TERCEIRA
PORTA: PROFANAÇÃO DO DIA DO SENHOR
A
santificação do domingo comporta duas coisas: a cessação do trabalho e a
oração.
Aos
domingos não se pode trabalhar sem necessidade ou por motivo justo: “Trabalhareis
durante seis dias, disse outrora Deus aos israelitas, mas ao sétimo dia não fareis
nenhum trabalho, nem vós nem vossos servos”. Trabalhar aos domingos é, pois,
uma desobediência formal a Deus.
O
trabalho do domingo é um desastre para o corpo, para a alma e mesmo para
a fortuna.
As
máquinas de bronze e de aço não podem trabalhar semanas e meses seguidos.
Forçosamente, de quando em vez, é preciso pararem, repousarem, senão
arrebentam. Não somos de bronze nem de aço, somos de carne. Sem o repouso de
oito em oito dias, dizem os sábios, os homens abreviam consideravelmente sua
vida.
Quereis
ver um povo sadio, forte, alegre? Vede as nações que respeitam o domingo.
Quereis ver um povo doentio, fraco? Considerai os países em que o dia do Senhor
é profanado.
Quanto
à alma, o trabalho ao domingo faz que o homem nem se lembre dela.
Quem trabalha sem cessar torna-se material como a terra que cultiva, como
as máquinas que maneja, torna-se um animal, um bruto.
Notou-se
que os revolucionários, os criminosos têm-se recrutado principalmente entre os
profanadores do domingo.
Afinal
nossos interesses temporais pedem que santifiquemos o domingo.
Se
Deus não constrói a casa, diz o profeta, em vão trabalham os que a edificam. O
trabalho ao domingo é como o bem mal adquirido, atrasa. Deus não engana. Ora,
disse aos judeus: “Guardareis o dia do Senhor e respeitareis meu santuário: se
fizerdes estas coisas, eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo e a terra e as
árvores darão o seu fruto; comereis o vosso pão a fartar e habitareis seguros
em vossa terra. Se, pelo contrário, rejeitardes meus mandamentos, visitar-vos-ei
em minha cólera, vossas árvores, vossos campos, não darão seu fruto, farei que
o céu seja como ferro e a terra como bronze, plantareis debalde a vossa semente
e vossos inimigos a comerão, as feras devorarão vosso gado, mandarei a peste, a
guerra, a fome”. Repousemos, pois, ao domingo e santifiquemos este dia pela
oração.
A
oração obrigatória é a Santa Missa, para quem não tem um motivo justo de
dispensa. Estes motivos são os seguintes: doenças, cuidados de crianças ou de
doentes, grande distância da igreja (mais de uma hora de caminho, a pé), falta
de companhia para senhoras, pobreza tal que a gente não possa se apresentar na
igreja sem se envergonhar.
As
mães que têm crianças pequenas, procurem alguém que possa substituí-las,
para que, pelo menos de vez em quando, possam ouvir a Santa Missa.
Não
esqueçamos que faltar à Missa por descuido, por preguiça, é pecado grave.
Mau sinal, péssimo sinal, perder a Missa aos domingos. Enquanto o homem
aos domingos veste a roupa limpa, toma o caminho da igreja, assiste ao
santo sacrifício, ouve a palavra de Deus, há esperança. Embora este homem
se tenha desviado de Deus, um dia voltará para ele.
Mas,
quando o homem chegou a este ponto de embrutecimento que não faz mais distinção
entre dia de serviço e dia de domingo, não há mais esperança. Não é mais
cristão, não é mais homem, é animal. É a perda da alma, é o inferno.
Que
dizer agora dos que não só profanam o dia do Senhor pelo trabalho e a perda de
Missa, senão pelo pecado propriamente dito. Infelizmente, para muitos, o
domingo é o dia do pecado, da embriaguez, do jogo, do escândalo. Que crime!
Roubar a Deus o dia que ele reservou para sua glória e para nossa salvação, e
consagrá-lo a Satanás pelo pecado!
O
que digo do domingo, digo-o das festas que, muitas vezes, em lugar de serem
festas dos santos, são festas do demônio, pela devassidão. Assim é que
outrora os judeus celebravam os domingos e as festas e por isso Deus lhes
disse: “Eu tenho horror de vossas festas, lançar-vos-ei em rosto as imundícies
de vossas solenidades”. O que Nossa Senhora e os santos esperam de nós nos seus
dias de festas não são músicas, foguetes, danças, jogos, orgias, mas orações
fervorosas, confissão, comunhão. Só assim nos tornamos merecedores de seus
favores.
(O
Pequeno Missionário - Manual de Instruções, Orações e Cânticos coordenado pelo
Pe. Guilherme Vaessen, Missionário da Congregação da Missão - 6a. Edição,
Editora Vozes, 1953).
FONTE: A Grande Guerra
Gostei do post, porém, estamos vivendo um período difícil, onde muita gente não vai mais a missa, aproveita o dia de domingo para beber bebida alcoólica, trabalha, etc. Portanto, rezemos para que o Deus da vida nos converta cada vez mais.
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