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O outro lado da história
A brilhante conferência da Profª Helena Rodriguez, da Aliança Francesa do Rio de Janeiro, sobre o Bicentenário da Revolução Francesa, foi altamente esclarecedora, pois, baseando-se em documentos historicamente comprovados e universalmente aceitos, até pelos defensores da revolução de 1789, provou que a versão elogiosa que costumam dar à Revolução Francesa é unilateral, sendo necessário enfocar o outro lado, perverso, terrorista, demolidor, anti-social e anti-cristão que infelizmente foi o lado predominante.
Com efeito, pouca gente sabe que, na verdade, a Revolução Francesa foi, economicamente, a maior bancarrota de toda a história da França. Os bônus perderam 99% do valor; a produção agrícola caiu de 20% e a produção industrial em 40%; o comércio exterior ficou em queda livre por 35 anos.
Na parte educacional, ela foi sinônimo de destruição da escola na França, sendo preciso esperar o começo do século XX para atingir o número de estabelecimentos escolares de 1788! Aliás, seguindo os preceitos de J.J. Rousseau, seu inspirador, a Revolução Francesa pretendeu destruir todas as comunidades naturais e todos os corpos intermediários: a família, a escola etc.
No campo artístico, deixou o saldo de milhares de obras de arte destruídas em toda a França. O seu ódio pelo passado e especialmente pela mentalidade cristã foi tal que desejou suprimir toda lembrança, todo testemunho, seja em mármore, pedra, bronze, tela ou tapeçaria. Cidade inteiras, igrejas e castelos com suas obras de arte, foram arrasadas. Nem os vândalos cometeram tantos horrores.
Do lado humanitário, o resultado foram 600.000 mortos de guerra civil mais 400.000 de guerra estrangeira. Aniquilamento de dezenas de aldeias cujas populações foram queimadas vivas nas igrejas incendiadas. Matanças e massacres de milhares e milhares de homens, mulheres e crianças, acompanhados de inovações estranhas, tais como costumes de pele de pessoas e fundição de gordura humana.
No plano social, a Revolução Francesa teve como primeira conseqüência entregar o trabalhador sem defesa à exploração de patrões, pois a lei Le Chapelier interditou totalmente a liberdade de associação; assim o operário francês proletarizou-se, e foi preciso esperar as organizações da direita legitimista e das entidades católicas para ver renascer o direito do trabalho e voltar a lei da justiça e solidariedade.
No campo religioso, além dos 75% das igrejas destruídas em Paris, os massacres de setembro, a matança sistemática na guilhotina de milhares de padres e freiras, a deportação de milhares de outros, o massacre da Vendéia etc., vêm dar razão ao historiador francês contemporâneo François Brigneau que escreveu: “O motor nº 1 da Revolução foi a destruição da Igreja Católica Romana e a exterminação, o genocídio dos católicos franceses”.
No terreno político, o Governo revolucionário organizou oficialmente o terror e programou o totalitarismo, assumindo desde o seu início uma ideologia e uma lógica exterminadora.
E diante de tudo isso perguntamos: Com o Te Deum em Notre Dame, dia 14 de Julho, os progressistas querem comemorar o quê?! As festas programadas pelo Governo francês irão festejar o quê?!
Texto extraído e adaptado do Livro '' Quer agrade, quer desagrade '' de Pe. Fernando Arêas Rifan.
Nota: Com essa ultima parte, encerramos aqui essas postagens referente a verdade sobre a Revolução Francesa, esperamos que todos tenham gostado e aproveitado algo. Fiquem todos na Paz de Cristo.
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