Apóstolo
de Cristo de origem pouco conhecida, autor do segundo dos evangelhos sinóticos,
os outros são Mateus e Lucas, e considerado fundador da igreja do Egito e,
também, fundador da cidade italiana de Veneza. Seu nome aparece nas epístolas
de São Paulo, que se refere a ele como um de seus colaboradores que enviavam
saudações de Roma.
A principal fonte de informações sobre sua vida está no
livro Atos dos Apóstolos. Filho de Maria de Jerusalém e primo de Barnabé, já se
havia convertido ao cristianismo quando Paulo e Barnabé chegaram a Jerusalém
(44) trazendo os auxílios da Igreja de Antioquia (At 11,30). Acompanhou Barnabé
e Paulo a Antioquia (12,25), na hoje Turquia, onde atuou como auxiliar de
Paulo, mas voltou à Jerusalém quando chegaram a Perge, na Panfília. Depois ele
e Barnabé teriam embarcado para à ilha de Chipre (13,4-5), na sua primeira
viagem apostólica, porém o apóstolo não voltou a ser mencionado nos Atos.
De
Chipre passou a evangelizar a Ásia Menor e, em decorrência de alguns conflitos,
separou-se de Paulo e Barnabé em Perge (Panfília) e voltou para Jerusalém
(13,13). Voltou a Chipre (50) acompanhado apenas de Barnabé (15,39) e depois
foi para Roma como colaborador de Paulo, prisioneiro naquela cidade (Cl 4,10; Fm
24). É possível que tenha deixado Roma antes da perseguição de Nero (64), pois
depois (67) o apóstolo de Tarso, prisioneiro pela segunda vez, escrevia a
Timóteo pedindo-lhe que levasse consigo, de Éfeso para Roma, o seu discípulo e
colaborador, já que este lhe era muito útil em seu ministério (2Tm 4,11).
Em
Roma, também entrou em contato com Pedro, pois este, dirigindo-se aos fiéis do
Ponto, da Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, saúda-as em nome do evangelista,
a quem afetuosamente chama de filho (1Pd 5,13). Provavelmente escreveu em Roma
o Evangelho (50-70) que traz o seu nome e que compila e reproduz a catequese de
Pedro. Seu Evangelho destinou-se aos cristãos provenientes do paganismo e tem
um estilo simples e vigoroso e com seus 661 versículos, é o Evangelho menos
extenso.
No século II, o bispo Pápias de Hierápolis, Anatólia, afirmou que ele
teria sido intérprete de São Pedro. Embora sejam parcas as informações sobre o
evangélico, é indiscutível sua importante participação nos primeiros tempos da
igreja cristã. Na Itália seu nome está ligado à cidade de Veneza, para onde
mercadores venezianos provenientes de Alexandria, transportaram o que diziam
ser as suas relíquias (828). Seu símbolo como evangelista é o leão e a Igreja
Católica festeja seu dia em 25 de abril, data em que o evangelista teria sido
martirizado.
São Marcos Evangelista, rogai por nós.
Fonte: Escravas de Maria
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