Prossegue
a batalha pela família.
Por
Hermes Rodrigues Nery | Fratres in
Unum.com - O que era para ser votado no dia 19 de março
(dia de São José) foi adiado para o dia 26 e, posteriormente, para 2 de abril.
O deputado do PT, Angelo Vanhoni afirmava, naquele dia, que manteria a inclusão
da ideologia de gênero no texto do Plano Nacional de Educação. Pouco depois do
meio-dia, já nos concentramos na porta do plenário 1, onde ocorreria a reunião
deliberativa, mas o segurança disse que a porta de vidro permaneceria fechada,
algo incomum, e as várias pessoas que iam chegando, inclusive algumas mulheres
idosas, teriam de ficar esperando a ordem de abertura.
Havia,
no interior da sala uma porta, do outro lado, por onde começaram a adentrar, um
aqui, outro ali, em tempo espaçado, pessoas que foram ocupando os assentos mais
estratégicos, o que provocou uma reação nossa, que estávamos do lado de fora,
há mais de uma hora de pé, aguardando. E não houve quem atendesse o apelo para
que pelo menos as pessoas idosas ali presentes pudessem entrar. O segurança disse
que os que entravam pela outra porta eram assessores especiais e consultores.
A sala
foi aberta às 14h30, quase em cima da hora de começar a sessão. E muitos
lugares já estavam ocupados. Não foi possível, de imediato, como na sessão do
dia 19, reunir um grupo expressivo pró-família, com os cartazes e faixas que
expuseram aos deputados o perigo da inclusão da ideologia de gênero no PNE. O
pessoal teve que dispersar nos poucos lugares disponíveis e nas laterais.
Mais
uma vez a sessão começou com a sala cheia e um grupo de estudantes da UNE ficou
em uma das laterais, enquanto o grupo de jovens de Brasília, pró-vida e
pró-família, se espalhou pelos quatro cantos da sala.
O
debate começou acalorado, quando o relator petista, defensor da ideologia de
gênero, insistiu que manteria o texto original da Câmara (rechaçado pelo
Senado), e foi refutado por vários deputados, dentre eles, de modo brilhante e
preciso, pelo deputado Marcos Rogério, de Rondônia, apoiado pelos deputados
Stefano Aguiar, Paulo Freire e outros. Marcos
Rogério ressaltou: “Discriminação é crime no Brasil e deve ser
punido na forma da lei. Agora, patrocinar a promoção de práticas como metas do
Plano Nacional extrapola os objetivos centrais desse Plano Nacional”. Esse é o
cerne da questão, quando o governo do PT quer disseminar na rede de ensino
práticas de perversão e de anarquia sexual, de acordo com sua agenda e discurso
igualitarista, cuja ideologia imposta pelo feminismo radical visa não apenas
subverter, mas negar a própria natureza humana, fazendo do corpo a última
trincheira a ser vencida para eliminar toda moralidade e justificar assim todas
as transgressões, para que cada pessoa seja mais facilmente manipulada e vulnerável
ao novo totalitarismo global.
Entre
aplausos e vaias, o plenário se manifestava, com os grupos pró e contra a
ideologia de gênero, que não ficaram restritos apenas a exibição das faixas e
cartazes. O incansável Pe. Lodi da Cruz, permaneceu quase toda a sessão com o
cartaz erguido: “Não à Ideologia de Gênero!”
Foi
quando o deputado Jean Wyllys, ex-Big Brother da Globo, tumultuou a sessão com
sua fala confusa sobre diversidade sexual e, na falta de argumentos
sólidos, em que a própria antropologia reconhece a validade civilizacional da
família monogâmica e heterossexual, apelou para os reducionismos adjetivantes,
acusando os representantes pró-família lá presentes de fundamentalistas, retrógrados,
obscurantistas, etc. E que aquelas faixas de exortação à ordem natural não lhe
intimidava, pois continuaria a defender a sua posição ideológica
anarcofeminista. Quando evocou novamente o laicismo para condenar, com
veemência, a presença de religiosos na sala, foi vaiado, vaiadíssimo. O que me
lembrou a sessão de 7 de maio de 2008, quando houve a deliberação do PL 1135/91
(visando a legalização do aborto no Brasil) e vencemos por 33×0, e o militante
petista, então deputado mensaleiro José Genoíno, fez a enfática defesa
pró-aborto, também sendo vaiado. Mas os jovens pró-vida e pró-família de
Brasília não deixaram que o deputado BBB atacasse a Igreja (que é sociedade
civil e tem todo o direito constitucional de se manifestar), fazendo ressoar
novamente extensa e sonora vaia.
Diante
disso, o presidente da sessão (certo de que há maioria de votos para rechaçar a
ideologia de gênero no PNE) preferiu conter os ânimos já bastante exaltados e,
para surpresa de todos, de modo súbito, encerrou a sessão, cuja votação foi
adiada para terça e quarta-feira próximas.
Fonte: Fratres in Unum
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