terça-feira, 12 de novembro de 2013

Uma jovem dona de casa em um mundo feminista.




Original Aqui


Extraí do blog de Laura Wood, The Thinking Housewife, uma carta de uma jovem dona de casa desabafando sobre os seus problemas nesse mundo feminista que temos hoje. Logo após sua carta, Laura Wood responde e um leitor também a aconselha.
Pode ser útil ler o que segue. Nesse mundo feminista, temos que buscar conhecimento, e rezar muito! 

LAURA D. escreve:

Eu sou uma mulher de 23 anos de idade e recém-casada. Eu fui criada pela minha mãe e meu pai que ainda estão juntos, e minha mãe era uma dona de casa. Entretanto, crescendo sob a influência dela e nessa cultura, eu absorvi a lição que ser uma dona de casa era um destino extremamente degradante.

Eu observei o casamento feliz de meus pais e pensei que eu gostaria de crescer para ter isso, apesar dos protestos da minha mãe e da insistência dela para que eu trabalhasse por minha conta por muitos anos antes de casar e que adiasse o casamento e os filhos, e também que o casamento em si não é de jeito algum importante se comparado à carreira e às realizações mundanas.

Eu cresci bastante obcecada com o amor, o casamento e a religião, tornando-me o membro religioso mais forte da minha família, mesmo com a nossa igreja sendo extremamente liberal e com a maior parte dos seus membros divorciados (até mesmo o filho do ministro teve um caso com uma pessoa casada da congregação!). Mesmo indo para uma escola católica só para garotas, eu fui ridicularizada por exprimir meu desejo de ser casta até o casamento na sétima série, e até mesmo meu professor de teologia me disse que isso era ridículo e irrealista, na frente da classe inteira.

Eu fui humilhada e continuei a ouvir essa mensagem até que, inevitavelmente, na faculdade, eu decidi que eu queria ser como as outras garotas e deixar de ser tão estranha e obcecada com o casamento, e simplesmente ir atrás de toda a diversão que parecia que elas tinham. Eu fui para uma escola extremamente feminista, liberal, de fato uma Ivy League, e eu me saí muito bem, o que deixou minha família orgulhosa. Choveram prêmios e elogios sobre mim, não digo isto para me regozijar, mas porque isso me deixou profundamente infeliz.

Uma sensação de total falta de significado e vazio começou a impregnar todos os meus pensamentos. Para quê servia isso?, eu pensava. Qual o sentido? Eu queria casa e ter bebês e uma fazenda e um belo lar! Isso é tudo, isso é tudo!!! Eu comecei a chorar compulsivamente todas as noites, e minha família e meus amigos me chamavam de louca, obcecada com o casamento, e condenada a viver a vida como uma “dona de casa entediada e gorda” em vez de “alcançar o meu potencial.”

Então eu continuei nesse caminho e consegui um excelente emprego imediatamente após a faculdade. Eu também fiquei noiva aos 20 anos de idade, mas com a pessoa totalmente errada, porque eu estava com tanto medo do que o meu destino seria se eu seguisse esse caminho para o qual todos estavam me guiando: solidão e o aparentemente inevitável divórcio. As pessoas que não foram criadas num ambiente muito liberal, ou que não são parte de minha geração precisam compreender que a promiscuidade está por toda parte, que isso é elogiado, que é esperado; eu fui para supostamente uma das melhores universidades do mundo, e as mesmas garotas que receberam nota A e bolsas de estudo na direita e na esquerda, e que alegavam não serem  “propriedade” dos homens ou serem degradadas por eles porque elas eram muito feministas, eram as mesmas que choravam a cada fim de semana por que os estranhos aleatórios que elas conheciam naquele fim de semana não queriam amá-las na semana seguinte.

O desejo mais profundo do meu coração era não ter sido tão estranha e estrangeira mesmo algumas décadas atrás. Mas agora eles me faziam ser retrógrada, estranha e tola. Essa coisa toda me preencheu de tal ansiedade que eu chorava compulsivamente todas as noites, rezando pelo meu esposo que parecia tão distante e fora de alcance.

Então algo aconteceu. Eu conheci um homem e me apaixonei, e nós nos casamos menos de um ano mais tarde.


O problema era, após todos aqueles anos de depressão e ansiedade, e sem formação alguma sobre ter de fato qualquer tipo de relacionamento verdadeiro ou qualquer coisa duradoura, eu não tinha ideia de como tratar um marido, e realmente ainda não tenho.

Eu não tenho nenhum amigo casado da minha idade; as pessoas mais jovens que conheço que são casadas são quinze anos mais velhos ou mais, e não são amigos próximos ou mentores a quem eu poderia buscar aconselhamento, e até mesmo eles teriam dito para nós que somos jovens demais para casar tão cedo (do mesmo jeito que os nossos pais nos disseram). Meu marido, também, quer um casamento tradicional, mas não tem ideia em como fazer isso acontecer de fato, porque nós estamos tão presos às ideias com as quais crescemos, e de cérebros lavados sobre quem é “permitido” ter autoridade, como devemos lidar com discordâncias, etc.

Eu fui verdadeiramente terrível para ele nos primeiros meses de nosso casamento; pouparei vocês dos detalhes, porque eu estou envergonhada demais e isso não é realmente relevante, mas eu disse coisas realmente horríveis para ele. Eu ainda estou com medo, aterrorizada de que isso não seja permanente, de que eu tenha o meu coração partido.

Eu estava carregando todo o peso do meu passado, a criação que eu tive, a depressão dos anos de solidão e de pensar que continuaria sozinha o resto da vida, sem moral para me apoiar e sem guia ou comunidade, então eu terminei explodindo e jogando todas as minhas ansiedades em cima dele, a única pessoa com que eu posso construir uma vida.

Depois de ter sido muito magoado pela minha falta de respeito e minha raiva, ele está extremamente triste e frequentemente distante, mas diz que ainda me ama do mesmo jeito e quer fazer o nosso relacionamento funcionar a todo custo e que ele está comprometido com um casamento para a vida inteira. Como duas pessoas podem consertar as coisas quando isso acontece? Eu sei que minhas ações são minha responsabilidade, mas ao mesmo tempo eu não posso deixar de apontar a dor de ter ouvido por anos que meus desesperados anseios femininos naturais eram estúpidos e inalcançáveis, e minha frustração quando minha própria falta de preparo quando essa benção aconteceu de fato para mim. A agenda política que prevalece hoje em dia é verdadeiramente prejudicial e destrutiva, e a atmosfera social literalmente mata almas.

Laura escreve:

Você não pode esperar fazer tudo certo desde o começo. Você está envergonhada por causa do que fez e isso é bom. Olhe para frente pensando no tempo em que você poderá perdoar seu marido quando ele tiver ferido ou desapontado você de alguma forma. Vai levar tempo para o seu marido confiar inteiramente em você novamente, você não pode forçar essa confiança, mas se você for boa e tiver pedido repetidamente o perdão dele, ele quase com certeza irá confiar em você novamente.

Você está apontando um fenômeno real. As mulheres se tornaram tão cheias de conflito esquizofrênico, vivendo num mundo onde dizem a elas que elas devem ser tudo ao mesmo tempo e onde a agressão ;e glorificada, que elas se tornam megeras para seus maridos, que ficam perplexos e  atormentados. Quando você estiver maldosa e raivosa, investigue a origem dessa raiva. Ela pode originar-se da tentativa de agradar outras pessoas, não ele. Distancie-se o melhor que puder dessas pessoas e busque com afinco amigos que não a deixem com esses sentimentos de conflito. É melhor ter amizade com mulheres mais velhas e doces do que com mulheres jovens da sua idade que apenas exacerbam seus sentimento de conflito. Escolha seus amigos. Encontre atividades e projetos que a mantenham longe de pessoas que a deixem com qualquer insatisfação sobre a vida que você escolheu. Há tanta coisa para fazer. Você tem grandes aventuras a sua frente.

Talvez para consertar as coisas cruéis que você fez ao seu marido, você pode ser ainda mais corajosa nos anos seguintes e falar contra todas as influências negativas que você encontrou. Você pode admitir para seus amigos o quanto você foi cruel com ele e como ele foi forte. Você pode ser a força positive que você mesma nunca teve. Seu marido também terá que aprender a rejeitar imediatamente qualquer hostilidade vinda de você, a ser firme e ter autoridade com você. Isso é muito importante.
Eu desejo que coisas muito boas aconteçam a você nos próximos anos que virão.

Jill Farris escreve:

Acrescentando um comentário ao excelente conselho de Laura D.: tal como Laura D. e Sibyl eu cresci com uma mãe que era uma maravilhosa dona de casa, então ela se divorciou e insistiu que eu tivesse uma carreira, educação, etc. A única diferença entre nossas histórias é que eu nasci em 1960. Então todos vocês podem ver que o feminismo tem afetado todos nós há muito tempo.

Muitos de nós começamos de onde você está, Laura D. Agora você tem a oportunidade de procurar sabedoria, de começar a aprender (a vida inteira) o que significa ser uma esposa e companheira cristã para o seu marido. Existem muitos livros excelentes por aí, mas fique certa de estudar seu marido e rogue a Deus para que Ele a ajude a entendê-lo. Deus promete nos dar sabedoria e desde que o casamento foi ideia Dele nós sabemos que Ele irá ajudá-la nesse esforço.

É o momento de vocês se confessarem, perdoarem um ao outro e começarem a amadurecer e crescer.  Então, você não teve apoio ou encorajamento – muitas de nós também não tivemos. Quando alguém encoraja você, você irá apreciar isso muito mais. Você irá desenvolver um caráter forte ao passo em que aprender a fazer o que é certo perante Deus e seu marido, mesmo quando não tiver nenhum reconhecimento por isso.

Lute contra a autocomiseração e lute contra a amargura e culpar os outros! Isso é algo que todas nós aprendemos das feministas! Não ponha a culpa no fato de você não ter sido ensinada. Deus lhe deu um homem que a ama e que é comprometido com você no casamento! É hora de fazer o trabalho duro de construir um casamento e você irá encontrar uma grande alegria nisso.
Que Deus a abençoe abundantemente!

Laura escreve:

Jill fez ótimas observações. Uma em particular eu enfatizo e é: você precisa estudar seu marido e compreender como ele é diferente de você. Livros podem ajudar, mas eles não podem explicá-lo completamente. Você precisa refletir sobre o que você vê e então tomar um tempo e ficar em silêncio interior. Eu também aconselharia você a nunca ou muito raramente conversar sobre o seu casamento com amigos, talvez com um confidente sábio e compreensivo se você encontrar um mas nunca com mulheres que tenham qualquer satisfação em reclamar dos seus maridos. Eu sei que há momentos em que você acha que precisa discutir um problema particular, e é verdade que pode ajudar, mas frequentemente quando nós damos um tempo para deixar o problema se acertar em nossas mentes, aparece uma solução que ninguém poderia ter oferecido.




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