IV. SUA FÉ
A bem-aventurada Virgem, assim como é Mãe do amor
e da esperança é também a Mãe da fé. Diz S. Irineu: o dano que Eva com a sua
incredulidade causou, Maria o reparou com sua fé. Eva deu crédito a
serpente, em oposição á palavra de Deus e com isso trouxe a morte; Nossa
Rainha, ao invés, crendo na palavra do anjo, segundo a qual devia ser Mãe
do Senhor e permanecer virgem, gerou ao mundo a salvação.
Porque abriu seu coração a fé em Cristo, é Maria
mais bem aventurada do que por haver trazido no seio o corpo de Jesus Cristo.
Diz o Santo: Maria tem mais fé do que todos os
homens e anjos. Via o Filho na manjedoura de Belém e acreditava ser Ele o
Criador do mundo. Via-o fugir de Herodes, sem, entretanto deixar de crer que
era Ele o verdadeiro Rei dos Reis. Pobre e necessitado de alimento o viu, mas
reconheceu seu domínio sobre o universo. Viu-o reclinado no feno e confessou-o
onipotente. Observou que ele não falava e venerou lhe a infinita sabedoria.
Ouviu-o chorar e o bendisse como as delícias do paraíso. Viu-o finalmente como
morria vilipendiado (tratado com desprezo, repelido) na cruz, e, embora outros
vacilassem, conservou-se firme, crendo sempre que Ele era Deus.
Assim, Nossa Mãe exercitou a fé por excelência;
enquanto até os discípulos vacilaram em dúvidas, ela afugentou toda e qualquer
dúvida. A prova de uma fé viva é viver conforme o que se crê. “O meu justo vive
da fé” (Hb 10,38).
Santa Teresa dizia que todos os pecados nascem da
falta de fé. Peçamos, pois, à Santíssima Virgem que, pelos merecimentos de sua
fé, nos alcance uma fé viva. Senhora, aumentai a nossa fé!
(Tirado do Livro Glorias de Maria
de Santo Afonso de Ligório)
Nos acompanhe nas outras virtudes de Nossa Senhora:
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