Por Caio Barbosa Nascimento*
Foi esta precisamente a resposta que recebi a uma das minhas incipientes cartas enviadas a um certo professor na internet cujo texto dos discípulos não mais leio...
Falo isso porque uma das maiores “contribuições” para a crise atual é a falta de dedicação de católicos em conhecerem a sua própria Fé e os princípios que têm sido ensinados pela Igreja perenemente nos ultimos dois mil anos.
Mas estudar a fé não significa – como tem sido difundido recentemente – uma leitura ávida de textos da internet e artigos de apologética espalhados pela rede. Quando estudamos – sobretudo as verdades sobrenaturais – estamos utilizando a nossa inteligência de tal forma que ela se habitua a enxergar as coisas a partir das plataformas que utilizamos. Explico. Há algumas décadas atrás as pessoas que liam, liam livros e também longos artigos de jornal. Eram acostumados a textos grandes e profundos e, portanto, pensavam grande e profundamente, independente da ideologia.
Hoje, o lugar onde mais buscamos informações, pensamentos e até instrução sobre a fé é a internet. O que estou dizendo não é para abandonarmos esta midia, nem deixarmos de utilizar a internet para obtermos informação e conhecimento acerca da fé. Seria uma contradição, porque utilizamos este blog exatamente para proporcionar isso.
O que digo é que não devemos basear todo nosso estudo da fé e todo o nosso conhecimento, apenas em artigos escritos em blogs, sites e redes sociais. Eles devem complementar, ampliar, mostrar detalhes, destacar uma parte dos ensinamentos da Igreja em seu contexto e passar informações, quando necessário.
Livros. Livros oficiais, livros de santos, de bons teólogos. Precisamos readiquirir o hábito de sentar com um bom livro e mergulhar nas páginas que conduzem nosso pensamento pela sabedoria, prudencia e a necessária dedicação que merece os ensinamentos da Igreja. Não é sequer preciso ler muito. Este é o conselho de Sertillanges em sua maravilhosa obra “A Vida Intelectual”. Um dos sub-capítulos se chama: “ler pouco” que significa ordenar a nossa leitura e saber o que estamos lendo, pois, “a leitutura desordenada não alimenta, entorpece o espirito” e mais: “leia com inteligência, não com paixão”. Com este pensamento encerro meu texto, esperando que este pequeno artigo vos ajude a se aproximarem, cada vez mais, de grandes obras.
*Coordenador do Grupo Santo Tomás de Aquino
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