SEXTA
PORTA: O PROTESTANTISMO
O
protestantismo é inimigo jurado da nossa Santa Religião. Nega os dogmas mais
santos: o Santo Sacrifício da Missa, a Confissão, a Comunhão, a maior parte dos
sacramentos, a existência do purgatório, a instituição Divina da Igreja, a
autoridade do Papa, a legitimidade do culto dos santos. Neste particular vai
até a caluniar aos católicos, dizendo que adoram os santos, as imagens. Não,
mil vezes não! Não adoramos os santos. Adoramos só a Deus.
Quanto
aos santos, nós os honramos, pedimos sua proteção junto de Deus. Honramos as
imagens como sendo os retratos dos santos. Que mal haverá nisso? Não podemos
honrar o retrato de um pai, de uma mãe, de um benfeitor, colocá-lo em nossa
sala, no lugar de honra? Se Deus, outrora, proibiu aos judeus que tivessem
imagens, é porque os judeus habitavam no meio de idólatras e estavam expostos a
cair na idolatria. Foi uma medida disciplinar e passageira. Aliás, o mesmo Deus
deu ordem a Moisés que adornasse a arca com imagens de anjos. Se os
protestantes não têm outra coisa que nos exprobrar, calem-se; esta acusação
cobre-os de ridículo.
É
inegável a existência do perigo protestante no Brasil.
Não
se deve, porém, temer exageradamente o protestantismo porque ele tem
contra si a promessa feita por Cristo à sua Igreja e porque de sua
natureza tende a se desagregar, dividir e multiplicar-se. Todas as tentativas
de união serão sempre uma paródia da verdadeira união de fé. Ademais o Brasil
nasceu, cresceu e vive ainda sob o bafejo santo da Igreja Católica e não quer ser
ingrato às bênçãos celestes, simbolizadas pela constelação bendita do Cruzeiro
do Sul. Não se deve, portanto, exagerar o perigo protestante.
Mas,
doutra parte, não deve ser desprezado ou descurado.
A
fé, na verdade, foi prometida à Igreja e não às nações; estas, como os
indivíduos, a podem perder; e não padece dúvida que o protestantismo é um
sério perigo que poderá ser grave se não se empregarem os remédios aptos e
convenientes.
Não
se devem desprezar os protestantes, porque são nossos irmãos transviados e
cegos. Nem é tática bélica desprezar o inimigo, ainda que aparente fraquezas.
Se
não se deve exagerar nem diminuir o perigo, é preciso considerá-lo em seu
justo limite.
Daí
a necessidade de um estudo leal e ponderado sobre as forças e elementos do
protestantismo no Brasil. Quanto maior for o estudo, tanto melhor será o
combate.
Devemos
combater os protestantes:
Com
grande caridade, muita paciência e ardente zelo pela sua conversão; com
constante e sólida instrução, do povo nas verdades reveladas; com a prática das
virtudes cristãs e com a frequência dos sacramentos; advertindo os fiéis dos
enganos; dando bom exemplo; com o sacrifício e orações fervorosas para que
todos sejam uma só coisa (Jo 17, 22).
O
protestantismo foi fundado por Lutero. Quem era Lutero? Um frade que, depois
de passar muitos anos no convento, deixou a vida religiosa, deixou seu
hábito e... casou. Com quem? Com uma freira, chamada Catarina, que ele
mesmo tirou do convento. Lutero viveu e morreu na crápula, na orgia, no escândalo.
Julgai se Deus pode suscitar semelhante apóstolo para reformar a Igreja ou
fundar uma nova religião.
Não
discutamos com protestantes, não vamos ao seu culto, nem por curiosidade.
Não leiamos suas bíblias, seus folhetos. É pecado mortal ter consigo uma
bíblia protestante. Tudo isso expõe nossa fé a naufragar.
(O Pequeno Missionário - Manual de Instruções, Orações e Cânticos coordenado pelo Pe. Guilherme Vaessen, Missionário da Congregação da Missão - 6ª. Edição, Editora Vozes, 1953).
FONTE: A Grande Guerra
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