domingo, 6 de abril de 2014

Prossegue a batalha pela família.




Prossegue a batalha pela família.

Por Hermes Rodrigues Nery | Fratres in Unum.com - O que era para ser votado no dia 19 de março (dia de São José) foi adiado para o dia 26 e, posteriormente, para 2 de abril. O deputado do PT, Angelo Vanhoni afirmava, naquele dia, que manteria a inclusão da ideologia de gênero no texto do Plano Nacional de Educação. Pouco depois do meio-dia, já nos concentramos na porta do plenário 1, onde ocorreria a reunião deliberativa, mas o segurança disse que a porta de vidro permaneceria fechada, algo incomum, e as várias pessoas que iam chegando, inclusive algumas mulheres idosas, teriam de ficar esperando a ordem de abertura. 

Havia, no interior da sala uma porta, do outro lado, por onde começaram a adentrar, um aqui, outro ali, em tempo espaçado, pessoas que foram ocupando os assentos mais estratégicos, o que provocou uma reação nossa, que estávamos do lado de fora, há mais de uma hora de pé, aguardando. E não houve quem atendesse o apelo para que pelo menos as pessoas idosas ali presentes pudessem entrar. O segurança disse que os que entravam pela outra porta eram assessores especiais e consultores.

A sala foi aberta às 14h30, quase em cima da hora de começar a sessão. E muitos lugares já estavam ocupados. Não foi possível, de imediato, como na sessão do dia 19, reunir um grupo expressivo pró-família, com os cartazes e faixas que expuseram aos deputados o perigo da inclusão da ideologia de gênero no PNE. O pessoal teve que dispersar nos poucos lugares disponíveis e nas laterais.

Mais uma vez a sessão começou com a sala cheia e um grupo de estudantes da UNE ficou em uma das laterais, enquanto o grupo de jovens de Brasília, pró-vida e pró-família, se espalhou pelos quatro cantos da sala.

O debate começou acalorado, quando o relator petista, defensor da ideologia de gênero, insistiu que manteria o texto original da Câmara (rechaçado pelo Senado), e foi refutado por vários deputados, dentre eles, de modo brilhante e preciso, pelo deputado Marcos Rogério, de Rondônia, apoiado pelos deputados Stefano Aguiar, Paulo Freire e outros. Marcos Rogério ressaltou: “Discriminação é crime no Brasil e deve ser punido na forma da lei. Agora, patrocinar a promoção de práticas como metas do Plano Nacional extrapola os objetivos centrais desse Plano Nacional”. Esse é o cerne da questão, quando o governo do PT quer disseminar na rede de ensino práticas de perversão e de anarquia sexual, de acordo com sua agenda e discurso igualitarista, cuja ideologia imposta pelo feminismo radical visa não apenas subverter, mas negar a própria natureza humana, fazendo do corpo a última trincheira a ser vencida para eliminar toda moralidade e justificar assim todas as transgressões, para que cada pessoa seja mais facilmente manipulada e vulnerável ao novo totalitarismo global.

Entre aplausos e vaias, o plenário se manifestava, com os grupos pró e contra a ideologia de gênero, que não ficaram restritos apenas a exibição das faixas e cartazes. O incansável Pe. Lodi da Cruz, permaneceu quase toda a sessão com o cartaz erguido: “Não à Ideologia de Gênero!”

Foi quando o deputado Jean Wyllys, ex-Big Brother da Globo, tumultuou a sessão com sua fala confusa sobre diversidade sexual e, na falta de argumentos sólidos, em que a própria antropologia reconhece a validade civilizacional da família monogâmica e heterossexual, apelou para os reducionismos adjetivantes, acusando os representantes pró-família lá presentes de fundamentalistas, retrógrados, obscurantistas, etc. E que aquelas faixas de exortação à ordem natural não lhe intimidava, pois continuaria a defender a sua posição ideológica anarcofeminista.  Quando evocou novamente o laicismo para condenar, com veemência, a presença de religiosos na sala, foi vaiado, vaiadíssimo. O que me lembrou a sessão de 7 de maio de 2008, quando houve a deliberação do PL 1135/91 (visando a legalização do aborto no Brasil) e vencemos por 33×0, e o militante petista, então deputado mensaleiro José Genoíno, fez a enfática defesa pró-aborto, também sendo vaiado. Mas os jovens pró-vida e pró-família de Brasília não deixaram que o deputado BBB atacasse a Igreja (que é sociedade civil e tem todo o direito constitucional de se manifestar), fazendo ressoar novamente extensa e sonora vaia.

Diante disso, o presidente da sessão (certo de que há maioria de votos para rechaçar a ideologia de gênero no PNE) preferiu conter os ânimos já bastante exaltados e, para surpresa de todos, de modo súbito, encerrou a sessão, cuja votação foi adiada para terça e quarta-feira próximas.


 Fonte: Fratres in Unum

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