Artigo de Everth Queiroz Oliveira
A indústria cinematográfica está repleta de obras com conteúdo ofensivo ao Cristianismo. Especialmente nos últimos tempos, em que ser anticlerical parece sinônimo de muita inteligência e erudição, pululam as expressões artísticas avessas aos dogmas católicos e às máximas do Evangelho.
É o caso da mais nova produção do humorista Renato Aragão, de título “O Segundo Filho de Deus”. O ator, que ficou conhecido por interpretar a personagem Didi Mocó, dos Trapalhões, explicou o roteiro. “Como Jesus veio à Terra e não conseguiu cumprir a sua missão (!), porque os homens não deixaram, Deus resolve mandar um segundo filho. Aí, sim, Ele cumpre a missão.”
Que dizer da proposta deste filme? Ora, é notável que a ideia do enredo está bastante associada à doutrina com a qual Renato Aragão sempre mostrou simpatia: o espiritismo. Vem do espiritismo esta ideia de que o sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo foi insuficiente, e de que, portanto, seria preciso uma nova “revelação”; vem do espiritismo a noção de que Jesus não era Deus, mas simplesmente um espírito evoluído, sendo, portanto, de pouca importância sua missão nesta Terra. E, embora o teor desta nova produção de Renato não seja explicitamente espírita, é influenciado por uma visão kardecista de redenção que o ator global estrela “O Segundo Filho de Deus”.
Porém, o que mais gera revolta é que este mesmo senhor, que sempre fez propaganda espírita velada em seus programas na Rede Globo – e que, agora, decidiu debochar descaradamente da fé cristã -, tenha recebido, ainda neste mês, uma homenagem pública, concedida pela nossa CNBB, por “difundir valores cristãos através de suas ações”. E estes supostos “valores cristãos” estariam associados – vejam só! – ao trabalho desenvolvido pelo artista no projeto Criança Esperança. Nossa Conferência Episcopal só se esquece que esta campanha da Rede Globo conta com o apoio indispensável da Unicef, a mesma que financia o aborto de meninas na África.
No entanto, ainda que fosse uma autêntica virtude cristã prestar auxílio neste projetofilantrópico – o que não é o caso -, o termo “valores cristãos” não pode deixar de fora, por exemplo, a virtude teologal da Fé. Assim, esta obrigaria a crença na divindade de Cristo, e também na suficiência de Sua Revelação… Mas, definitivamente, não é nisto que crê Renato Aragão, o protagonista deste filme insidioso e provocador.
Saudades de quando as trapalhadas do Didi faziam as pessoas rir. Hoje em dia, são trapalhadas blasfemas e ultrajantes, que deveriam fazer-nos chorar. Um triste fim de carreira para um ator de tanto renome.
Fonte: jbpsverdade
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