Seu nome, Macário, tem um significado interessante, quer dizer: “feliz”,
“iluminado”. São poucos os dados registrados sobre sua origem e de boa parte de
sua vida. Mas, sua atuação foi singular para a Igreja de Roma quando se tornou
bispo de Jerusalém, cidade santa para os hebreus, lugar do único Templo erguido
ao único Deus; e para os cristãos, lugar da Crucificação e da Ressurreição de
Jesus Cristo.
Essa
Jerusalém, da época de Santo Macário, não existe mais. Já no ano 70, após ter
dominado uma insurreição anti romana, o futuro imperador Tito havia destruído o
Templo. Porém, no ano 135, depois de outra revolta, essa no tempo do imperador
Adriano, a mesma cidade foi colocada no chão, perdendo inclusive seu próprio
nome. Nas suas ruínas ergueram uma colônia romana chamada “Aelia Capitolina”,
com seu Capitólio, construído no lugar exato da sepultura de Jesus.
Santo Macário viveu um momento importantíssimo como bispo. Após a última
perseguição anticristã, ordenada e depois suspensa pelo imperador Galerio,
entre os anos 305 a 311. Foram os seus sucessores, Constantino e Licínio, que
concederam aos cristãos plena liberdade para praticarem sua fé, para celebrarem
seu culto e também, para construírem suas igrejas.
Trata-se
da “paz constantiniana” que se estendeu a todo Império e inclusive à Jerusalém,
onde, o bispo Macário se pôs a trabalhar.
Venerado
pelo imperador Constantino e sua mãe Santa Helena, com ela descobriu vários dos
instrumentos da Paixão, inclusive a verdadeira Cruz. Obteve do soberano a
autorização para demolir o Capitólio e assim se fez vir novamente à luz a área
do Calvário e do Sepulcro do Senhor. Em cima desse local, surgiria mais tarde a
grandiosa Basílica da Ressurreição.
No
mesmo período, houve no mundo cristão uma grave ruptura, provocada pela
doutrina do herege Ário, quanto à natureza de Jesus Cristo. Macário, o bispo de
Jerusalém, se opôs pronta e energicamente à doutrina ariana. E, em maio de 325,
ele agiu com firmeza no Concílio celebrado em Niceia, próxima a Constantinopla,
onde se fez a confirmação da genuína doutrina cristã.
Os
registros mostram ainda que o bispo Macário foi um dos autores do símbolo
niceno, ou seja, do Credo que até hoje pronunciamos durante a celebração da
Santa Missa, onde professamos a fé “em um só Deus, Pai Onipotente” e “em um só
Senhor, Jesus Cristo… Deus verdadeiro de Deus Verdadeiro”.
O bispo Santo Macário faleceu de causas naturais no dia 10 de março de 335, em Jerusalém. Seu culto é muito antigo e sua festa ocorre nesse dia.
São Macário, rogai por nós.
Fonte: Escravas de Maria
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