Cosme
e Damião eram irmãos gêmeos e cristãos. Mas nasceram na Arábia e
viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram
um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria,
exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade.
Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a Fé aliada aos conhecimentos
científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à
beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.
Deixavam
pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada
por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica
também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia,
conseguiam mais e mais.
Isso
despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do
povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que
os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de
usarem meios diabólicos em suas curas.
Mandou
que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses
pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado,
mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade
vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus
corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.
Quando
o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo,
deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa
Igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida
no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles,
construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530.
Os
nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas
vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI,
eles foram incluídos no cânone da Santa Missa, fechando o elenco dos
mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros
dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.
São Cosme e Damião rogai por nós.
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