domingo, 10 de junho de 2012

Fim do mundo ou fim dos tempos?


“Profecias” sobre o “fim do mundo” em 2012: alarmismo danoso

Estaríamos nas vésperas do início do fim do mundo?

Confusas e contraditórias “profecias” – misturando argumentos pseudocientíficos, exageros, superstições, Nova Era e Science fiction – dizem que sim e apontam para o ano de 2012.

Alguém poderia perguntar se, em meio a tanta charlatanice, não haveria nelas algum conteúdo de verdade.

De fato, os tsunamis de desordem e imoralidade que assolam a Terra inteira não poderiam ser interpretados como o início dos formidáveis abalos morais e celestiais de que fala o Apocalipse?

“Um grande terremoto, o sol se escureceu como um tecido de crina, a lua tornou-se toda vermelha como sangue e as estrelas do céu caíram na terra, como frutos verdes que caem da figueira agitada por forte ventania. O céu desapareceu como um pedaço de papiro que se enrola e todos os montes e ilhas foram tirados dos seus lugares” (Ap. 6-12ss).

As obscuras “profecias” sobre 2012 chegam a apavorar e confundir os espíritos. Entretanto, uma coisa é certa: o fato formidável e único do fim do mundo jamais aconteceria sem que antes Deus enviasse avisos e sinais inteligíveis aos homens de Fé.

E até para aqueles de consciência reta que são susceptíveis de receber a Fé nos terríveis eventos terminais da História.

Ora, avisos e sinais do Céu não têm faltado à nossa época. Os principais dentre eles foram analisados e aprovados pela Igreja e contêm duas notas distintivas.

Primeira: nunca deixam de verberar o pecado que inunda a Terra como o verdadeiro culpado dos cataclismos vindouros.

Segunda: anunciam como desfecho a conversão dos homens e a inauguração de um novo período histórico no qual o Evangelho e a Igreja Católica reinarão sobre uma humanidade regenerada e com renovado fervor na Fé. Será o Reino do Coração Sapiencial e Imaculado de Maria nos corações e nas sociedades.

Segundo essas mensagens, as grandes catástrofes que podem advir terão um caráter corretivo além de punitivo, afastando qualquer ideia de extinção da Terra e da humanidade.

Numerosos e concludentes, os anúncios do Céu vieram por meio de Santos, de Papas e da própria Mãe de Deus. Vejamos alguns dos mais taxativos entre eles, declarados isentos de erro contra a Fé ou contra a moral pela suprema autoridade da Igreja.
São Luís Maria Grignion de Montfort: Reino de Maria após um dilúvio de fogo

Poucos santos falaram com tanta luz profética e precisão de linguagem quanto o máximo doutor marial do catolicismo, o francês São Luís Maria Grignion de Montfort (1673–1716).

Sua imagem, aliás, foi instalada na nave da Basílica de São Pedro por vontade dos Papas.

São Luís Maria Grignion de Montfort, estátua na basílica de São Pedro
Na sua famosa “Oração Abrasada”, o santo anuncia nestes termos a restauração da Igreja, após uma purificação de nossa era pecaminosa:
“Deixareis tudo assim ao abandono, justo Senhor, Deus das vinganças? Tornar-se-á tudo afinal como Sodoma e Gomorra? (...) Não mostrastes antecipadamente a alguns de vossos amigos uma futura renovação de vossa Igreja? Não devem os judeus converter-se à verdade? Não é esta a expectativa da Igreja? (...) Todas as criaturas, até as mais insensíveis, gemem sob o peso dos pecados inumeráveis de Babilônia e pedem a vossa vinda para restabelecer todas as coisas: omnis creatura ingemiscit” (Rom 8, 22).

Na mesma oração, o ardoroso doutor mariano explica o fundo teológico dessa visão profética:

“O reino especial de Deus Pai durou até o dilúvio e foi terminado por um dilúvio de água; o reino de Jesus Cristo foi terminado por um dilúvio de sangue; mas vosso reino, Espírito do Pai e do Filho, continua presentemente e será terminado por um dilúvio de fogo, de amor e de justiça. Quando é que virá esse dilúvio de fogo de puro amor que deveis atear em toda a Terra de um modo tão suave e tão veemente, que todas as nações, os turcos, os idólatras, e até mesmo os judeus hão de arder nele e se converter? ... Enviai à Terra esse Espírito todo de fogo, para nela criar sacerdotes todos de fogo, por cujo ministério seja renovada a face da Terra e reformada a vossa Igreja”. (in “OEuvres Complètes”, Éditions du Seuil, Paris, 1966, 1905 pp., págs. 675-688)

Para realizar essa tarefa, São Luís Maria profetizava a vinda dos Apóstolos dos Últimos Tempos.

Neste ponto, o santo dava continuidade a muitos outros que previram a aparição desses novos apóstolos: São Francisco de Paula, São Vicente Ferrer e Santa Catarina de Siena, por exemplo.


“2012”: Avisos do Céu falam que hoje não vivemos o fim mas o prelúdio de um triunfo divino

Santa Catarina de Siena: júbilo pensando na futura era da Igreja

Entre os numerosos dons concedidos por Deus a Santa Catarina de Siena (1347-1380) estava o da profecia. O papel da santa para resolver o cisma de Avignon tornou-a famosa. Nosso Senhor explicou-lhe a razão de ser dos grandes castigos que Ele estava aplicando:
“Eu permito este tempo de perseguições para arrancar todos os espinheiros que estão em volta de minha Esposa... Após essas tribulações e angústias, Deus purgará a Santa Igreja e renovará o espírito de seus eleitos por um meio que não pode ser compreendido pelos homens. Haverá na Igreja uma reforma tão grande e uma tão feliz renovação dos santos pastores, que pensando nisso o meu espírito vibra de alegria no Senhor.

“Assim, como Eu já disse, esta Esposa que nesta hora está em andrajos e quase totalmente desfigurada, tornar-se-á maravilhosamente bela e será ornada de pedras preciosas e coroada com todas as virtudes.

“Todas as nações exultarão vendo-se governadas por pastores tão santos; e os povos infiéis, atraídos pelo bom odor de Jesus Cristo ao rebanho católico, converter-se-ão ao Pastor verdadeiro, vigilante guardião de suas almas. Portanto, agradecei ao Senhor porque após esta tempestade Ele dará um grandíssima tranquilidade à Sua Igreja” (apud, “Vita Sanctae Catharina Senensis”, Fr. Raymundo a Capua, p. II, cap. X, in R. P. Alphonse Capecelatro, “Histoire de Sainte Catherine de Sienne et de la Papauté de son temps”, Librairie de Mme Ve Poussielgue-Rusand, Paris, 1863, 624 págs, págs. 354-355).


Poucas almas bem-aventuradas receberam tão abundantes e extensas visões sobre os eventos que se aproximam como a bem-aventurada romana Isabel Canori Mora (1774-1825).

Por singular privilégio, Deus quis associá-la à obra de conversão do clero e da humanidade. Ela viu também, com gáudio inenarrável, a face da Igreja e do mundo regenerado se prolongando através de séculos. Entre as muitas visões da Beata neste sentido, podemos citar a esmo as seguintes:
“No dia do grande príncipe São Pedro, no ano 1820, (...) pareceu-me que o Céu se abria e descia do alto, em grande majestade, flanqueado por muitos santos e anjos, o grandíssimo Príncipe dos Apóstolos São Pedro, revestido dos paramentos pontificais. Ele tinha nas mãos um báculo com o qual marcou sobre a terra uma vastíssima cruz. (...) no mesmo momento vi aparecerem quatro árvores misteriosas que tinham a forma de cruz. (...)

“Os bons cristãos que terão conservado a Fé de Jesus Cristo ficarão refugiados sob essas misteriosas árvores. (…) Mas ai daqueles religiosos e religiosas não observantes que desprezam as Santas Regras! Ai! Ai!, porque todos perecerão sob o terrível flagelo. (…)

“Todo o mundo entrará em convulsão e matar-se-ão uns aos outros. (…) Deus se servirá das potências das trevas para exterminar os homens sectários, iníquos e criminosos que pretendem derrubar, erradicar a Igreja Católica nossa Santa Mãe, (...) grandes legiões de demônios percorrerão o mundo todo, causando grandes ruínas e executando as ordens da Justiça Divina (...).

“Os verdadeiros bons cristãos serão protegidos pelos gloriosos Apóstolos Pedro e Paulo, que velarão para que os espíritos malignos não façam mal nem a seus bens nem a suas pessoas. (...) punidos os ímpios com cruel morte, demolidos os lugares indignos, vi de repente (…) que o Céu se abria novamente, e com grande pompa e majestade descia o glorioso São Paulo.

“Com o poder e a autoridade de Deus, ele percorria o mundo inteiro como um relâmpago, e acorrentava a todos aqueles malignos espíritos infernais. (…) Nesse momento vi um belo resplendor que anunciava a reconciliação de Deus com os homens.

“O pequeno número dos cristãos foi apresentado pelos santos anjos ante o trono do grande Príncipe dos Apóstolos, São Pedro. (...) O santo escolheu o novo pontífice.

“Toda a Igreja foi reordenada segundo os ditames do Santo Evangelho. As ordens religiosas foram restabelecidas e todas as casas dos cristãos se tornaram casas penetradas de religião. Eram tão grandes o fervor e o zelo pela glória de Deus, que tudo estava ordenado em função do amor de Deus e do próximo. Desta maneira tomou corpo num momento o triunfo, a glória e a honra da Igreja Católica. Ela era aclamada, estimada e venerada por todos. Todos decidiram segui-la, reconhecendo o Vigário de Cristo, o Sumo Pontífice”.

A beata Isabel aceitou sofrer – e padeceu espiritualmente – as dores da Crucifixão, a fim de obter de Deus que o Papado permanecesse em Roma. Como recompensa, Jesus Cristo lhe fez ver a renovação futura da Igreja e da Cristandade:
“Alegra-te, ó minha filha, objeto de minhas complacências! O cristianismo não mais será disperso, Roma não ficará privada de possuir o tesouro da Cátedra da verdade infalível da Santa Igreja.

“Eu reformarei meu povo e minha Igreja. Enviarei sacerdotes zelosos para pregar a minha Fé. Formarei um novo apostolado. Enviarei Meu Divino Espírito Santo para renovar a terra. Restaurarei as ordens religiosas por meio de reformadores santos e doutos. (…)

“Ele me deu a conhecer muitas outras coisas relativas a esta reforma. Vários soberanos sustentarão a Igreja Católica e serão católicos verdadeiros, depositando seus cetros e coroas aos pés do Santo Padre, Vigário de Jesus Cristo. Vários reinos abandonarão seus erros e voltarão ao seio da Fé católica. Povos inteiros converter-se-ão e reconhecerão como verdadeira a Fé de Jesus Cristo”.

“2012”: mais santos falam que não vivemos no fim do mundo, mas nas proximidades de um triunfo divino

Sonhos e antevisões proféticas de São João Bosco

Também o grande Dom Bosco ficou famoso pelas suas luzes proféticas. Em diversos “sonhos” e cartas, ele viu e apontou a vinda de uma terrível crise na Igreja e no mundo.

Nessas ocasiões, o santo piemontês anunciou um grande triunfo da Igreja e uma era de paz que afasta qualquer veleidade de um fim do mundo próximo. E menos ainda para 2012!

Poderíamos citar vários documentos incontestáveis do fundador dos salesianos. A exiguidade do espaço nos leva a escolher um: o “sonho das duas colunas”.
O santo narrou ter visto “uma multidão incontável de naves dispostas em ordem de batalha, (...) carregadas de fuzis e armas de diferentes classes; de material incendiário e também de livros, e dirigem-se contra outra nave muito maior e mais alta, tentando cravar-lhe o esporão, incendiá-la, ou ao menos fazer-lhe o maior dano possível.

“Em meio da imensidão do mar levantam-se, sobre as ondas, duas robustas colunas, muito altas, pouco distantes a uma da outra. Sobre uma delas está a estátua da Virgem Imaculada, a cujos pés vê-se um amplo cartaz com esta inscrição: Auxilium Christianorum.

“Sobre a outra coluna, que é muito mais alta e mais grossa, há uma Hóstia de tamanho proporcionado ao pedestal e, debaixo dela, outro cartaz com estas palavras: Salus credentium”.

A nave maior representa a Igreja e o comandante supremo é o Papa. O Pontífice assume o seu leme e tenta ancorá-la nas duas colunas. Mas,

São João Bosco e o sonho das duas colunas
“as naves inimigas dispõem-se todas a assaltá-la, fazendo o possível por deter sua marcha e afundá-la. Umas com os escritos, outras com os livros, outras com materiais incendiários de que contam em grande abundância, materiais que tentam arrojar a bordo; outras com os canhões, com os fuzis, com os esporões: o combate torna-se cada vez mais encarniçado”.

No auge da batalha, o Papa cai ferido de morte e falece. Um satânico brado se levanta das naves revolucionárias. Porém, apenas morto o Pontífice, outro ocupa o posto vacante. Superando todos os obstáculos, ele guia a nave até as duas colunas, e a amarra nelas. Então se produz uma grande confusão.
Os inimigos “dão-se à fuga, dispersam-se, chocam-se entre si e destroem-se mutuamente. Umas ao afundar-se procuram afundar às demais”. A nave capitã ocupada pelo Papa permanece tranquila e segura. No mar reina uma calma absoluta. (Pietro Zerbino (a.c. di), “I sogni di Don Bosco”, Leumann: LDC, 1995/2ª ristampa, pp 53-55).

São João Bosco escreveu muitas previsões para o ano seguinte num Calendário famoso na Itália, publicado sob o curioso título Il Galantuomo.

Na edição para o ano 1873, o santo parece ter visado as interpretações abusivas sobre os acontecimentos vindouros, esclarecendo o significado profundo dos anúncios celestes.

Ele escreveu:
“A nossa fé vencerá o mundo, e nossa oração será a pedra de David que arrebentará a cabeça do gigante Golias, quer dizer, os inimigos do Papa e, por isso mesmo, de Jesus Cristo. Deus prometeu que os maus não vencerão a Sua Igreja; o céu e a terra passarão, mas a palavra de Deus não passará.

“A Igreja pode ser perseguida, combatida, mas jamais será superada; e quando os ímpios se julgarem certos da vitória, então estejamos atentos, porque esse será o sinal de que está próximo o dia em que a Igreja vestida de festa cantará o ‘Alelluia’ de seu triunfo e o ‘De profundis’ por seus inimigos.

“São Pedro estava na prisão em Jerusalém e Deus mandou um anjo para libertá-lo milagrosamente das mãos de seus inimigos. Em nosso tempo, Deus quer fazer um grande milagre. Rezemos e, quando menos pensemos, ouviremos um grande estrépito e será a Torre de Babel que cairá por terra, como um dia caíram os muros de Jericó ao som das trombetas”. (“Il Galantuomo”, ed. 1873, págs. 10-11)

Poderíamos ainda consagrar incontáveis páginas às mensagens celestes recebidas neste sentido através de santos, beatos e almas de escol.

São Maximiliano Maria Kolbe, OFM Conv

São Maximiliano Kolbe: a estátua da Imaculada entronizada no coração de Moscou

A limitação de espaço obriga-nos a ficar por aqui, não sem antes citar um santo que precisaria ser mais conhecido no Brasil: São Maximiliano Kolbe. Em 1937, quando a Rússia gemia sob os massacres stalinistas, ele escreveu:
“Não acreditamos estar longe nem ser puro sonho o advento do dia grandioso em que a estátua da Imaculada será entronizada pela obra de seus apóstolos no próprio coração de Moscou!” (Cf. “L’Osservatore Romano”, 14-15 fevereiro 1937).

Impossível encontrar uma imagem mais expressiva do vindouro triunfo do Coração Sapiencial e Imaculado de Maria. Os boatos enganadores sobre 2012 resistem sequer a um início de comparação.

Papas: conversão e vitória sobre o Leviatã moderno

O Vigário de Cristo, sucessor de São Pedro, é a máxima autoridade nesta matéria, a qual envolve a interpretação das Sagradas Escrituras, notadamente do Apocalipse. Para encerrarmos este artigo, nada mais apropriado que ouvir suas palavras.

S.S. Gregório XVI

Poucos anos antes da aparição de Nossa Senhora em La Salette, o Papa Gregório XVI, na encíclica Mirari Vos, de 15-8-1832, via tomar corpo as profecias do Apocalipse:
“Certamente, rompido o freio que segura os homens nos caminhos da verdade, e inclinando precipitadamente ao mal protestante sua natureza corrompida, consideramos já aberto aquele abismo (Ap 9, 3) do qual, segundo viu São João, subia uma fumaça que obscurecia o sol e expelia gafanhotos que devastavam a terra” (Apud Acción Católica Española, Colección de Encíclicas y documentos pontificios, 4ª ed., Publicaciones de la Junta Técnica Nacional, Madrid, 1955, LXI+1644+351 págs, págs. 5-6).

S.S. Pio XI

Por sua vez, S.S. o Papa Pio XI, contemplando o espetáculo do mundo, concluiu ser
“de tal maneira aflitivo, que já se poderia ver nele a aurora desse ‘início de dores’ que deve trazer ‘o adversário, aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado’ (2Tes 2,4)”. (Encíclica Miserentissimus Redemptor, Bonne Presse, t. IV, Paris, 1932, pages 110-112).


Beato Papa Pio IX
Tinham, pois, esses pontífices clara noção da gravidade do momento presente. Entretanto, nada permite afirmar que eles achassem que o mundo fosse acabar na nossa época.

S.S. Beato Pio IX

Bem ao contrário, o beato espanhol Fr. Francisco Palau y Quer, OCD (1811-1872), difundiu com insistência a carta dirigida pelo bem-aventurado Papa Pio IX a um prelado oriental que resolve a questão. Nela vemos afastadas as demagógicas teorias do fim do mundo em 2012:

“Ou o mundo – disse o santo Papa – já chegou ao fim de sua carreira e, nesse caso, caminhamos envoltos em suas ruínas rumo à mais horrível das catástrofes e essa catástrofe vai ser imediata; ou a sociedade humana vai ser restaurada, e essa restauração será obra da Providência, porque a mão do homem é impotente. Veremos com nossos olhos essa restauração, porque a dissolução social caminha tão rapidamente que o fim ou a restauração não admitem adiamento”( Apud “El Ermitaño”, nº 113, 5-1-1871).

S.S. Pio XII

S.S. Pio XII
Numa de suas famosas Radiomensagens, S.S. Pio XII explicou que “frente à corrente que ameaça arrastar a uma socialização total em cujo fim se tornaria pavorosa realidade a imagem terrificante do Leviatã, a Igreja travará a luta até o extremo” (Discorsi e Radiomessaggi di Sua Santità Pio XII, vol. XIV, p.314).

Entretanto a imagem escolhida pelo pontífice não é no sentido de um fim da História, mas evoca a vitória e o gáudio anunciados pelo profeta Isaías:

“Vai, povo meu, entra nos teus quartos, fecha atrás de ti as portas. Esconde-te por alguns instantes até que a cólera passe, porque o Senhor vai sair de sua morada para punir os crimes dos habitantes da terra (...) Naquele dia o Senhor ferirá, com sua espada pesada, grande e forte, Leviatã, o dragão fugaz, Leviatã, o dragão tortuoso; e matará o monstro que está no mar. (...) E serão vistos chegar os exilados da terra da Assíria, e os fugitivos espalhados pela terra do Egito. Eles adorarão o Senhor no monte santo, em Jerusalém” (Is, 26, 20-21 e 27,1 e 13).

S.S. São Pio X


O Papa São Pio X julgava, por sua vez, que a perversão hodierna das almas é
“como o prólogo dos males que devemos esperar para o fim dos tempos; ou até pode se pensar que já habita neste mundo o filho da perdição (2 Tes 2,3) (...) este é o sinal próprio do Anticristo: (...) o homem com temeridade extrema (...) consagrou a si próprio o mundo visível como se fosse seu templo para todos o adorarem. Sentar-se-á no templo de Deus, se apresentando como se fosse Deus (2 Tes 2,4.)” (S.S. São Pio X, Carta Encíclica “E Supremi Apostolatus”, in “Escritos doctrinales”, Ediciones Palabra, Madrid, Biblioteca Palabra 9, 1975, 4ª ed., 557 páginas.).

Papa São Pio X previu a futura conversão da França

Entretanto, o santo Papa antevia, não o fim do mundo, mas sua futura restauração. E o deixou registrado num célebre discurso endereçado à França, a nação primogênita da Igreja.

“Dia virá – escreveu ele–, e esperamos que não esteja muito distante, em que a França, como Saulo no caminho de Damasco, será envolta por uma luz celeste e ouvirá uma voz que lhe dirá novamente:

“‘Minha filha, por que me persegues?’

“E à resposta: ‘Quem és tu, Senhor?’, a voz replicará: ‘Sou Jesus, a Quem persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão, porque em tua obstinação te arruínas a ti mesma’.

“E ela, trêmula e atônita, dirá: ‘Senhor, que queres que eu faça?’

“E Ele: ‘Levanta-te, lava as manchas que te desfiguraram, desperta em teu seio os sentimentos adormecidos e o pacto de nossa aliança, e vai, filha primogênita da Igreja, nação predestinada, vaso de eleição, vai levar, como no passado, meu nome diante de todos os povos e de todos os reis da terra”

(Alocução consistorial Vi ringrazio, de 29.11.1911, Acta Apostolicae Sedis, Typis Polyglottis Vaticanis, Roma, 1911, p. 657).

Assim enunciada, a conversão da França e seu retorno à missão de liderar as nações da Cristandade constituem a mais eloquente afirmação não só de que o mundo não está em vias de acabar – e ainda mais em 2012! –, mas de que a Providência prepara uma regeneração da humanidade para uma época que só poderá ser o Reino de Maria.Tudo o oposto do fim do mundo!



Fonte: http://confrariadesaojoaobatista.blogspot.com.br/

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