(Santa Terezinha - primeira a direita - e suas irmãs no Carmelo) |
“Na comunidade vive uma irmã que possui o dom
de me desagradar em todas as coisas. Seus modos, suas palavras, seu gênio,
pareciam-me muito desagradáveis. Trata-se, todavia, de uma santa religiosa, que
será muito agradável ao Bom Deus. Por esta razão, não querendo ceder à
antipatia natural que experimentava, pensei comigo que a caridade não
consistiria em sentimentos, mas em atitudes. Dediquei-me então a fazer pela
irmã o que faria pela pessoa a quem mais amasse. Todas as vezes que me
encontrava com ela, por ela rezava ao Bom Deus, oferecendo-lhe todas as suas
virtudes e seus méritos. Bem senti que isto agradava a Jesus, pois não existe
artista que se desgoste de receber elogios por suas obras. E Jesus, plasmador
das almas, regozija-se quando a gente não se prende ao exterior, mas penetra
até o santuário íntimo que escolheu para sua mansão e admira-lhe a formosura.
Não me restringia a rezar muito pela irmã que me ocasionava tantos combates.
Fazia por lhe prestar todos os obséquios possíveis, e quando tinha tentação de
responder-lhe de modo desagradável, contentava-me em lhe esboçar o mais amável
sorriso, forcejando por desviar a conversa, pois a Imitação de Cristo diz que “mais
vale deixar cada qual com o seu modo de pensar, do que obstinar-se em
contestá-lo””.
(História
de Uma Alma, Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face).
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