segunda-feira, 26 de março de 2012

Meditação Para Todos os Dias da Semana - Parte 1/6

MEDITAÇÕES PARA TODOS OS DIAS DA SEMANA

ATOS PREPARATÓRIOS A MEDITAÇÃO

Reaviva, ó minha alma, tua fé: põe-te na presença de Deus e adora-o profundamente.
Humilha-te aos pés de Deus e pede-lhe sinceramente perdão.
Solicita a luz de Deus por amor de Jesus Cristo; re­comenda-te a Maria Santíssima e aos Santos com uma Ave Maria e Glória ao Padre.
Lê a meditação bem devagar. Após todos os pontos medita na máxima eterna. Terminada a consideração, toma o propósito de remover tal e tal vício.

DOMINGO FIM DO HOMEM


—           Considera, ó alma, como Deus, criando-te à sua imagem, deu-te esta vida que possues. Sem merecimento algum de tua parte, recebeu-te por filho adotivo, amou-te mais que um pai e criou-te a fim de que nesta vida o amasses e o servisses, para gozá-lo depois no Paraíso. Não nasceste, pois, nem deves viver para te satisfazeres com vãos deleites desde mundo, mas unicamente para glorificares teu Criador.
— Considera quais terríveis remorsos, pois, sentirás na hora da morte, se agora não te aplicares em servir a Deus. Que pesar quando, no termo da vida, perceberes que tens pas­sado os dias em trabalhos e sofrimentos fora do teu fim e que não resta naqueles momentos senão um nada de todas as rique­zas, honras, glórias e prazeres! Oh, dia doloroso esse, para quem não serviu e não amou a Deus!
— Considera, portanto, a importância de alcançares teu grande fim. Seu valor inestimável está acima de tudo o mais; porque, se o conseguires, estarás salvo; se, ao invés, não o atingires, perderás alma e corpo. Paraíso e Deus, e serás eternamente um réprobo. Portanto, este é o negócio dos negócios: servir a Deus e salvar-se.
Considera ainda, como este negócio eterno é de todos o mais descurado. Em tudo pensamos, na salvação nunca. Para tudo há tempo, menos para a alma!
Que loucura rematada preocupar-se demasiadamente com o que há de acabar tão depressa, e quase nada pensar no que jamais terá fim!


SEGUNDA-FEIRA O PECADO MORTAL


— Considera, minha alma, o que fazes quando come­tes um pecado mortal: dás as costas Àquele Deus que te criou e te cumulou de benefícios; desprezas a Sua graça e a sua amiza­de. Quem peca diz com os fatos a Nosso Senhor: “Non serviam: apartai-Vos, de mim, pois não quero obedecer-Vos não vos quero servir, não vos quero reconhecer por meu Senhor. O meu Deus é aquele prazer, aquela vingança, aquele ódio, aquela conversação obscena”. Pode-se imaginar ingratidão mais monstruosa do que esta? Entretanto, minha alma, tudo isto fizeste, quando ofendeste ao teu Senhor.
— Maior se torna esta ingratidão, refletindo que, para pecar, te serviste das mesma coisas que Deus te deu. Ouvidos, olhos, boca, língua, mãos, pés, são todos dons de Deus; e tu deles te serviste para ofendê-lo! Ah, ouve pois o que te diz o Senhor: “Filho, eu te criei do nada: dei-te tudo o que tens, fiz-te nascer na verdadeira Religião. E tu, esquecido de tantos benefícios, te atreveste a ofender-me?” Quem não se sentirá tomado de profundo pesar por ter feito tamanha injúria a um Deus tão bom, tão benfazejo para conosco, suas criaturas?
- Considera ainda, ó alma cristã, que o pecado faz perder a Deus e a paz do coração: faz perder todos os méritos e toma-nos incapazes de merecer para a vida eterna. Ah! meu Deus, arrependo-me de todo o coração. Meu Jesus, eu vos que­ro amar; dai-me força. Virgem Santíssima, Mãe de meu Jesus, ajudai-me...


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