sexta-feira, 28 de setembro de 2012

29 de Setembro - São Miguel Arcanjo




Quem é São Miguel Arcanjo? 



A exclamação "Quem como Deus?" É um gri­to de humildade e de obediência em defesa dos di­reitos divinos e consta cinco vezes na Sagrada Escritura: Dn 10, 13; 10, 22;12,1; Ap 12,7; Jd 9. So­mente na carta de Judas, Miguel é chamado arcanjo, enquanto São Paulo (ITs 4,16) o designa com esse apelativo, sem o seu nome próprio.

A Igreja, desde os tempos antigos, professou a Miguel um culto especial, chegado bem rápido do Oriente ao Ocidente, onde surgiram importantes igrejas e santuários dedicados aos arcanjos. Os mais célebres são o santuário de Monte Santo Ângelo so­bre o Gargano e o de Mont-S. Michel-au Péril-de Mer na Normandia. Pio XII proclamou Miguel patrono dos radiologistas.

Várias são as funções atribuídas a Miguel. É cha­ma "turiferário"; "psicagogo", isto é, guia das almas ao Juízo Divino; "pescador de almas", por isso vem freqüentemente representado por uma balança na mão. Mas a missão principal do arcanjo é aquela de protetor da Igreja e defensor da cristandade.

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A figura do Arcanjo, que é protagonista em tantas páginas do Antigo e do Novo Testamento, deve ser sentida e invocada pelo povo e quanto a Igreja tem a necessidade da sua ce­leste proteção: dele, que vem representado na Bíblia como o grande lutador contra o Dragão, o chefe dos demônios na dramática descrição do Apocalipse: a história da queda do primeiro anjo, que foi seduzi­do pela ambição de se tornar como Deus. Daí a rea­ção do Arcanjo Miguel de reivindicar a unidade de Deus e sua inviolabilidade.

Embora fragmentárias, as noticias da revelação sobre a personalidade e o papel de Miguel são muito eloqüentes. Ele é o arcanjo que reivindica os direi­tos inalienáveis de Deus. É um dos príncipes do Céu, o protetor de Israel, de onde sairá o Salvador. Agora o novo povo de Deus é a Igreja. Eis a razão pela qual essa o considera como seu próprio sustentador em todas as suas lutas para a defesa e a difusão do Reino de Deus sobre a Terra. É verdade que "as portas do inferno não prevalecerão", segundo a afirmação do Senhor (Mt 16,18), mas isso não significa que esteja isenta das provas e das batalhas contra as investidas do maligno. Nessa luta, o Arcanjo Miguel está ao lado da Igreja, para defendê-la contra todas as iniqüidades do século; para ajudar os fiéis a resistir ao diabo que, como leão a rugir, procura a quem devorar. A essa luta nos reporta a figura do Arcanjo Miguel, a quem a Igreja, seja no Oriente quanto no Ocidente, nunca cessou de tributar um culto especial.

Todos recordam a prece que se re­za ao final da Santa Missa: Sancte Michael Archangele defende nos in praelio.

As aparições de Miguel tiveram um papel im­portante na vida e na singular missão de Santa Joana D´Arc, a Virgem de Orleans, a libertadora da França da invasão inglesa, que assim testemunhou diante dos juízes no processo movido contra ela: "foi Miguel quem vi diante dos meus olhos e não estava só, mas acompanhado por anjos do Céu. Eu os vi com os olhos físicos tão bem como vejo vocês. E, quando me deixaram, chorei e teria gostado que me levasse com eles".

São Francisco de Assis, nos informa Tomás de Celano, repetia freqüentemente que se deve honrar em modo mais solene o Arcanjo Miguel, porque é responsável pela apresentação das almas a Deus. Por isso em honra de São Miguel, entre a festa da Assunção e a sua, jejuava com a máxima devoção quarenta dias. E dizia: "cada um, para a honra do tão glorioso príncipe, deveria oferecer a Deus uma homenagem de louvor ou qualquer outro presente particular".

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate.


Extraído e Adaptado do livro Devocionário a São Miguel Arcanjo


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