(Santa Terezinha e suas irmãs) |
“Outra ocasião, na
lavagem de roupa, estava diante de uma irmã que me espirrava água suja no
rosto, todas as vezes que levantava os lenços na tábua de bater. Meu primeiro
ímpeto foi o de recuar e enxugar o rosto, a fim de dar a entender à irmã que me
aspergia que me faria favor se parasse. Mas logo pensei que seria grande tolice
minha recusar tesouros que me eram dados tão generosamente, e muito me precavi
de não dar a perceber minha luta. Apliquei todo o meu esforço em desejar
receber muita água suja, de sorte que no fim já me tinha realmente afeiçoado ao
novo gênero de aspersão, prometendo a mim mesma retornar, na próxima
oportunidade, ao feliz lugar, onde se recebiam tantas preciosidades. Como
vedes, Madre muito amada, sou alma muito pequenina, que só tem condições de
oferecer a Deus coisas pequeninas, e muita vez me acontece ainda deixar escapar
esses sacrificiozinhos, que tanta paz trazem à minha alma.”
(História de Uma
Alma, Santa Terezinha)
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