quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A Subida do Calvário 2º Parte - I. ALTIVEZ DE CRISTO.


Começa agora a publicação dos capítulos da segunda parte do livro 'A Subida do Calvário' do Pe. Louis Perroy, SJ. Afim de meditarmos passo a passo a paixão de Cristo, nos mas íntimos detalhes.

A Subida do Calvário
AS TORTURAS DO CORAÇÃO

I.  DOS SENTIMENTOS DO CRISTO
NO MOMENTO DE ENTRAR NA SUA PAIXÃO:
A SUA ALTIVEZ.
 
 

Parece que Jesus tinha avivado em si dois sentimentos nos dias que precederam a Sua dolorosa Paixão.

Um grande sentimento da Sua dignidade pessoal em primeiro lugar, e a seguir uma profunda e vivíssima ternura com respeito àqueles que vai deixar.

E, na realidade, a primeira coisa com que se preocupa – e já de longa data – é com que os Seus padecimentos não sejam um objeto de escândalo.

Parecia tão estranho que aquele enviado de Deus, aquele Messias, fosse entregue aos gentios, cuspido, espezinhado, coberto de feridas, coroado de Sangue e, afinal, crucificado!

E então Jesus prepara os Seus discípulos para esse terrível destino, e prepara-os por Suas palavras, por Suas alusões, algumas vezes por Suas repreensões.

Absit, Domine, exclama Pedro; não, Senhor, não pode ser assim: Vós flagelado, Vós crucificado!
Em verdade, em verdade, durus est hic sermo, quis potest audire? Esta palavra excede os limites, não pode isto ouvir-se e suportar-se.

– Assim será, porém, Pedro... e tu mesmo, mais tarde, quando tiveres envelhecido, quando tiveres compreendido, deixar-te-ás conduzir à mesma Cruz, às mesmas ignomínias.
E esta palavra era oculta para eles – para Pedro como para os outros –, eles não compreendiam.

Nós não podemos compreender por nós mesmos a terrível necessidade dos Calvários íntimos, públicos ou pessoais.

Oportuit Christum pati (Convinha ao Cristo o padecer). Era preciso.

Deus emprega às vezes toda a nossa vida em nos fazer compreender este doloroso Oportet, mas a ele temos de chegar se quisermos ser salvos.

Até lá, Jesus quer poupar os Seus fiéis amigos. Previne-os então, desenrola previamente as páginas sangrentas do livro.

Sabe que se vai tornar o ente repugnante que fará desviar os olhos e provocar náuseas... O verme que se torce no Sangue e na lama... O homem das dores... Mas por trás desse homem, desse verme, daquela Face que mete dó... Há, no entanto... O Deus.

Não o esqueçais, meus caros filhinhos...

Por isto que Ele se vai fazer tão miserável, sair da Sua condição e da Sua situação, descer a fundo no opróbrio, não quisera fossem esquecer o que Ele é, de onde vem, com Quem sempre permanece.

– Um momento, e já não me vereis, diz melancolicamente. Mas, ficai sabendo:

De Deus venho, a Ele torno, estou com Ele; vedes que Eu vos falo claro para que compreendais.

– Pois sim, prosseguem os Apóstolos. Falais de fato claramente. Agora cremos que sois de Deus.
– Credes! Responde Jesus... e a hora vem, já veio, em que todos vós ides fugir e me deixareis só.

Dessa forma, é um misto de sentimentos diversos em que se afirma a Sua Divindade, no momento mesmo em que ela se vai eclipsar dolorosamente.

Esta afirmação daquilo que somos, assim pelo sangue como pela condição, em face daqueles que nos vão calcar aos pés, é natural a todo ente superior.

A abdicação da própria dignidade pessoal é a última que a gente se resolve a assinar.

Naquela lúgubre cena histórica que se desenrola em Varennes, no início da paixão da Realeza Francesa, quando a família real é brutalmente acuada pela turba chocarreira a um canto da tenda ordinária de um vendeiro, e quando Luiz XVI entra ridiculamente metido no seu disfarce de criado, Maria Antonieta, que tinha sangue, tem como que um sobressalto de indignação régia: o rubor assoma-lhe ao rosto em vendo o cenário que a rodeia, e aos que falam familiarmente demais ao príncipe, ela diz vivamente: “Mas afinal é o Rei!” Ai! Ela dirá também mais tarde: “Nós bem que queremos um Calvário, contanto que elevado!”.

Às vezes não se tem sequer a irrisória consolação de subir no sofrimento. Há que descer aos próprios olhos e aos olhos de todos.

Jesus, que sabe que esta especial humilhação Lhe será reservada, mesmo aceitando-a de antemão, não quisera perder toda consideração aos olhos dos Seus, e nos Seus profundos abaixamentos deseja que a nossa piedade advertida a nós próprios nos repita amiúde: Ecce Rex vester! É sempre o vosso Rei!

Assim, não nos é proibido sofrer ao nos vermos diminuídos. Assim, há uma legítima reivindicação da própria dignidade.

Tudo isto me consola, ó meu Deus, mas como é assustador pensar que a gente poderá às vezes sofrer essa desconsideração e esse desprezo dos nossos, para calcar ainda mais nas Vossas a própria vida e morte: Fiat.

Cumpre, pois, entrar na Paixão baixando a cabeça, depois de a haver erguido um instante para mostrar que podia cingir uma coroa: Fiat.

Breve não terá Jesus outro rasgo senão este; outra palavra senão este termo tão breve e tão cheio.

Terá perdido a Sua altivez, e a Sua força estará por terra.


(“A Subida do Calvário”, do padre Louis Perroy, SJ)

31 de Janeiro - São João Bosco.




 
João Melchior Bosco SDB (Castelnuovo d'Asti, 16 de agosto de 1815 — Turim, 31 de janeiro de 1888) Nasceu do segundo casamento de Francesco Bosco, tendo por mãe Margherita Occhiena. A família era ainda composta pelo irmão do primeiro casamento do pai, Antônio, e seu irmão mais velho, José.

Ficou órfão de pai quando tinha apenas dois anos de idade. Diante da difícil situação econômica porque passava o norte da Itália, sua infância foi marcada pela pobreza da família.
 
Começou a estudar por volta dos nove anos, aos dezesseis anos passa a frequentar a escola de Castelnuovo D'Asti e aos vinte ingressa no Seminário de Chieri, sendo ordenado sacerdote em 5 de junho de 1841, pelo bispo Luigi Fransoni. Após a ordenação, transfere-se para Turim.
 
No contexto da revolução industrial na Itália, havia grande contingente de jovens sem família nas grandes cidades. Desde 1809, em Milão, a Igreja  mantinha obra assistencial para jovens denominada oratório, que se ocupava de lazer, educação e catequese. O primeiro oratório de Turim foi fundado em 1841, pelo padre Giovanni Cochi. Influenciado por essas iniciativas, São João Bosco funda em 8 de dezembro de 1841 um oratório em Turim, quando atende e ensina o jovem Bartolomeo Garelli na sacristia da Igreja de São Francisco de Assis. Em 8 de dezembro de 1844, esse oratório passa a denominar-se 'Oratório de São Francisco de Sales e em 1846 passou a ter sua sede numa propriedade de Francisco Pinardi, no bairro turinense de Valdocco.

São João Bosco propõe a Sociedade de São Francisco de Sales, que seria vista como uma associação de cidadãos aos olhos do Estado e como uma associação de religiosos perante a Igreja. Após consultar o Papa Pio IX, Bosco recebeu de seus companheiros padres, seminaristas e leigos a adesão à Sociedade de São Francisco de Sales em 18 de dezembro de 1859 e em 14 de março de 1862, os primeiros salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. A partir de 1863, além dos oratórios, os salesianos passam a se dedicar também aos colégios e escolas católicas para meninos e jovens. Na educação infanto-juvenil e o ensino profissional, sendo um dos criadores do sistema preventivo em educação. Dedicou-se também ao desenvolvimento da imprensa católica. É o fundador da Pia Sociedade de São Francisco de Sales (1859), conhecida por salesianos, co-fundador da congregação das Filhas de Maria Auxiliadora, conhecidas por irmãs salesianas em 1861, na cidade italiana de Mornese, Maria Domingas Mazzarello convida sua amiga Petronilla para juntas organizarem uma oficina de costura para meninas. Em 1863 a oficina começa a acolher meninas órfãs. O seu trabalho é supervisionado pelo Pe. Domingos Pestarino, que havia se associado aos salesianos. Com o auxílio de Pestarino, Bosco propõe às jovens que se organizem como uma congregação religiosa, com o nome de Filhas de Maria Auxiliadora e em 5 de agosto de 1872 as primeiras salesianas fazem seus votos. Maria Mazzarello foi a primeira superiora da congregação e também fundador da Associação Internacional dos Cooperadores Salesianos que foi aprovada em 1876 pelo Papa Pio IX. O objetivo era o mesmo da Sociedade de São Francisco de Sales, a saber: o trabalho educativo e catequético junto aos meninos e aos jovens. Em sua forma de associação, tornou-se uma sociedade mista, com homens e mulheres leigos.
 
Com ataques da revolução Francesa maçônica deu-se a crise da separação entre Estado e Igreja na Itália, mais mesmo assim há forte demanda por escolas católicas, fazendo com que esse tipo de instituição se dissemine rapidamente. As regras da Sociedade, chamadas de Constituições, foram aprovadas pela Igreja em 1874. Em sua morte, em 1888, a Sociedade contava com 768 membros, com 26 casas fundadas nas Américas e 38 na Europa. São João  Bosco é o padroeiro da capital federal do Brasil, Brasília.

São João Bosco, rogai por nós.

Saiba mais sobre a vida de São João Bosco, suas profecias e milagres neste modesto livro que você pode baixa-lo clicando Aqui.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Novena Poderosa ao Menino Jesus de Praga.



 
Ó Jesus, que dissestes em vosso Evangelho: "Pedi e recebereis, procurai e achareis, batei à porta e ela se abrirá", por intermédio de Maria, vossa Mãe Santíssima, com fé e confiança eu bato à porta do vosso Coração e humildemente peço a vossa divina graça. Atendei, Senhor à humilde prece que neste dia vos dirijo. (Mencione o pedido).

Ó Jesus, que prometestes: "Tudo que pedirdes ao meu Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá, a Deus, vosso Pai e meu Pai celestial, apresento a minha oração. Intercedei, Senhor, junto ao Pai de bondade e Deus de toda consolação, para que Ele ouça nesta hora a minha súplica. (Mencione o pedido).

Ó Jesus, que afirmastes: "Passarão o céu e a terra, porém minhas palavras não passarão", confio em vossa promessa, Senhor, e espero que o vosso poder e imensa bondade me consolarão e me darão o que vos peço neste momento. (Mencione o pedido).

Em união com Jesus, rezar um Pai-Nosso a Deus, e em seguida, três Ave-Maria, pedindo a intercessão de Nossa Senhora junto de seu Filho, Menino Jesus.

ESPECIAL, As Virtudes de Nossa Senhora.



Reunimos aqui as Virtudes de Nossa Senhora explicada pelo grande Santo Afonso Maria Ligório que de modo admirável nos encanta com a bela vida de Nossa Mãe afim de que a imitemos. Estes trechos das Virtudes foram tirados do seu livro 'Glorias de Maria' que ele pôs uma intenção:

“Ó minha caríssima Rainha, aceitai este livro e protegei-o como propriedade vossa. Mas ficai ciente de que por este pequeno obséquio exijo uma recompensa: a de amar-vos doravante mais do que no passado, e que cada um daqueles em cujas mãos for parar o livro, fique abrasado de vosso amor. Que nele aumente de repente o desejo de amar-Vos e de Vos ver amada por todo o mundo. Que de todo coração se ocupe em espalhar e promover vossos louvores e a confiança em vossa poderosíssima intercessão. Amém. Assim espero. Assim seja”.