sábado, 31 de agosto de 2013

Condições da oração.





Petitis et non accipitis, eo quod male petatis“Pedis e não recebeis, porque pedis mal” (Iac. 4, 3).

Sumário. Muitas pessoas rezam e não obtém nada, porque não pedem como convém. Para bem rezar é preciso, primeiro a humildade, porque Deus resiste aos soberbos. Em segundo lugar é preciso a confiança, que nos faz esperar tudo pelos merecimentos de Jesus Cristo e pela intercessão de Maria Santíssima. Mas, sobretudo, é necessária a perseverança, pois que, para nosso bem, Deus alguma vez demora em atender e quer ser vencido pela nossa importunação. Têm as tuas orações sempre estes três requisitos?

I. Muitas pessoas rezam e não obtém nada, porque não pedem como convém: Petitis et non accipitis, e o quod male petatis. Para bem rezar é preciso, em primeiro lugar, a humildade. Deus resiste aos soberbos e não lhes atende os pedidos; mas dá a sua graça aos humildes (2), e não deixa os seus pedidos sem os deferir. “A oração do que se humilha, penetrará as nuvens e não se retirará enquanto o Altíssimo não puser nela os olhos.” (3) E isto acontece, ainda que a pessoa tenha sido anteriormente pecador, porquanto Deus não desprezará um coração contrito e humilhado (4).

Em segundo lugar, é preciso a confiança, que nos faz esperar tudo pelos merecimentos de Jesus Cristo e pela intercessão de Maria Santíssima. Nullus speravit in Domino et confusus est (5) – “Ninguém esperou no Senhor e ficou confundido”. Ensina-nos Jesus Cristo mesmo que, quando tenhamos alguma graça a pedir, não o chamemos com outro nome, além do de Pai: Pater noster, afim de que oremos com toda a confiança que é própria do filho para com o pai. O que pede com confiança obtém tudo. “Eu vos digo”, assim fala o Senhor, “que todas as coisas que pedirdes orando, crede que as recebereis, e ela vos acudirão.” (6)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A Subida do Calvário 3º parte - VIII. O GRANDE SILÊNCIO.



TERCEIRA PARTE 
O SEMBLANTE DO SENHOR


VIII – O GRANDE SILÊNCIO.


Esse silêncio devia durar mais de duas horas. Durante esse lapso de tempo as trevas ir-se-ão cada vez mais adensando; tudo se espavorirá em torno do augusto moribundo, e as palavras que Ele acaba de pronunciar operarão lentamente, qual germe poderoso, nas almas.

O perdão, lançado indistintamente sobre todos os algozes e sobre todos os soldados, já inclina o coração do centurião e o dos seus homens... E dentro em pouco, prostrando-se, eles vão ser os primeiros a exclamar: este era verdadeiramente o Filho de Deus!

A misericórdia divina concebida ao ladrão enche-o, eleva-o, purifica-o, e aquele santo moribundo conserva a alma deliciosamente ocupada com aquela soberana e divina compaixão.

Aquela dupla palavra: Mulher, eis aí Vosso filho! João, eis aí vossa mãe!... oh! como opera a um tempo suave e dolorosamente no coração de Maria e de Seu novo filho!

A princípio, ao primeiro enunciado dessa palavra, João e Maria devem ter-se entreolhado... e, nesses recíprocos olhares, que respeitosa veneração da parte do novo filho!... que ternura do lado da nova Mãe!

Em seguida Maria compreendeu, com a reflexão e pela operação divina que agia nEla, compreendeu todo o singular alcance dessa doação. Indubitavelmente, e é o primeiro sentido verdadeiro falando daquele modo Jesus não fazia mais do que cumprir os deveres de um bom Filho. Ele partia, morria: Sua Mãe ali estava, ia ficar sozinha, e Ele não quer que Ela fique assim sem arrimo e isolada. Queria dizer que Ele ainda se ocupava com Ela, mesmo durante a Sua vida pública. Nem tudo está relatado nos evangelhos: há um evangelho do coração que se não escreve, sente-se.

Jesus se vai, e quer que alguém O substitua: Seus olhos procuram, há um apóstolo presente... Ah! se Pedro ali estivesse! Aquela Mãe inconsolável tocava-lhe de direito, a ele, o chefe da Igreja, o vigário, o representante de Cristo. Mas não estava. E então Jesus dá à felicidade de João aquilo que houvera talvez dado ao primado de Pedro, se este tivesse sido fiel.

Da eternidade do inferno.


(O Inferno de Dante)


Et ibunt hi in supplicium aeternum“Estes irão para o suplício eterno” (Matth. 25, 46).

Sumário. A eternidade do inferno não é uma simples opinião, mas sim uma verdade de fé fundada no testemunho de Deus na Santa Escritura, na qual se diz repetidas vezes que os desgraçados pecadores, uma vez lançados naqueles abismos, serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos. Se alguém por um dia de divertimento se deixasse condenar a trinta anos de prisão, tê-lo-íamos por louco. Que maior loucura não seria a nossa, se por um momento de vil prazer nos condenássemos a queimar no fogo para sempre? A ficar privados para sempre da posse do soberano bem, que é Deus?

I. Se o inferno não fosse eterno, deixaria de ser inferno. A pena que dura pouco, não é grande pena. Quando se rompe a um doente um abscesso, quando a outro se queima uma úlcera, a dor é viva, mas, como passa rapidamente, o tormento não é grande. Que sofrimento porém não seria, se aquela incisão, aquela operação por meio do fogo, continuasse por uma semana, por um mês inteiro? Quando o sofrimento é bastante prolongado, apesar de leve, como uma dor de olhos, uma dor de dentes, torna-se insuportável. – Mas para que falar de sofrimento? Mesmo uma comédia, uma música que se prolongasse muito ou durasse um dia inteiro, não se poderia aturar pelo grande fastio. Que será, pois, do inferno, onde não se trata de assistir à mesma comédia, de ouvir a mesma música, onde não se tem unicamente a sofrer uma dor de olhos ou de dentes, onde não se sente só o tormento de uma incisão ou de um ferro em brasa, mas onde estão reunidos todos os tormentos e todas as dores? E isto, por quanto tempo? Por toda a eternidade! Cruciabuntur die ac nocte in saecula saeculorum (1) – “Serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos”.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Oração de Santo Agostinho

Vós sois, ó Jesus, o Cristo, meu Pai santo, meu Deus misericordioso, meu Rei infinitamente grande; sois meu bom pastor, meu único mestre, meu auxílio cheio de bondade, meu bem-amado de uma beleza maravilhosa, meu pão vivo, meu sacerdote eterno, meu guia para a pátria, minha verdadeira luz, minha santa doçura, meu reto caminho, sapiência minha preclara, minha pura simplicidade, minha paz e concórdia; sois, enfim, toda a minha salvaguarda, minha herança preciosa, minha eterna salvação.

Ó Jesus Cristo, amável, Senhor, por que, em toda minha vida, amei, por que desejei outra coisa senão Vós? Onde estava eu quando não pensava em Vós? Ah! que, pelo menos, a partir deste momento, meu coração só deseje a Vós e por Vós se abrase, Senhor Jesus! Desejos de minha alma, correi, que já bastante tardastes; ó, apressai-vos para o fim a que aspirais; procurai em verdade Aquele que procurais.

Ó Jesus, anátema seja quem não Vos ama. Aquele que não Vos ama seja repleto de amarguras. Ó doce Jesus, sede o amor, as delícias, a admiração de todo coração dignamente consagrado à vossa glória.

Te Deum - Luís Álvares Pinto





28 de Agosto - Santo Agostinho, Bispo, Confessor e Doutor.




Santo Agostinho nascido norte da África na cidade africana de Tagaste, na atual Argélia, filho de pai pagão, chamado Patrício e mãe católica, Mônica. Teve uma juventude viciosa e cheia de desvios doutrinários. 

  Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona, foi um importante bispo cristão e teólogo. Nasceu na região norte da África em 354 e morreu em 430.  Logo, em sua formação, teve importante influência do maniqueísmo (sistema religioso que une elementos cristãos e pagãos).

  Converteu-se por influência de Santo Ambrósio, bispo de Milão, e sobretudo graças às orações e lágrimas de sua mãe Santa Mônica. Ordenado sacerdote, foi durante 34 anos bispo de Hipona, no norte da África. Além de pastor dedicado e zeloso, foi intelectual brilhantíssimo, dos maiores gênios, já produzidos em dois mil anos de História da Igreja. Escreveu numerosas obras de filosofia. Teologia e Espiritualidade, que exerceram e ainda exercem enorme influência. 

  Santo Agostinho ensinou retórica nas cidades italianas de Roma e Milão. Nesta última cidade teve contato com o neoplatonismo cristão.

Viveu num monastério por um tempo. Em 395, passou a ser bispo, atuando em Hipona (cidade do norte do continente africano). Escreveu diversos sermões importantes. Em “A Cidade de Deus”, Santo Agostinho combate às heresias e a paganismo. Na obra “Confissões” fez uma descrição de sua vida antes da conversão ao cristianismo.

Santo Agostinho analisava a vida levando em consideração a psicologia e o conhecimento da natureza. Porém, o conhecimento e as ideias eram de origem divina. Combateu vigorosamente as heresias de seu tempo como verdadeiro bispo, nada era mais importante do que a fé Católica. 

   As obras de Santo Agostinho influenciaram muito o pensamento teológico da Igreja Católica na Idade Média.

Morreu em 28 de agosto (dia suposto) de 420, durante um ataque dos vândalos (povo bárbaro germânico) ao norte da África. Santo Agostinho é considerado o santo protetor dos teólogos, impressores e cervejeiros. Seu dia é 28 de agosto, dia de sua suposta morte.

Algumas obras de Santo Agostinho:

- Da Doutrina Cristã (397-426)
- Confissões (397-398)
- A Cidade de Deus (413-426)
- Da Trindade (400-416)
- Retratações
- De Magistro
- Conhecendo a si mesmo

Frases e Pensamentos de Santo Agostinho:

- "Milagres não são contrários à natureza, mas apenas contrários ao que entendemos sobre a natureza."
- "Certamente estamos na mesma categoria das bestas; toda ação da vida animal diz respeito a buscar o prazer e evitar a dor."
- "Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é nos evangelhos que você crê, mas em você."
- "Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita."
- "A pessoa que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar."
- "A confissão das más ações é o passo inicial para a prática de boas ações."
- "A verdadeira medida do amor é não ter medida."
- "Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio."

  De Santo Agostinho, disse o Papa Leão XIII: "É um gênio vigoroso que, dominando todas as ciências humanas e divinas, combateu todos os erros de seu tempo". 

Santo Agostinho, rogai por nós.




terça-feira, 27 de agosto de 2013

A Subida do Calvário 3º parte - VII. TERCEIRA PALAVRA: JOÃO E MARIA.



TERCEIRA PARTE 
O SEMBLANTE DO SENHOR

VII – TERCEIRA PALAVRA: JOÃO E MARIA.
 
 

Assim, toda a vida passada de Jesus reconstitui-se aos pés da Cruz nas recordações comovidas e agitadas dos assistentes. Maria, Madalena, o próprio ladrão, a se dar crédito à piedosa lenda que faz desse ladrão um miraculado de Cristo no deserto, na estrada do exílio quando a Sagrada Família fugiu para o Egito: - outras tantas testemunhas do passado. Todas as santas mulheres que O seguiram pelos caminhos da Galiléia e da Judéia, e que lá estão, ao longe, também devem repassar as recordações de outrora, sobretudo a hora do seu primeiro encontro com o Cristo; as palestras familiares, à tarde, ao frescor cadente da noite, debaixo das grandes figueiras, dos opulentos sicômoros, ou através dos eloendros que beiram as margens encantadoras de Tiberíades: o Mestre gostava tanto de ali pregar a Sua nova e insólita doutrina!

Tudo revive, por conseguinte, aos olhos deles, e essas múltiplas imagens formam uma auréola de glória, de amor e de saudade em torno do Semblante lânguido do Senhor.

Estava ainda lá, com as três Marias, Salomé, a mãe ambiciosa dos filhos de Zebedeu, Tiago e João: como ela também não havia de se lembrar da hora em que, tomada de uma pretensão bem perdoável às mães, se abeirava do Cristo no caminho, dizendo-Lhe: - Mestre, quero pedir-Vos uma coisa. – Oh, que é? – Já que sois Rei, sobretudo já que o ides ser, fazei que meus dois filhos, João e Tiago, se assentem no Vosso Reino um à Vossa direita e outro à Vossa esquerda. – Ó mulher, não sabeis o que estais pedindo. O Meu Reino, mas vede-lhe as insígnias hoje: o trono, uma cruz; a coroa, espinhos; as jóias, o Meu sangue que borbota; o Meu título está pregado lá em cima, lede-o; e os que estão a Minha direita e à Minha esquerda, dois crucificados como Eu. Não, em verdade não sabeis o que pedis. João e Tiago, sois capazes de beber no Meu cálice? – Sim, Senhor. – Sim?... mas este cálice é fel, vinagre, são as lágrimas que Me escorrem dos olhos, é a cólera de Meu Pai, é o desprezo dos homens, é o abandono dos Meus. E bebereis tudo isto? Oh! não sabeis o que estais pedindo. O bom ladrão mendigar-Me-á uma simples lembrança, bem longe de reclamar lugares de escolha; e há de ter a lembrança e há de ter o lugar.

Todo o que se exaltar será humilhado, e todo o que se humilhar será exaltado.

Como todos estes pensamentos, como todos esses longínquos quadros deviam vir flutuar em torno de Salomé, mormente quando ao lado daquele Jesus moribundo, desconsiderado e escarnecido, ela avistava de pé seu filho João! Ele lá estava sozinho.

E o outro, Tiago? aquele que pedia também um lugar junto ao Rei e afirmava poder beber no mesmo cálice? Fugiu, esconde-se; João está só, e era o mais moço.

E também este, naquele cimo ensangüentado, deve pensar nos dias antigos, e as suas recordações comovidas escrevem uma página da vida passada do Mestre.

A hora do primeiro encontro impõe-se-lhe amorosamente à memória, porque há sempre que tornar a esse instinto do coração que, em face do ser amado, amesquinhado, rebusca avidamente as primeiras imagens do seu primeiro amor.

João pensa, assim, naquelas margens do Jordão onde o Precursor batizava no meio dos compridos caniços afilados e das moitas de tamargueiras que beiravam o rio. Naquele dia do primeiro encontro, o Batista estava sozinho naquelas margens tão frescas e contrastarem violentamente com a planície arenosa de Jericó, talada como um leito de torrente enxuto. Estava só com dois discípulos, André de Betsaida e João filho de Salomé e de Zebedeu, pescador, como André, no lago de Genesaré.

Festa do Mosteiro da Santa Cruz.


Venha conhecer a Santa Missa Tridentina.

COMO CHEGAR AO MOSTEIRO

 



VINDO DE AVIÃO

I - Ao chegar no Galeão, tome o ônibus especial que sai da calçada do aeroporto e faz a ligação com a Rodoviária Novo-Rio 2 (R$2,60).
II - Se o avião chegar no aeroporto Santos Dumont, procurar igualmente condução (ônibus ou táxi) para a Rodoviária Novo-Rio. 2


VINDO DE ÔNIBUS

I - RIO - NOVA FRIBURGO
Compre a passagem do ônibus para FRIBURGO em qualquer guichê de empresa 1001 (R$40,00) variando do horário e modo condicional, na RODOVIÁRIA NOVO-RIO.2


II - NOVA FRIBURGO
O ônibus deixa os passageiros no “TERMINAL SUL” 3 , a 6 Km do centro de Friburgo 4 .


III - CAMINHO PARA O MOSTEIRO
ATENÇÃO! Primeira providência: compre um cartão de telefone e avise o mosteiro de sua chegada.

a) TÁXI (40 min.; R$60,00)
Tome um táxi defronte do “Terminal Sul” 3. Peça para levá-lo para o Mosteiro da Santa Cruz, na Janela das Andorinhas, depois de Riograndina 5. A corrida deve durar 40 min. e custa R$60,00/80,00.
ATENÇÃO! Antes de entrar no carro pergunte quanto vai custar e, se achar caro, não entre. Procure outro.


b) ÔNIBUS (1:20 min.; R$2,60)
Tome um ônibus defronte do “Terminal Sul” 3 chamado “INTEGRAÇÃO” e salte na “RODOVIÁRIA URBANA” 4, no centro de Friburgo. Esta RODOVIÁRIA URBANA 4 é uma estação de baldeação, onde se troca de ônibus sem pagar uma nova passagem, igual a uma estação de metrô.


HORÁRIO DOS ÔNIBUS:
“Alto dos Michéis /Janela das Andorinhas” - 5:20h (só nos dias de semana); 7:30h (8:15h aos domingos); 11:50h; 15:50; 17:50h e 19:50h.
O ônibus deixa perto da entrada do Mosteiro, para melhor detalhar o ponto de descida, poderá solicitar mais auxílio se informando ao motorista do veículo e, precisando ainda mais, aos passageiros que estiverem dentro da condução já estando na área rural.