Por Andrea Patrícia
Três textos sobre a mulher e o seu
papel no mundo em que vivemos, todos dois muito interessantes, e um comentário
meu mais abaixo. Veja:
Homens
preferem mulheres mais tradicionais e mulheres sentem-se perfeitamente
satisfeitas no papel de dona de casa.
Trechinho (com
grifos originais):
“Mais de 1500
adultos tomaram parte no estudo onde lhes foi perguntado quais eram os
atributos que eles "mais valorizavam" no conjugue ou no
parceiro. As respostas bem que poderiam ter sido retiradas dum manual
duma feliz vida matrimonial proveniente dos anos 50 do século passado.
No topo da
lista masculina encontrava-se a mulher que soubesse "tomar conta da casa",
logo seguida da mulher que soubesse cozinhar, limpar e ser boa mãe. Só 16% dos homens valorizava a
"estabilidade financeira" numa mulher. Ou seja, para um homem que busca uma
esposa com quem passar o resto da sua vida, as "conquistas
profissionais" da futura esposa são virtualmente
irrelevantes para a sua escolha.”
Nem o homem
nem a mulher querem a igualdade
Trechinhos:
"Tornou-se
impossível dizer 'Não me importaria de ser dona de casa.' Isso é politicamente
tão incorreto que muitas mulheres não querem admiti-lo".
"A maior
parte das mulheres não está interessada na "independência financeira"
- contrariamente ao que as feministas defendem. Aparentemente o que as mulheres
querem é um homem que lhes dê segurança enquanto elas levam a cabo o papel mais
importante da vida duma mulher: ser mãe."
A mulher
para Freud e para a Igreja, por Sidney Silveira
Trechinho:
“Ignora quem
compra de maneira acrítica esta visão que, por exemplo, durante a Idade Média a
mulher chegou a ser rainha e senhora do destino de povos inteiros, princesa,
administradora de vastas terras, politicamente influente, artesã, poetisa,
escritora, educadora, guerreira, mística, Santa. E não apenas no medievo, mas
tanto antes como depois, graças ao influxo dos valores evangélicos custodiados
pela Igreja, a mulher exerceu papel histórico notável, de extraordinária
influência espiritual e política: Isabel de Castela, Santa Joana D’Arc, Santa
Rita de Cássia, Santa Catarina de Sena, Santa Teresa de Ávila, Santa Brígida da
Suécia e incontáveis outras grandes mulheres dão-nos exemplos marcantes da
condição feminina durante o longo período da Cristandade católica.
Diga-se que
algumas religiosas do medievo eram extremamente instruídas e rivalizavam em
saber com os sábios monges de então, educadores do mundo. Quem não leu o
clássico La femme au temps des cathédrales, de Règine Pernoud, é
analfabeto na matéria e deveria calar o bico antes de dizer aberrações como,
por exemplo, a de que a mulher segundo a Igreja não tinha alma. Naquela e
noutras obras mostra a grande historiadora francesa que as mulheres exerciam,
até mesmo na vida laica, um poder que deixaria os homens de hoje boquiabertos.
E ademais chegaram a ser artistas de grande talento, além de poliglotas.
Heloísa, diz-nos Régine Pernoud, ensinava às suas monjas o grego e o hebraico. É dessa época uma boa
quantidade de obras literárias escritas por mulheres, como seis
conhecidas comédias em prosa rimada atribuídas à abadessa Hrostsvitha.”
Vejamos agora a
citação que abre o primeiro dos dois textos indicados acima (com grifos
originais):
"Nenhuma mulher deveria ter autorização para
ficar em casa e cuidar de crianças. .
. . As mulheres não deveriam ter essa opção precisamente porque
se tal escolha existir, demasiadas
mulheres a seguirão."
(Simone de Beauvoir, “Sex, Society, and the
Female Dilemma,” Saturday Review, June 14, 1975)
Não é
interessante? A própria Beauvoir - uma feminista pervertida que tinha um caso
com outro pervertido, Sartre – sabia que se as mulheres pudessem optar elas
ficariam em casa. Isso antes, claro, da massiva propaganda para fazer as
pessoas acreditarem que o melhor para a mulher é “se realizar
profissionalmente”, sempre, claro, à custa da família.
As mulheres no
tempo Medieval e as outras tantas que desempenharam seus papéis em casa e
também com atividades diversas com as citadas pelo professor Sidney Silveira no
segundo artigo, tais como Zélia
Martin, não deixavam de cuidar de suas famílias para desenvolver
seus negócios. Elas cuidavam de tudo. Geralmente porque o trabalho remunerado
era feito dentro da própria casa ou muito perto, como por exemplo, numa venda
na frente de casa. Então elas não se ausentavam mesmo do lar, estavam sempre
por perto. Sem falar que para as rainhas, como por exemplo, a Rainha Isabel da
Espanha, o povo, o país, era a sua família, como bem disse o Bispo Richard
Williamson em um de seus escritos. E mulheres cuidam de suas famílias. Mas
também temos que lembrar que muitas dessas mulheres como as citadas pelo
professor Sidney eram religiosas, portanto tinham um outro tipo de vida, que de
certa forma permitia um maior desenvolvimento de capacidades intelectuais e de
outras atividades, coisa mais difícil para a mulher que tem que cuidar da casa,
dos filhos e do marido. Mas para Deus o que importa é que se cumpra o seu
dever. Humildade e obediência são palavras chave aqui.
Essas situações
– das mulheres de outros tempos que eram do lar e também tinham atividade
remunerada – são diferentes do que está estabelecido hoje em dia, que é: sair
de casa para trabalhar num lugar geralmente distante, passando muitas horas
longe da família, deixando os filhos nas mãos de babás ou em creches, chegando
cansada em casa e insatisfeita porque no fundo ela sabe que não consegue dar
conta de tudo, e não se sente realizada de fato. Muitas são as mulheres que se
pudessem não trabalhariam fora. Elas ficariam em casa cuidando do lar, leriam
muitos livros, fariam artesanato, costura, trabalhos voluntários, mas nada de
compromissos com patrões.
Não é à toa que
mais e mais mulheres desenvolvem doenças por causa do estresse. É fatigante
demais a vida que se leva hoje nas grandes cidades mundo afora, é puxado
demais. Claro, essa vida é difícil mesmo, nunca foi fácil. Mas as condições de
hoje são mais desfavoráveis à família do que nunca. E por causa da propaganda
sobre o homem “metrossexual” e da mulher “independente”, as pessoas se deixaram
levar por ilusões, afastando-se de seus papéis reais – que são os que ajudam a
manter a sociedade em ordem – para depois de tudo ficarem frustradas, porque no
fundo não é bem isso o que elas querem.
O difícil é
pensar no dever. O fácil é se deixar levar pelas ilusões sobre carreira e
dinheiro. Essa história de realização profissional está fazendo com que as
mulheres deixem de ter filhos, adiem a criação de uma família, vivam no pecado
da fornicação, adiem o casamento, se estressem mais. E no fim das contas de que
vai valer tanto esforço em ter MBAs, PHDs, diplomas e mais diplomas, viagens? E
a satisfação da alma, onde fica? E o cuidado com a vida eterna para onde vai? E
a família, abandonada, vai continuar a existir? Por quanto tempo? Com todos
esses ataques, o que vai sobrar? Cadê o homem e a mulher de verdade? Quem está
feliz nessa correria toda?
Quem se
beneficia de toda essa confusão?
Fonte: Blog Maria Rosa
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