"Eu
sou o caminho, a verdade e a vida"
(Nosso
Senhor Jesus Cristo)
Festa
de Todos os Santos
Festa
de primeira classe
A Igreja, que no decorrer do ano vem celebrando uma a uma as festas de seus
santos, reúne-os hoje todos numa festa comum. Além daqueles que Ela nomeia
habitualmete, é a multidão inumerável de todos os outros que Ela evoca numa
visão grandiosa: < De todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé diante
do trono e diante do Cordeiro, vestidos de túnicas brancas, com palmas nas
mãos>, aclamando Aquele que os resgatou com o Seu sangue.
A festa de todos os santos deve penetrar-nos de uma imensa esperança. Entre os
santos do céu, alguns há que conhecemos. Todos viveram na terra uma vida
semelhante à nossa. Batizados, marcados com o selo da fé, fiéis aos
ensinamentos de Cristo, eles nos precederam na pátria celeste e convidam-nos a
ir juntar-nos a eles. O evangelho das bem-aventuranças proclama a felicidade
deles e indica ao mesmo tempo o caminho que seguiram; não há outro que nos
conduza aonde eles estão.
Fonte: Missal
Romano dos fiéis (1964)
A festa do dia de Todos os Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A Santa Igreja Católica celebra a Festum omnium sanctorum no dia 1 de novembro.
A
celebração do Dia de Todos os Santos tem a sua origem numa declaração feita
pela Papa Gregório III (731-741), na Basílica de São Pedro, quando exaltou e
exortou os católicos a rezarem pelas relíquias e almas dos santos no céu.
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Dia
de Todos os Santos festa em “honra a todos os santos, conhecidos e
desconhecidos”. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar
os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já
estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor.
A
comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610 DC, o Papa
Bonifácio IV dedicou o Panteão — o templo romano em honra a todos os deuses
romanos exterminados e ficando santos do Cristianismo. — a Maria e a todos os
mártires. A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741
DC) dedicou uma capela em Roma a todos os santos e ordenou que eles fossem
homenageados em 1.° de novembro. É possível que a comemoração britânica
medieval do Dia de Todos os Santos tenha sido o ponto de partida para a
popularização dessa festividade em toda a Igreja cristã.” Os irlandeses
costumavam reservar o primeiro dia do mês para as festividades importantes e,
visto que 1.° de novembro era também o início do inverno para os celtas, seria
uma data propícia para uma festa em homenagem a todos os santos.” Finalmente,
em 835 DC, o Papa Gregório IV declarou-a uma festa universal.
Esta tradição de
recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário
litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos
cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações,
missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram
mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se
habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos
locais.
O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e
lugar, deveu-se ao facto frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e
também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as
dioceses/paroquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos.
A partir
da perseguição de Diocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou
impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registro
(Século IV) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em
Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas
igrejas orientais.Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam
como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados
por todo o mundo. Inicialmente apenas mártires (com a inclusão de São João
Batista), depressa se deu grande relevo a cristãos considerados heróicos nas
suas virtudes, apesar de não terem sido mortos.
O sentido do martírio que os
cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e assim a
designação "todos os santos" visa celebrar conjuntamente todos os
cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados
(processo regularizado, iniciado no Século V, para o apuramento da heroicidade
de vida cristã de alguém aclamado pelo povo e através do qual pode ser chamado
universalmente de beato ou santo, e pelo qual se institui um dia e o tipo e
lugar para as celebrações, normalmente com referência especial na Santa Missa).
Santa Maria escrava, Mártir.
Maria
morreu em 300 DC e era uma escrava de um romano chamado Tértulus. Foi
convertida ao cristianismo e estava sempre a orar e a jejuar o que despertava
certa desconfiança da sua “Dona”(Algo parecido com a nossa Sinhá, na época da
escravatura) que era muito superticiosa.
Durante as perseguições do Imperador Diocleciano, Tértulus que gostava muito dela, usou de todos os meios para que ela renunciasse ao cristianismo, tendo inclusive a açoitado e a prendido em uma cela escura, com apenas pão e água, por 30 dias. Mas de nada adiantou. Acabou presa e entregue ao procônsul com a acusação de ser uma cristã, a despeito dos esforços de Tértulus para salvá-la.
Os “Atos do Martirio” de Santa Maria, a escrava, escritos por escribas romanos que tinham ordem de enfatizar apenas o martírio, quase nada dizem sobre ela.
Maria
foi duramente martirizada para renunciar a sua fé. Os “Atos” dizem diz que o
seu martírio foi tão terrível, que afinal, os espectadores exigiram a sua libertação
e ela foi entregue a custódia de um soldado. Santa Maria, a escrava o converteu
e ele a ajudou a escapar. Diz a tradição que a paz com que enfrentou seu
martírio teria convertido vários espectadores inclusive Tértulus . Diz ainda
que ela teria morrido em conseqüência do seu martírio. Outra versão diz que ela
teria conseguido sobreviver e veio a falecer bem mais tarde, feliz e de morte
natural. Não obstante, ela é venerada como mártir, devido a intensidade dos
seus sofrimentos.
Todos os Santos de Deus, rogai por nós.
Fonte: Escravas de Maria
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