domingo, 11 de agosto de 2013

O Marido: Os seus deveres (Parte Final)




O Marido

Os seus deveres 


Eis a sociedade conjugal! Receber, dar e amar. Receber na abnegação e no sacrifício, o aperfeiçoamento de si mesmo, o complemento da sua educação moral e divina. Cada um dá tudo o que tem de melhor, que é a si mesmo; dá tudo desinteressadamente pelo bem e a felicidade do outro. Amam-se fielmente, santamente, e este amor todo-poderoso, porque é imortal e divino, dá-lhes força para receberem tudo e darem tudo com alegria. Por cima do lar, paira o ideal divino, a união de Cristo com a Sua Igreja, a sua abnegação mútua, o seu amor único e imortal.
  
Pela virtude dos sacramentos, a graça sempre aí está, sobretudo nas horas difíceis, para iluminar, fortificar, santificar, sustentar. Eis a união dos esposos com os seus deveres austeros e com as suas provações, mas também, com as suas alegrias santas e quase divinas. Ei-la na sua grandeza, na sua beleza sublime, em toda a sua santidade. Sacramentum hoc magnum est, ego dico in Christo et in Ecclesia.


Mas, ai! Como tais uniões são raras! E poderá isto causar-nos admiração? Os poetas, os romancistas, os escritores, os guias da opinião zombaram da virtude, glorificaram o adultério, disseminaram a paixão, afastaram a abnegação. Minaram, pela base, o edifício religioso do matrimônio cristão; proclamaram a lei do divórcio, à espera, sem dúvida, da poligamia e da união livre. E esta decadência, este regresso sensível à animalidade, chama-se um progresso! Ah! Não, é um mal horrível, do qual poderíamos morrer. Invadiu as classes populares; multiplica-se de uma maneira assustadora.

É tempo de tornar a dar às famílias a sua instituição divina, se não quiserdes perecer. Mas não pretendais, meus senhores, libertar-vos, por estardes altamente colocados, das leis que sabeis necessárias às multidões populares. Não há aqui nem privilégios, nem exceções. Todos sois filhos do mesmo Deus, do mesmo Pai; todos, estais sujeitos às mesmas obrigações, e os mais em evidência devem dar os maiores exemplos.

Com a vossa autoridade, com os vossos conselhos, com a vossa influência, multiplicai as famílias fiéis, os matrimônios cristãos, as uniões santas, para não perecermos pela imoralidade e pela desorganização da família. Colocai bem alto a moral em vosso lar, para que brilhe com magnificência aos olhos de todos, e fortalecei a união em vossos corações para que ela se retempere pouco a pouco, em todo o país. Porque, se todos os povos desaparecidos pereceram por sua corrupção, ou adormeceram gelados pelo frio da morte, perto de seus lares apagados, é dos lares vivos, onde arde a chama do amor sagrado, imortal, todo-poderoso; dos lares cristãos, das vidas cristãs, e dos costumes puros, que hão de sair as nações fortes e poderosas; porque é aí só que podem descer as graças do Alto, que vivificam, e as bênçãos que imortalizam!


(Livro O marido, o pai e o apóstolo - Escravas de Maria)


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