguma forma. Vai levar tempo para o seu marido confiar
inteiramente em você novamente, você não pode forçar essa confiança, mas se
você for boa e tiver pedido repetidamente o perdão dele, ele quase com certeza
irá confiar em você novamente.
Você está apontando um fenômeno real. As mulheres se
tornaram tão cheias de conflito esquizofrênico, vivendo num mundo onde dizem a
elas que elas devem ser tudo ao mesmo tempo e onde a agressão ;e glorificada,
que elas se tornam megeras para seus maridos, que ficam perplexos e atormentados.
Quando você estiver maldosa e raivosa, investigue a origem dessa raiva. Ela
pode originar-se da tentativa de agradar outras pessoas, não ele. Distancie-se
o melhor que puder dessas pessoas e busque com afinco amigos que não a deixem
com esses sentimentos de conflito. É melhor ter amizade com mulheres mais
velhas e doces do que com mulheres jovens da sua idade que apenas exacerbam
seus sentimento de conflito. Escolha seus amigos. Encontre atividades
e projetos que a mantenham longe de pessoas que a deixem com qualquer
insatisfação sobre a vida que você escolheu. Há tanta coisa para fazer. Você
tem grandes aventuras a sua frente.
Talvez para consertar as coisas cruéis que você fez ao seu
marido, você pode ser ainda mais corajosa nos anos seguintes e falar contra
todas as influências negativas que você encontrou. Você pode admitir para seus
amigos o quanto você foi cruel com ele e como ele foi forte. Você pode ser a
força positive que você mesma nunca teve. Seu marido também terá que aprender a
rejeitar imediatamente qualquer hostilidade vinda de você, a ser firme e ter
autoridade com você. Isso é muito importante.
Eu desejo que coisas muito boas aconteçam a você nos
próximos anos que virão.
Jill Farris escreve:
Acrescentando um comentário ao excelente conselho de Laura
D.: tal como Laura D. e Sibyl eu cresci com uma mãe que era uma maravilhosa
dona de casa, então ela se divorciou e insistiu que eu tivesse uma carreira,
educação, etc. A única diferença entre nossas histórias é que eu nasci em 1960.
Então todos vocês podem ver que o feminismo tem afetado todos nós há muito
tempo.
Muitos de nós começamos de onde você está, Laura D. Agora
você tem a oportunidade de procurar sabedoria, de começar a aprender (a vida
inteira) o que significa ser uma esposa e companheira cristã para o seu marido.
Existem muitos livros excelentes por aí, mas fique certa de estudar seu marido
e rogue a Deus para que Ele a ajude a entendê-lo. Deus promete nos dar
sabedoria e desde que o casamento foi ideia Dele nós sabemos que Ele irá
ajudá-la nesse esforço.
É o momento de vocês se confessarem, perdoarem um ao outro e
começarem a amadurecer e crescer. Então, você não teve apoio ou
encorajamento – muitas de nós também não tivemos. Quando alguém encoraja você,
você irá apreciar isso muito mais. Você irá desenvolver um caráter forte ao
passo em que aprender a fazer o que é certo perante Deus e seu marido, mesmo
quando não tiver nenhum reconhecimento por isso.
Lute contra a autocomiseração e lute contra a amargura e
culpar os outros! Isso é algo que todas nós aprendemos das feministas! Não
ponha a culpa no fato de você não ter sido ensinada. Deus lhe deu um homem que
a ama e que é comprometido com você no casamento! É hora de fazer o trabalho
duro de construir um casamento e você irá encontrar uma grande alegria nisso.
Que Deus a abençoe abundantemente!
Laura escreve:
Jill fez ótimas observações. Uma em particular eu enfatizo e
é: você precisa estudar seu marido e compreender como ele é diferente de você.
Livros podem ajudar, mas eles não podem explicá-lo completamente. Você precisa
refletir sobre o que você vê e então tomar um tempo e ficar em silêncio
interior. Eu também aconselharia você a nunca ou muito raramente conversar
sobre o seu casamento com amigos, talvez com um confidente sábio e compreensivo
se você encontrar um mas nunca com mulheres que tenham qualquer satisfação em
reclamar dos seus maridos. Eu sei que há momentos em que você acha que precisa
discutir um problema particular, e é verdade que pode ajudar, mas
frequentemente quando nós damos um tempo para deixar o problema se acertar em
nossas mentes, aparece uma solução que ninguém poderia ter oferecido.
Fonte: Maria Rosa Mulher
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