TERÇA-FEIRA, A MORTE
— Com a morte, a alma separa-se do corpo, e abandona totalmente as coisas deste mundo. Considera portanto, ó cristão, que a tua alma deverá separar-se do corpo; mas não sabes onde se dará esta separação. Não sabes se a morte te assaltará na tua cama, ou durante o trabalho, ou na rua, ou em outra parte. Ai de ti, se não te manténs sempre preparado. Quem não está hoje preparado para bem morrer, corre grande perigo de morrer mal.
— Embora seja incerto o lugar e incerta a hora de tua morte, é, porém, muito certo que a morte há de vir. Há de chegar um dia no qual, estendido numa cama, assistido por um sacerdote que encomendará tua alma, estarás prestes a passar à eternidade. E logo que a alma expire, o teu corpo será lançado a apodrecer em uma cova. Abre um sepulcro e contempla a que ficou reduzido aquele jovem rico, aquele ambicioso, aquele soberbo. Agora, o demônio para induzir-te a pecar, procura desviar-te deste pensamento. E que haverás de fazer tu, então, no ponto de te encaminhares para a tua eternidade? Ai de quem se acha em desgraça de Deus naquela hora!
— Considera que do instante da morte depende a tua eterna salvação ou a eterna perdição. Nas proximidades da morte, ao avizinhar-se o momento de teu último suspiro, à luz da vela que acenderem no momento de tua agonia, quantas coisas se hão de ver! Oh, grande e terrível momento, do qual depende uma eternidade de glória ou de tormentos! uma felicidade sem fim ou um eterno sofrer!
E agora, põe-te na presença de teu Deus e dize-lhe de coração: Meu Deus, desde este momento eu me converto a Vós; amo-Vos, e proponho amar-Vos e servir-Vos até a morte. Virgem Santíssima, minha Mãe, ajudai-me naquele terrível momento. Jesus, Maria e José, expire em paz entre vós a minha alma.
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