sábado, 8 de setembro de 2012

08 de Setembro - Natividade de Nossa Senhora






Essa festa mariana teve sua origem em Jerusalém na metade do século V, onde permanecia viva a tradição da dedicação da igreja construída no lugar onde surgia a casa dos santos Joaquim e Ana, mais antiga no Oriente, introduziu-se provavelmente na liturgia romana durante o século VII. Inocêncio IV deu-lhe Oitava no Concilio de Lião, em 1245. Na última centúria, serviu esta data de 8 de Setembro para fixar nove meses antes, a 8 de Dezembro, a festa da Imaculada Conceição. A Santa Igreja, celebrando a natividade da Santíssima Virgem, canta a aurora da redenção, que despontou com o aparecimento de Maria no mundo. Eva deu à luz a seus filhos na dor, Maria dá à luz o filho de Deus com júbilo. Eva levava consigo as nossas lágrimas, Maria a nossas alegrias. Invoquemos a Virgem a Virgem Santíssima com aquela invocação tão bela da sua ladainha: "Causa de nossa alegria".

Hoje o Deus que se assenta em tronos espirituais
preparou para si um trono santo sobre a terra;
Aquele que em sua sabedoria estabeleceu os céus,
no seu amor cria um céu vivente.

Eis o dia do Senhor, alegrai-vos, ó povos!
Com efeito a câmara nupcial deu à luz,
e o livro do Verbo da vida saiu de um ventre.
A porta do Oriente nasceu
e aguarda a entrada do grão-sacerdote,
única a introduzir no universo o único Cristo,
para a salvação das nossas almas.
Hoje se descerram as portas estéreis
e nasce a Pura virginal e divina;
hoje a graça começa a dar o seu fruto
mostrando ao universo a Mãe de Deus,
para a qual a terra é unida aos céus.
É abolida a esterilidade da nossa natureza,
pois uma mulher estéril tornou-se mãe daquela
que permanecerá virgem após o nascimento do seu Criador. 
Dela o Deus por natureza 
apossou-se do que lhe era estranho e encarnado, 
opera a salvação dos transviados pela carne.
É ela o soerguimento de Adão e a libertação do pecado; 
graças a ela fomos divinizados e libertos da morte; 
aclamemos, pois, com Gabriel: 
Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo 
e, por teu intermédio, nos concede grande misericórdia.
O teu nascimento, ó Mãe de Deus,
anuncia a alegria ao mundo inteiro;
pois de ti nasceu o Sol da justiça, Cristo nosso Deus,
o qual, abolindo a maldição, nos deu a bênção
e, destruindo a morte, nos presenteou com a vida eterna.
Ó Imaculada, 
te tornaste áureo turíbulo do fogo divino, 
perfuma a podridão do meu coração,
o única sempre Virgem!
Em ti nós possuímos, ó Mãe de Deus, um porto,
um baluarte inexpugnável, uma proteção segura...
A sarça incombusta na montanha
e a fornalha refrescante na Caldéia
claramente te prefiguram, Esposa de Deus.
Joaquim e Ana foram libertos do opróbrio da esterilidade, 
e Adão e Eva, da corrupção da morte,
pela tua santa Natividade, ó Pura.
Teu povo, salvo da escravidão do pecado,
a celebra exclamando:
a estéril dá à luz a Mãe de Deus que alimenta nossa vida

Fonte: As Escravas de Maria




“O nascimento de um filho é considerado dia de festa para a família. Entretanto haveria antes motivo para lamento e pranto, considerando-se que a criança nasce não só privada de méritos e de razão, como ainda manchada pela culpa e sujeita, como filha da cólera divina, às misérias e à morte. O nascimento de Maria, sim, é justo seja celebrado com festas e louvores universais. Pois a Virgem viu a luz do mundo, criança na idade, porém grande em merecimentos e virtudes. Todavia para compreendermos o grau de santidade com que nasceu, precisamos considerar primeiro a grandeza da graça com que Deus a enriqueceu; em segundo lugar, quanto foi grande a fidelidade de Maria em corresponder a essa graça.”

Santo Afonso de Mª Ligório



Causa de Nossa  Alegria, rogai por nós.

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