sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Segundo Filho de Deus - Uma Trapalhada de Renato Aragão



Artigo de Everth Queiroz Oliveira 

A indústria cinematográfica está repleta de obras com conteúdo ofensivo ao Cristianismo. Especialmente nos últimos tempos, em que ser anticlerical parece sinônimo de muita inteligência e erudição, pululam as expressões artísticas avessas aos dogmas católicos e às máximas do Evangelho.



É o caso da mais nova produção do humorista Renato Aragão, de título “O Segundo Filho de Deus”. O ator, que ficou conhecido por interpretar a personagem Didi Mocó, dos Trapalhões, explicou o roteiro. “Como Jesus veio à Terra e não conseguiu cumprir a sua missão (!), porque os homens não deixaram, Deus resolve mandar um segundo filho. Aí, sim, Ele cumpre a missão.”

Que dizer da proposta deste filme? Ora, é notável que a ideia do enredo está bastante associada à doutrina com a qual Renato Aragão sempre mostrou simpatia: o espiritismo. Vem do espiritismo esta ideia de que o sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo foi insuficiente, e de que, portanto, seria preciso uma nova “revelação”; vem do espiritismo a noção de que Jesus não era Deus, mas simplesmente um espírito evoluído, sendo, portanto, de pouca importância sua missão nesta Terra. E, embora o teor desta nova produção de Renato não seja explicitamente espírita, é influenciado por uma visão kardecista de redenção que o ator global estrela “O Segundo Filho de Deus”.

Porém, o que mais gera revolta é que este mesmo senhor, que sempre fez propaganda espírita velada em seus programas na Rede Globo – e que, agora, decidiu debochar descaradamente da fé cristã -, tenha recebido, ainda neste mês, uma homenagem pública, concedida pela nossa CNBB, por “difundir valores cristãos através de suas ações”. E estes supostos “valores cristãos” estariam associados – vejam só! – ao trabalho desenvolvido pelo artista no projeto Criança Esperança. Nossa Conferência Episcopal só se esquece que esta campanha da Rede Globo conta com o apoio indispensável da Unicef, a mesma que financia o aborto de meninas na África.

No entanto, ainda que fosse uma autêntica virtude cristã prestar auxílio neste projetofilantrópico – o que não é o caso -, o termo “valores cristãos” não pode deixar de fora, por exemplo, a virtude teologal da Fé. Assim, esta obrigaria a crença na divindade de Cristo, e também na suficiência de Sua Revelação… Mas, definitivamente, não é nisto que crê Renato Aragão, o protagonista deste filme insidioso e provocador.
Saudades de quando as trapalhadas do Didi faziam as pessoas rir. Hoje em dia, são trapalhadas blasfemas e ultrajantes, que deveriam fazer-nos chorar. Um triste fim de carreira para um ator de tanto renome.

Fonte: jbpsverdade

Pensamentos de Santa Terezinha - Mês de Setembro



MÊS DE SETEMBRO







1.   "Não me esforço para formar minha coroa, para adquirir
méritos e virtudes, faço-o para dar prazer a Jesus, salvando-Lhe
almas".

2.   Meu Deus! Desejaria morrer no campo de batalha em
defesa da Igreja.

3.   "Aqui sou estimada e esta afeição me é sumamente grata e
suave; eis porque folgarei de viver num mosteiro onde fosse
desconhecida, onde tivesse de sofrer o exílio do coração".

4.   Todos os instantes de nossa vida sejam só para Jesus, e que as
criaturas nos toquem só de passagem.

5. Se todos nesta vida
Vierem a me deixar,
Calada, a ti unida,
Sim, tudo hei de passar...(Poesias)

6.   Recuperar a saúde!...Se tal fosse a vontade de Deus, sentir-
me-ia feliz de proporcionar-Lhe esse prazer.

7.   Faço todos os esforços para ser uma criancinha pequena;
assim não tenho preparativos a fazer. É Jesus em pessoa que há de
pagar as despesas da viagem e o preço da entrada no Céu. (Cana à
sua irmã Leonia, em 12 de julho de 1896)
8.  ANatividade de Maria! Que festa tão linda para me desposar
com Jesus! Era a Santíssima Virgem pequenina de um dia, a
apresentar a sua flor pequenina ao pequenino Infante Jesus (História de uma Alma)

9.   Para pertencer a Jesus é preciso ser pequenina como a gota
de orvalho... Oh! Sejamos sempre a sua gotinha de orvalho, nisto
consiste a perfeição. (CartaàCelina, 25 de abril de 1895)

10.Somos   demasiadamente   pequeninas,   para   serr.rre
passarmos por cima das dificuldades. Pois bem! Passemos muito
simplesmente por baixo delas, É bom para as grandes almas pairar sobre as nuvens quando ruge a tempestade; quanto a nós basta-nos suportar com paciência os aguaceiros.

11.Fazeis mal em criticar isto ou aquilo, quando desejais que todos se conformem ao vosso modo de ver. Já que queremos ser criancinhas, as crianças sabem o que é melhor, tudo acham bom. Além disso, não há mérito em só fazer o que é razoável. (Conselhos e Lembranças)

12.Deus alegra-se muito mais do que Ele opera numa alma humildemente resignada à sua pobreza, que da criação de milhões
de sóis e da extensão dos Céus. (Lembranças)

13.Oh! Não! A santidade não se acha nesta ou naquela prática, consiste numa disposição de alma que nos torna humildes e pequeninos nas mãos de Deus, cônscios de nossa fraqueza e confiantes até a ousadia em Sua bondade de Pai. (Lembranças inéditas)

14.Jesus me fez compreender que era pela Cruz que Ele queria me dar almas... (Carta à Madre Inés de Jesus)

15.A SantíssimaVirgem teria sofrido igualmente, se Ela não tivesse estado aos pés da Cruz de Seu Jesus? (Cartas)

16.Terei o direito, sem ofender ao bom Deus, de fazer muitas
tolicezinhas  até  a  morte,  se  for humilde,  se permanecer
pequenina. Vede as criancinhas, não cessam de quebrar, de
rasgar, de cair, embora amando muito a seus pais e sendo deles
amados. (Novíssima Verba, 07deagosto)

17.Minha paz é ficar pequena
Por isso quando caio, então
Ergo-me logo bem serena  E o meu Jesus vem dar-me a mão. (Poesias - Minha paz e alegria)

18.      Disseram-me que no Céu estarei entre os Serafins; se assim
for não os imitarei, não me velarei com as minhas asas! Assim não
poderia ver a Deus, teria a aparência de temê-Lo e como seria possível.- esbanjar-Lhe minhas carícias e receber as Suas? (Novíssima Verba, 24 de setembro)

19.   Sou apenas uma criancinha impotente e fraca, entretanto, é
a minha fraqueza mesmo que me dá a audácia de oferecer-me vítima ao VOSSO amor, Ó Jesus. (História de uma Alma, c. XI)

20.   Deus não inspira desejos irrealizáveis; posso, portanto,
apesar da minha pequenez, aspirar à santidade. (História de uma Alma, c. IX)

21.   É, sobretudo, o Evangelho que me entretém durante as
minhas orações, é nele que vou buscar tudo o que é necessário à minha pobre alma. (História de uma Alma, c. VIII)
22.  Um olhar a Jesus e o reconhecimento de nossa própria miséria tudo repara. (Carta à Celina, 6 de julho de 1893)

23.Como é fácil agradar a Jesus, arrebatar-Lhe o coração! Basta
só   amá-Lo,   sem   olhar   para   si   mesma,   sem   examinar
demasiadamente os próprios defeitos. (Carta à Celina, 6 de julho de
1893)

24.Minha vida espiritual de agora é simplesmente sofrer e nada
mais. (Novíssima Verba, 4 de agosto de 1897)

25.Só a verdade me alimenta; é por isso que nunca desejei
visões; não podemos ver na terra o Céu, nem os anjos tais como
são. Prefiro esperara visão eterna. (Novíssima Verba)

26.A minha pequenina vereda é de não desejar ver coisa
alguma; sabeis muito bem que eu cantei:
Que não desejei aqui Na terra, ver a Ti, Ó Jesus, lembra-Te!...

27.Desde a minha infância esta palavra de Jó me arrebata:
Ainda que Deus me enviasse a morte, esperaria Nele; confesso
porém, que estive muito tempo sem me estabelecer nesse grau de
abandono. Agora, sim, o Senhor tomou-me e colocou-me Nele... (História de uma Alma, c. XII; Novíssima Verba)

   28. Não posso estimar mais uma coisa do que outra; o que o Bom Deus mais preza e escolhe para mim, eis o que mais me agrada. (Novíssima Verba)

     29. Se eu morrese sem ter recebido a Extrema-Unção, seria o caso de pensar que o Papai, o Bom Deus, veio buscar-me o mais simplesmente possível. É sem dúvida uma grande graça ser confortada pelos Sacramentos, mas quando Deus dispõe de outro modo, isso nada influi... Tudo é graça... (Novíssima Verba, 5 de junho).

     30. Oh! Eu O amo!... Meu Deus... Eu Vos amo... (Últimas palavras de Santa Terezinh, no dia 30 de setembro de 1897)




A Imitação de Cristo - Tomas de Kempis - LIVRO III - CAPITULO VIII



 A IMITAÇÃO DE CRISTO - TOMAS DE KEMPIS


LIVRO TERCEIRO
CAPÍTULO 8

Da vil estima de si próprio ante os olhos de Deus
1. A alma: Ao meu Senhor falarei, ainda que seja pó e cinza (Gn 18,27). Se eu me tiver em maior conta, eis que vos ergueis contra mim, e ao testemunho verdadeiro que dão meus pecados, não posso contradizer. Mas se me tiver por vil e me aniquilar, deixando toda a vã estima de mim mesmo, e me reduzir a pó, que sou na verdade, ser-me-à propícia a vossa graça, e a vossa luz há de vir em meu coração, e todo sentimento de amor-próprio, por mínimo que seja, perder-se-á no abismo do meu nada e perecerá para sempre. Ali me dais a conhecer o que sou, o que fui, a que ponto cheguei; porque sou nada - e não o sabia. Abandonado a mim mesmo, sou um puro nada e a mesma fraqueza; tanto, porém, que lançais um olhar sobre mim, logo me sinto forte e cheio de nova alegria. E é grande maravilha que tão sabiamente me levantais e tão benigno me abraçais, a mim, que pelo próprio peso pendo sempre para a terra.

2. Isto é obra do vosso amor, que me previne gratuitamente, socorrendo-me em mil necessidades, guardando-me de males, para bem dizer, infindos. Perdi-me, amando-me desordenadamente; mas, buscando a vós unicamente, e amando com puro amor, a mim me achei e a vós também, e este amor me fez ainda mais aprofundar-me em meu nada. Porque vós, ó dulcíssimo Senhor, me tratais além do meu merecimento, e mais do que ouso esperar ou pedir.

3. Bendito sejais, meu Deus, pois conquanto eu seja indigno de todo bem, ainda assim não cessa vossa liberalidade e bondade infinita de fazer bem até aos ingratos e aos que de vós andam apartados. Convertei-nos a vós, para que sejamos gratos, humildes e devotos, pois vós sois nossa salvação, nossa virtude e fortaleza.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Seja Anátema! - Michael Voris









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Noivado Cristão - R. P. Jacques Berrou





A história humana é a história do grande amor de Deus por nós. Criação, Providência, Encarnação, Redenção: tudo isso por amor; Deus nos amou, Deus nos ama!
Há graus no amor: do Criador por sua criatura; do pai por seu filho; do amigo por seu amigo; do esposo por sua esposa.
O Bom Deus quer conduzir-nos a este amor perfeito, em que tudo é em comum entre o esposo e a esposa. “O Reino de Deus é semelhante a umas núpcias”. União mística da alma com Cristo, união frutuosa, pois dá glória a Deus e obtém para a alma a salvação.
A perfeita imagem desta união é a Santa Comunhão Eucarística na qual Jesus se dá totalmente ao ser amado, e este se esforça por se dar todo inteiro a Ele.

Boa leitura e discernimento!



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Devoção a Santo Antônio de Pádua

São Paulo, 20 de Junho de 2012  
"Ó meu Senhor Jesus, eu estou pronto a seguir-te mesmo no cárcere, mesmo até a morte, a imolar a minha vida por teu amor, porque sacrificaste a tua vida por nós."
(Santo Antônio de Pádua)


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!



“No dia 13 de Junho, comemorou-se a festa de querido Santo Antônio de Pádua, Confessor e Doutor da Igreja.
Sua vida de total dedicação a Deus e seus milagres foram tantos, que 11 meses após sua morte, o Papa Gregório IX canonizou Santo Antônio.
Hoje ele é querido no mundo todo, possui diversos milagres reconhecidos pela Igreja e é muito invocado por todos os Católicos.
Mas, por que nós, aqui da Associação, demos tanta importância para difundir a devoção a Santo Antônio?

Ele é conhecido como o "Martelo dos Hereges", pois conseguiu converter inúmeras almas ao catolicismo.
Pregou em Portugal, na África, na Itália e na França. Seu zelo levava-o a interessar-se por qualquer um que estivesse na indigência da verdade católica.
O Brasil precisa da ajuda de Santo Antônio. Nosso país que há 3 décadas era predominantemente católico, hoje se fala que somos em torno de 60%.
Santo Antônio de Pádua, rogai por nós!
Rogai pelos que se afastam da Fé, pelos que abandonaram a verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Rogai por aqueles que abandonaram seus santos ensinamentos.
Rogai sobretudo pelos sacerdotes, que deveriam ser tão zelosos quanto Vós fostes, para cuidar das almas, ampará-las e sobretudo influenciá-las com o seu bom exemplo.

Santo Antônio realizou inúmeros milagres. Vou lhe contar apenas alguns:
Livrou o Pai da Forca
Diversas crônicas da época relatam como Santo Antônio livrou seu pai da forca, a que havia sido condenado por suposto crime de homicídio. O santo simplesmente ressuscitou o morto, para que revelasse quem realmente o havia matado!
Milagre dos Peixes
Em certa cidade, os hereges recusaram-se a ouvi-lo. Santo Antônio dirigiu seu sermão aos peixes, que pareciam escutá-lo com atenção. Tal milagre ocasionou inúmeras conversões.
Por que Santo Antônio segura o Menino Jesus?
A tradição nos conta que, estando o Santo recolhido no convento, em oração e entregue ao estudo das Sagradas Escrituras, Nossa Senhora entregou o Menino Jesus a Santo Antônio.
Afastou o Demônio

Um dia, por exemplo,em que o demônio não podia mais suportar o bem que o santo fazia, agarrou-o pelo pescoço tão violentamente, que o enforcava.
Antônio mal pôde balbuciar as palavras da antífona a Nossa Senhora, “Ó Gloriosa Domina" (ó Gloriosa Senhora). No mesmo instante o demônio fugiu apavorado. Recomposto, Antônio viu a seu lado a Rainha do Céu resplandecente de glória.
Não são poucos os milagres que Santo Antônio realizou e é na tentativa de levar o seu exemplo e a suas bênçãos a mais pessoas, para convertê-las ao amor de Nosso Senhor, que iniciaremos esta Campanha.”

A Imitação de Cristo - Tomas de Kempis - LIVRO III - CAPITULO VII



A IMITAÇÃO DE CRISTO - TOMAS DE KEMPIS


LIVRO TERCEIRO
CAPÍTULO 7

Como se há de ocultar a graça sob a guarda da humildade
1. Jesus: Filho, muito útil e seguro te é encobrir a graça da devoção, sem te desvanceceres ou te preocupares muito com ela; convindo antes desprezar-te a ti mesmo e temer que não sejas digno da graça recebida. Importa não estares muito apegado a tais sentimentos, que bem depressa podem mudar-se nos contrários. Com a graça presente, pondera quão miserável e pobre és sem ela. O progresso na vida espiritual não consiste tanto em teres a graça da consolação, mas em suporta-lhe com humildade, abnegação e paciência a privação, de sorte que então não afrouxes no exercício da oração, nem deixes de todo as demais boas obras que costumas praticar. Antes faze tudo de boa vontade, como melhor puderes e entenderes, nem te descuides totalmente de ti por causa das securas e ansiedades espirituais.

2. Muitos há que se deixam levar pela impaciência e pelo desalento, logo que as coisas não correm como desejam. Pois nem sempre está nas mãos do homem o seu caminho (Jer 10,23), mas a Deus pertence consolar e dar a graça quando quiser, e quanto quiser, a quem quiser, tudo como lhe apraz, nem mais nem menos. Perderam-se alguns imprudentes por causa da graça da devoção, porque quiseram fazer mais do que podiam, não ponderando a fraqueza das suas forças e seguindo mais o impulso do coração que os ditames da razão. E porque presumiram de si coisas bem depressa perderam a graça. Caíram maiores do que Deus havia determinado, na pobreza e no abatimento os que pretendiam pôr seu ninho no céu, para assim, humilhados e empobrecidos, aprenderem a não voar com suas próprias asas, mas a esperar à sombra das minhas. Os novos e principiantes no caminho do Senhor facilmente se podem enganar e perder, se não se aconselharem com homens experientes.

3. Estes, se quiserem antes seguir seu próprio parecer, que confiar no conselho de pessoas experimentadas, põem em grande risco sua salvação, se continuarem aferrados à sua opinião. Os que se têm por sábios raro se deixam dirigir pelosoutros. É melhor saber e entender pouco, humildemente, que possuir tesouros de ciência e presumir de si. Melhor te é ter menos do que muito, se com o muito te vem o orgulho. Não é bastante prudente quem se entrega todo à alegria, esquecido da antiga pobreza e do casto temor de Deus que sempre receia perder a graça concedida. Nem tampouco muita virtude denota entregar-se a nímio desânimo em tempo de adversidade e por qualquer contratempo, sem pôr em mim a confiança devida.

4. Quem se dá por muito seguro no tempo de paz, muitas vezes se revela tímido e covarde em tempo de guerra. Se te souberes conservar sempre humilde e pequeno no teu conceito, e governar com moderação teu espírito, não cairás tão depressa na tentação e no pecado. É de aconselhar, quando sentes fervor de espírito, meditar no que será de ti, retirando-se esta graça. E quando isto de fato acontecer, pensa que a luz pode voltar, que ta tirei por algum tempo, para tua cautela e minha glória.

5. Tal provação, muitas vezes, te é mais proveitosa do que se tudo te saísse à medida de teu desejo. Pois não se devem avaliar os merecimentos do homem pelas muitas visões e consolações, nem pela perícia nas Escrituras, nem pela elevação do cargo. Mas, para conhecer o valor de cada um, considera: se está fundamentado na verdadeira humildade e vive cheio de amor de Deus; se sempre busca a honra de Deus com pura e reta intenção; se se despreza a si mesmo, nem faz caso algum de si, e se gosta mais de ser desprezado e humilhado do que estimado pelos homens. 

Necessidade da intercessão de Maria para nossa salvação (Parte VI)


A Necessidade da intercessão de Maria
Para nossa salvação.
(Santo Afonso de Maria Ligório)



2. Outras provas tiradas da doutrina dos santos e dos doutores
Vejamos, porém, o que mais escreveram os santos sobre a necessidade da intercessão da divina Mãe. Na opinião de S. Caetano bem podemos buscar as graças, mas obtê-las não podemos sem a intercessão de Maria. Confirma-o S. Antonino com estas belas palavras: Quem pede sem ela pretende voar sem asas. Quer dizer o Santo: Quem pede e quer alcançar graças, sem a intercessão de Maria, pretende voar sem asas. "A terra do Egito está em tuas mãos" — disse o Faraó a José, e a ele enviava quantos lhe vinham pedir socorro, respondendo-lhes: Ide a José! Da mesma forma Deus, ao lhe pedirmos graças, manda-nos a Maria: Ide a Maria! O Senhor decretou, como diz S. Bernardo, não conceder favor algum sem a mediação de Maria. Por isso, conforme Ricardo de S. Lourenço, nas mãos dela está nossa salvação, e, com mais direito que os egípcios a José, podemos nós, cristãos, dizer à Santíssima Virgem: Nossa salvação está em tuas mãos! O mesmo escreve o abade de Ceies: Em tuas mãos foi colocada nossa salvação. Em termos mais enérgicos acentua-o o Pseudo-Cassiano, quando diz sem ambages que a salvação depende dos favores e da proteção de Maria. Quem é protegido por ela se salva; perde-se quem o não é. Isto leva S. Bernardino de Sena a exclamar: Ó Senhora, porque sois a dispensadora de todas as graças, e só de vossas mãos nos há de vir a salvação, de vós também depende nossa salva­ção.
E por isso razão tinha Ricardo ao escrever: Assim como a pedra cai logo que é tirada a terra que a sustem, assim uma alma, tirado o socorro de Maria, cairá primei­ramente no pecado e depois no inferno. Deus não nos há de salvar sem a intercessão de Maria, assevera S. Boaven-tura; pois, assim como uma criancinha não pode viver sem a ama, da mesma forma ninguém se pode salvar sem a proteção de Maria. Tenha por conseguinte a tua alma, exorta o Santo, uma verdadeira sede de devoção a Maria; conserva-a sempre, não a deixes até que vás receber no céu a maternal bênção de Maria. Ó Virgem Santíssima, exclamava S. Germano, ninguém pode chegar ao conhe­cimento de Deus senão por vós, ó Mãe de Deus, ó Virgem Mãe, ó cheia de graça! E de novo: Se não nos abrísseis o caminho, ninguém escaparia às solicitações da carne e do pecado.
Como só por meio de Jesus Cristo temos acesso junto ao Pai Eterno, igualmente, observa S. Bernardo, só por meio de Maria temos acesso junto a Jesus Cristo. E a tal resolução de Deus, isto é, que sejamos salvos por inter­médio de Maria, dá o Santo este belo motivo: Por meio de Maria receba-nos aquele Salvador, que por meio dela nos foi dado! Dá-lhe, por isso, o nome de Mãe da graça c da nossa salvação. Que seria, pois, de nós, indaga S. Germano, que esperança nos restaria de salvação, se nos abandonásseis, ó Maria, vida dos cristãos?