terça-feira, 4 de setembro de 2012

Remédio contra o Liberalismo: Restaurar Tudo em Cristo (Parte II)



Remédio Contra o Liberalismo:

Restaurar Tudo em Cristo




A Sã Teologia, também a de Santo Tomás

Além da sabedoria natural que é a sã filosofia, aquele que se queira preservar do liberalismo deverá conhecer a sabedoria sobrenatural, a teologia. Sabemos que a “teologia de Santo Tomás” é recomendada, entre todas, pela Igreja para se  adquirir uma ciência profunda da ordem sobrenatural. Os Pa­dres do Concilio de Trento quizeram que a Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino fosse colocada aberta bem no centro da Santa Assembléia, juntamente com o livro das Divinas Escri­turas e os Decretos dos Supremos Pontífices, para extrair dela conselhos, razões, juízos (1). Seguindo Santo Tomás, o Concilio de Trento dissipou as primeira nuvens do naturalis­mo nascente.

Quem melhor do que Santo Tomás, mostrou que a ordem sobrenatural ultrapassa infinitamente as capacidades e as exigências da ordem natural? Ele nos mostra como Nosso Se­nhor por meio de seu sacrifício redentor, pela aplicação de seus méritos, elevou a natureza dos resgatados pela graça santificante, pelo batismo, pelos outros sacramentos, pelo Santo Sacrifício da Missa. Conhecendo bem esta teologia, au­mentaremos em nós o "espírito de fé", ou seja a fé e as ati­tudes que correspondem a uma vida de fé.

Quando se tem uma verdadeira fé, têm-se gestos que de­la resultam no culto divino. É exatamente o que reprovamos em toda. a reforma litúrgica: impõem atitudes que já não são atitudes de fé, impõem um culto naturalista e humanista. Te­mem fazer genuflexões, não querem manifestar a adoração que é devida a Deus, reduzem o sagrado ao profano. Os que têm contacto com a nova liturgia, sentem: dá a impressão de achatamento, que não eleva, que nela já não se encontram os mistérios.

É igualmente a sã teologia que fortificará em nós esta convicção de fé: Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus e a divin­dade de Nosso Senhor é a verdade central de nossa fé. Por­tanto serviremos a Nosso Senhor como Deus e não como um simples homem. Sem dúvida por sua humanidade Ele nos santificou, pela Graça Santificante que enche sua Santa Alma; is­to determina o respeito infinito que devemos ter por sua Santa Humanidade. Mas atualmente o perigo é fazer de Nosso Senhor um simples homem, um homem extraordinário certamente, um super-homem, mas não o Filho de Deus. Pelo contrário, se é verdadeiramente Deus como a fé nos ensina, então tudo muda pois sendo assim Ele é Senhor de todas as coisas e tudo re­sulta de sua divindade. Assim todos os atributos que a teo­logia nos faz conhecer de Deus: sua onipotência, sua onipre­sença, sua causalidade permanente e suprema relativamente a todas as coisas a tudo o que existe já que Ele é a origem de todos os seres, tudo isto se aplica a Nosso Senhor Jesus Cristo. Tem portanto todo o poder sobre todas as coisas, por sua própria natureza é Rei, rei do universo e nenhuma cria­tura, indivíduo ou sociedade pode escapar a sua soberania, sua soberania de poder e sua soberania da Graça:
"...pois por Ele foram criadas todas as coisas nos céu.-, e na terra...todas as coisas foram criadas por Elo mesmo e em atenção a Ele mesmo...todas subsistem por Ele...pode (o Pai) reconciliar por Ele todas as coisas consigo, restabelecendo a paz entre o céu e a terra, por meio do sangue que derramou na cruz" (Co.I, 16-21).

Desta primeira verdade de fé, a divindade de Nosso Se­nhor Jesus Cristo, segue-se a segunda: sua Realeza, e espe­cialmente sua Realeza sobre as sociedades, a obediência quo devem ter as sociedades à Vontade de Jesus Cristo, a submis­são que devem ter às leis civis com respeito à lei de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ainda mais, Nosso Senhor Jesus Cristo quer que as almas se salvem, indiretamente sem dúvida, mas eficazmente por uma sociedade civil cristã, plenamente sub­metida ao Evangelho e que se cumpra seu desígnio redentor, que seja o instrumento temporal dele. Então o que será mais justo e necessário do que as leis civis se submeterem às leis de Jesus Cristo e aprovarem a aplicação de penas aos transgressores de suas leis no domínio público e social? Precisamente a liberdade religiosa dos mações e do Vaticano II quer suprimir estas penalidades. Isto constitui a ruín.i da ordem social cristã! O que quer Nosso Senhor senão que seu sacrifício redentor vivifique a sociedade civil? O que é a civilização cristã, o que é a cristandade senão a encarnanação da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo na vida de toda uma sociedade? Eis aqui o que se chama o Reino Social de Nosso Senhor, a verdade que devemos propagar hoje com a maior força possível, frente ao liberalismo.

A segunda conseqüência da divindade de Jesus Cristo, é que sua Redenção não é facultativa para obter a vida eterna. E o Caminho, a Verdade e a Vida! E a porta:
"...Eu sou a porta das ovelhas. Até agora, os que vie­ram são ladrões e salteadores e assim as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta, quem por Mim entrar se sal­vará; entrará e sairá e encontrará pastos". (S.João, X, 7-9)
Ele é a única via de salvação para todos os homens:
"...fora dEle, não adianta procurar salvação em nenhum outro. Pois não foi dado aos homens outro nome debaixo do céu, pelo qual possamos nos salvar". (Act. IV,12).

E a verdade que deve ser hoje mais reafirmada, para fazer frente ao falso ecumenismo de essência liberal, que assegura haver valores de salvação em todas as religiões e procura desenvolvê-los. Se isto fosse verdade, para que os missionários? Precisamente porque não há salvação em nenhum outro culto que não seja Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja está animada com o espírito missionário, o espírito de con­quista que é o próprio espírito da fé.
(1) Leão XIII, "Aeterni Patris".

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