São
Pio X (em italiano: Pio X, latim eclesiástico: Pius PP. X), OFS, nascido
Giuseppe Melchiorre Sarto; Riese, 2 de Junho de 1835 — Roma, 20 de Agosto de
1914), foi o 257.º Papa. O seu pontificado decorreu de 4 de agosto de 1903 até
à data da sua morte. Ficou conhecido como o "Papa da Eucaristia" e
foi o primeiro Papa a ser canonizado desde Pio V (1566–72).
Era
o segundo de dez filhos de uma família rural da província de Treviso. Ordenado
em 1858, estudou direito canônico e a obra de São Tomás de Aquino. Em 10 de
Novembro de 1884 foi elevado a Bispo de Mântua, e em 1896 a Patriarca de Veneza
sendo eleito Papa em 4 de Agosto de 1903 com 55 dos 60 votos possíveis no
conclave.
O
seu lema era "Renovar todas as coisas em Cristo", expresso na sua
encíclica E Supremi Apostolatus.[1] Por esta razão, foi um defensor
intransigente da ortodoxia doutrinária e governou a Igreja Católica com mão
firme numa época em que esta enfrentava um laicismo muito forte e diversas
tendências do modernismo, encarado por ele como a síntese de todas as heresias
nos campos dos estudos bíblicos e teologia.
Pio
X introduziu grandes reformas na liturgia e codificou a Doutrina da Igreja
Católica, sempre num sentido tradicional e facilitou a participação popular na
Eucaristia. Foi um Papa pastoral, encorajando estilos de vida que refletissem
os valores cristãos. Permitiu a prática da comunhão eucarística frequente e
fomentou o acesso das crianças à Eucaristia quando da chegada à chamada idade
da razão. Promoveu ainda o estudo do canto gregoriano e do catecismo (ele
próprio foi autor de um catecismo, designado por Catecismo de São Pio X). Criou
a Pontifícia Comissão Bíblica e colocou as bases do Código de Direito Canônico,
promulgado em 1917 após a sua morte. Publicou 16 encíclicas.
Pascendi
Dominici Gregis é uma encíclica papal promulgada pelo Papa Pio X em setembro de
1907. Seu subtítulo diz: Carta Encíclica do Papa Pio X sobre os erros do
modernismo. O Documento, assim, condena o modernismo católico, considerado uma
"síntese de todas as heresias", com sua junção de evolucionismo,
relativismo, cripto-marxismo, cientificismo e psicologismo.
.
Como
consequência da Encíclica, o papa formulou o "juramento
anti-modernista", obrigatório para todos os padres, bispos e catequistas.
Curiosamente,
tal juramento só foi abolido em 1967, pelo Papa Paulo VI. Este fato levou ver
as profecias de Salete e Fátima acontecer pois outrora se combatia modernismo e
partir daquele momento tornou-se na doutrina subjacente da "nova
Igreja". Um dos mais influentes filósofos modernistas foi Teilhard de
Chardin, que pretendia reunir catolicismo com darwinismo e marxismo (Isto é um
fato pois no seminário do mundo se vê isso em prática é perguntar a qualquer
seminarista).
Este
documento como evidência do aviso de Fátima de que a Igreja Católica passaria
por uma crise de fé.
Os
papas anteriores ao Concílio Vaticano II já estavam atentos para a infiltração
de inimigos da Tradição no seio da instituição. O Papa Paulo VI não fez o juramento
por ser um modernista, confirmando Nossa Senhora de Fátima que os erros
começariam pelo topo.
Célebre
juramento anti-modernista elaborado por São Pio X
Eu,
______________, firmemente abraço e aceito cada uma e todas as definições
feitas e declaradas pela autoridade inerente da Igreja, especialmente estas
verdades principais que são diretamente opostas aos erros deste dia.
Antes
de mais nada eu professo que Deus, a origem e fim de todas as coisas, pode ser
conhecido com certeza pela luz natural da razão a partir do mundo criado (Cf
Rom. 1,90), ou seja, dos trabalhos visíveis da Criação, como uma causa a partir
de seus efeitos, e que, portanto, Sua existência também pode ser demonstrada.
Segundo:
eu aceito e reconheço as provas exteriores da revelação, ou seja, os atos
divinos e especialmente os milagres e profecias como os sinais mais seguros da
origem divina da Religião cristã e considero estas mesmas provas bem adaptadas
à compreensão de todas as eras e de todos os homens, até mesmo os de agora.
Terceiro,
eu acredito com fé igualmente firme que a Igreja, Guardiã e mestra da Palavra
Revelada, foi instituída pessoalmente pelo Cristo histórico e real quando Ele
viveu entre nós, e que a Igreja foi construída sobre Pedro, o príncipe da
hierarquia apostólica, e seus sucessores pela duração dos tempos.
Quarto:
eu sinceramente mantenho que a Doutrina da Fé nos foi trazida desde os
Apóstolos pelos Padres ortodoxos com exatamente o mesmo significado e sempre
com o mesmo propósito. Assim sendo, eu rejeito inteiramente a falsa
representação herética de que os dogmas evoluem e se modificam de um
significado para outro diferente do que a Igreja antes manteve. Condeno
também todo erro segundo o qual, no lugar do divino Depósito que foi confiado à
esposa de Cristo para que ela o guardasse, há apenas uma invenção filosófica ou
produto de consciência humana que foi gradualmente desenvolvida pelo esforço
humano e continuará a se desenvolver indefinidamente.
Quinto:
eu mantenho com certeza e confesso sinceramente que a Fé não é um sentimento
cego de religião que se alevanta das profundezas do subconsciente pelo impulso
do coração e pela moção da vontade treinada para a moralidade, mas um genuíno
assentimento da inteligência com a Verdade recebida oralmente de uma fonte
externa. Por este assentimento, devido à autoridade do Deus supremamente
verdadeiro, acreditamos ser Verdade o que foi revelado e atestado por um Deus
pessoal, nosso Criador e Senhor.
Além
disso, com a devida reverência, eu me submeto e adiro com todo o meu coração às
condenações, declarações e todas as proibições contidas na encíclica Pascendi e
no decreto Lamentabili, especialmente as que dizem respeito ao que é conhecido
como a história dos dogmas.
Também
rejeito o erro daqueles que dizem que a Fé mantida pela Igreja pode contradizer
a história, e que os dogmas católicos, no sentido em que são agora entendidos,
são irreconciliáveis com uma visão mais realista das origens da Religião cristã.
Também
condeno e rejeito a opinião dos que dizem que um cristão erudito assume uma
dupla personalidade - a de um crente e ao mesmo tempo a de um historiador, como
se fosse permissível a um historiador manter coisas que contradizem a Fé do
crente, ou estabelecer premissas que, desde que não haja negação direta dos
dogmas, levariam à conclusão de que os dogmas são falsos ou duvidosos.
Do
mesmo modo, eu rejeito o método de julgar e interpretar a Sagrada Escritura
que, afastando-se da Tradição da Igreja, da analogia da Fé e das normas da Sé
Apostólica, abraça as falsas representações dos racionalistas e sem prudência
ou restrição adota a crítica textual como norma única e suprema.
Além
disso, eu rejeito a opinião dos que mantém que um professor ensinando ou
escrevendo sobre um assunto histórico-teológico deve antes colocar de lado
qualquer opinião preconcebida sobre a origem sobrenatural da Tradição católica
ou a promessa divina de ajudar a preservar para sempre toda a Verdade Revelada;
e que ele deveria então interpretar os escritos dos Padres apenas por
princípios científicos, excluindo toda autoridade sagrada, e com a mesma
liberdade de julgamento que é comum na investigação de todos os documentos
históricos profanos.
Finalmente,
declaro que sou completamente oposto ao erro dos modernistas, que mantém nada
haver de divino na Tradição sagrada; ou, o que é muito pior, dizer que há, mas
em um sentido panteísta, com o resultado de nada restar a não ser este fato
simples - a colocar no mesmo plano com os fatos comuns da história - o fato,
precisamente, de que um grupo de homens, por seu próprio trabalho, talento e
qualidades continuaram ao longo dos tempos subsequentes uma escola iniciada por
Cristo e por Seus Apóstolos.
Prometo
que manterei todos estes artigos fielmente, inteiramente e sinceramente e os
guardarei invioladas, sem me desviar em nenhuma maneira por palavras ou por
escrito. Isto eu prometo, assim eu juro, para isso Deus me ajude, e os Santos
Evagelhos de Deus que agora toco com minha mão. (São Pio X, Papa)
São Pio X, rogai por nós.
Fonte: Escravas de Maria
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