“Após as esperanças ilusórias do século XIX, a decepção dos nossos dias. A geração de ontem fora embalada com os idílios de um otimismo confiante e satisfeito. A fé na solidez da nossa civilização era inabalável. Definitivas as conquista da ciência, posta para sempre a serviço do bem estar humano. De par com a prosperidade material elevar-se-ia a grandeza moral da nossa raça. Por uma lei infalível de evolução histórica, ao egoísmo da barbarie primitiva ir-se-ia substuindo o altruísmo destinado a transformar a convivência social num verdadeiro paraíso terrestre. O diagrama do progresso não se concebia senão como uma curva ascencional de desenvolvimento indefinido.
Hoje, outro é o panorama. A grande guerra de 1914 sacudiu até aos alicerces toda a arquitetura da civilização ocidental. Começou a história trágica dos desmoronamenos e ainda não se amontoaram todas as ruinas.”
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