Por Michael J. Rayes
Traduzido
por Andrea Patrícia
“Tenho
uma dívida com a minha mãe. As virtudes passam facilmente das mães para os
corações de seus filhos, que de bom grado fazem o que vêem sendo feito.” (Cura
d’Ars)
Fraldas. Almoço. O telefone.
A
maternidade, por vezes, parece marcada pelo tédio de trocar fraldas, a
exasperação de preparar o almoço, e a frustração de não desfrutar de uma
conversa por telefone, porque o bebê começou a chorar. Mas em meio ao clamor da
vida doméstica, as mães católicas podem realmente encontrar paz de espírito
sabendo que elas estão fazendo a vontade de Deus levando almas para o céu.
Criar filhos é um trabalho gratificante e satisfatório que santifica a mãe e a
ajuda a crescer na virtude. Cada etapa no desenvolvimento das crianças requer
uma abordagem diferente da mãe que se baseia em seus pontos fortes.
Desenvolvimento da Primeira Infância: do nascimento até os quatro
anos de idade
A
consideração importante durante esses anos é que a mãe deve estar em casa para
as crianças. O Papa Pio XI escreveu que a ordem civilizada está em perigo “se
até mesmo a mãe da família, para o grande mal da casa, é obrigada a ir adiante
e buscar a vida através de seu próprio trabalho.” (1)
As
crianças nesta idade experimentam o desenvolvimento psicológico mais a partir
das pessoas do que seu
ambiente externo. Os adultos também tem muito pouca memória dos eventos antes
dos dois anos de idade – normalmente, nenhuma memória. Isso ocorre porque o
cérebro do bebê muda drasticamente rápido. PET scans mostram o crescimento do
cérebro desde o nascimento até os doze meses, e que o cérebro de um ano de
idade se parece mais com o de um adulto do que com o de um bebê (2). O
importante nesta fase da vida é que a mãe passe muito tempo com seus bebês e pré-escolares.
O
crítico é uma grande quantidade de tempo, não “qualidade de tempo”. Tanto as mães letárgicas
quanto as hiperativas farão igualmente bem se elas simplesmente estiverem
disponíveis para seus filhos pequenos. A criança, às vezes, vai até a mãe e
passa quatro ou cinco minutos apoiada nela. A criança precisa dessa
tranqüilidade. Então, a criança corre para brincar novamente. A mãe deve estar
na casa para que isso aconteça. Pode ser prejudicial para o desenvolvimento da
criança quando a mãe trabalha fora de casa. Estabilidade é uma coisa boa nessa
idade, mas mesmo se a família muda-se a cada ano, a presença e a
disponibilidade da mãe dona-de-casa, naturalmente, mitiga os efeitos da
mudança.
Um
estudo recente confirma o que Pio XI ensinou há quase oitenta anos atrás. Os
pesquisadores investigaram os efeitos da pobreza sobre o desenvolvimento
infantil. Eles descobriram que “entre os fatores de proteção que fizeram estas
crianças mais resistentes, um apego seguro aos seus cuidadores era o mais
importante” (3). Em outras palavras, crie uma vida familiar emocionalmente
segura e estável, e seus filhos não serão afetados por avisos de mudança e
mobiliário velho e usado.
O desejo de agradar à mãe
Crianças
antes da idade de sete anos respondem muito bem à mãe e ao desejo de agradá-la.
Use isso a seu favor. Você pode ser direta e dizer que você não está feliz com
seu comportamento. Torne algo pessoal. Isso funciona com a criança de cinco
anos de idade, e não tem quase nenhum efeito na de dezesseis anos de idade.
Este
desejo de agradar a você como a mãe também significa que o seu humor a afeta
muito. A segurança emocional da criança depende da própria alegria ou tristeza
da mãe a cada dia. Mas a instabilidade emocional mais profunda da mãe tem um
impacto negativo ainda maior. Enquanto estudos mostram que alguns meses de
depressão pós-parto não tem efeito duradouro sobre a criança, os pesquisadores
do cérebro mostraram que a depressão persistente afeta diretamente a capacidade
da criança de aprender e de responder à estimulação. A área frontal esquerda do
cérebro mostrou atividade reduzida em 40% dos bebês em um estudo com mães
deprimidas. Esta área do cérebro está associada com a emoção externa. No
entanto, nove em cada dez bebês com mães não-deprimidas mostraram um alto nível
de atividade na parte frontal esquerda do cérebro (4).
A
idade em que o bebê está em maior risco de “ter problemas de comportamento e
comprometimento cognitivo mais tarde” devido a depressão materna é de seis a
dezoito meses. A depressão persistente deve ser tratada, em primeiro lugar na
Confissão sacramental, e então, ouvindo os conselhos do próprio sacerdote e,
finalmente, através de aconselhamento profissional, se o padre aconselha-lo.
As
mães são muito ocupadas lidando com seus filhos pequenos. Deus lhes dá a graça
e a força para lidar com suas famílias, mas elas têm que pedir essas bênçãos.
Deus quer você como a mãe que alimenta e cuida de seus filhos, mas também como
sua primeira professora (5).
A
mãe é quem deve ensinar o alfabeto às suas crianças porque ela é a professora
da pré-escola. Pré-escolares também aprendem como se comportar na Missa a
partir de seus pais. Crianças de dois anos de idade são capazes de sentar-se e
ajoelhar-se, sem se virar ou se contorcer excessivamente, desde as orações ao
pé do altar até o Kyrie. As de três anos de idade podem fazê-lo por quase toda
uma Missa de domingo. As de quatro anos de idade podem se comportar em toda uma
Missa de Domingo cantada ou uma Missa simples com um sermão. Mas os pais têm de
esperar este comportamento e reforçá-lo consistentemente. Livros religiosos
coloridos, lugares estratégicos no banco ao lado de um dos pais, e correção de
braços balançando ou pernas deslizantes, são coisas que devem ser feitas.
Palmadas também reforçam a importância de permanecer quieto na igreja, mas
deve-se usá-las com moderação, deve-se ir para fora para isso, e só depois de
um aviso. Eu deixo de presentear a crianças com biscoitos depois da Missa por
causa do seu mau comportamento. Eu mantenho a criança privada de biscoito na
capela, depois da Missa para rezar e aprender a ficar de joelhos da forma
certa, em vez de deixá-la gritar enquanto assiste seus irmãos comendo
biscoitos.
Limites
As
crianças de dois e três anos de idade precisam aprender limites. Elas estão
começando a ter vontades fortes e elas não conseguem controlá-las. A mãe deve
ser firme e consistente. “Não” significa não, independentemente do drama do
temperamento birrento da criança. O papel do pai é muito importante ao prover
esta firmeza, tanto por sua própria firmeza quanto por apoiar a sua esposa.
Um
componente muito crítico do desenvolvimento saudável da infância precoce é
eliminar a televisão. Numerosos estudos mostram os efeitos negativos de se
assistir TV. Ambos os programas de televisão “bons” e “ruins” contribuem para a
falta de foco de uma criança porque as cenas mudam a cada trinta segundos. Em
um artigo que escrevi no início deste ano para a revista The Latin Mass, eu mencionei um
estudo demonstrando que a “TV diminuiu de intensidade as brincadeiras e cortou
pela metade a quantidade de tempo que as crianças se concentram em um brinquedo
dado”. Este estudo foi feito com a TV ligada no plano de fundo, não com
um programa de TV que as crianças estivessem realmente assistindo (6).
Durante
toda a infância, a mãe deve desenvolver a atitude correta em relação ao
trabalho. O Dr. Rudolf Allers, um psicólogo católico pioneiro, escreveu que:
“Os pais devem fazer com que a criança se familiarize cedo com a natureza do
trabalho… A criança bem pequena pode guardar seus brinquedos… e pode-se
facilmente ensinar a ela que esses pequenos deveres são seu trabalho”. Ao invés
de a criança reagir a uma sobrecarregada expectativa de perfeição por parte dos
pais ou, no outro extremo do espectro, um sentimento de estar constantemente
atrapalhando, o treinamento correto no dever “ajuda a diminuir a distância
entre a criança e os adultos… ela já sabe que pode ser uma companheira de
trabalho, e cresce em um espírito de disposição para tal atividade” (7).
Anos Pré-Primeira Comunhão: do Jardim de Infância ao Segundo Ano
Quando
se trata de Jardim de Infância, há duas opções saudáveis: uma escola católica
tradicional ou homeschooling. É muito mais saudável para a criança na idade de
cinco ou seis continuar a aprender de sua mãe em casa do que passar horas a
cada dia agrupada com crianças do bairro em uma escola pública. A escola
católica, por outro lado, deve ter o fim último do homem (salvação eterna) como
seu principal objetivo, de acordo com o Papa Pio XI (8).
No
primeiro ou segundo ano a criança aprende a ler. Isso abre um mundo novo para
ela. O papel da mãe muda da função de ensino baseada na ação direta no
pré-escolar, para a aprendizagem supervisionada de livros na escola primária.
Crianças católicas que dificilmente assistem TV vão naturalmente se tornar
leitoras vorazes. Elas também precisam de jogos de tabuleiro e atividades
divertidas. Não deveria haver absolutamente nenhum videogame. Em vez disso, a
criança deve ter um retrato fiel da realidade. Um desenho não-violento
ocasional sem comerciais (como os antigos desenhos do Ursinho Pooh) é melhor do
que um jogo de vídeo interativo. Elas aprendem mais do videogame, mas isso é
parte do problema. Elas anseiam por aprender, e isso leva a aumentar o tempo no
computador gradualmente ao longo dos anos, o que leva ao uso da Internet, ao
pensamento moderno, e a pornografia na sua bela família católica. Corte o mal
pela raiz.
A Primeira Comunhão
A
mãe deve preparar ativamente os seus filhos para a Primeira Comunhão. No meu
trabalho coordenando o catecismo e aulas de preparação sacramental, eu me
deparei com dois tipos de pais. Um tipo quer preparar suas crianças quase desde
o seu quinto aniversário. O outro tipo espera até que os filhos sejam
adolescentes. Claramente, esperar muito tempo não é bom, mas preparar uma
criança que tem apenas cinco anos de idade é diferente. Algumas crianças são
perceptivas e precoces (como o Papa São Pio X observou a si mesmo), algumas não
são. A melhor resposta é se comunicar com seu marido e chegar a uma decisão
mútua. Peça conselhos ao seu pároco e ao professor da Primeira Comunhão. A
maioria das crianças deve entrar numa classe para a Primeira Comunhão após o
seu sexto aniversário.
A
mãe deve estar fortemente envolvida, ensinar à criança as orações necessárias
durante a semana e falar de Jesus e Maria. Quando a Primeira Comunhão de seu
filho estiver a dois meses de distância, fale sobre a Hóstia a cada semana.
Faça-lhe perguntas sobre a confissão e certifique-se que ela sabe o procedimento.
Fale sobre a diferença entre hóstias consagradas e não consagradas algumas
semanas antes de receber o sacramento. Seu marido também deve apoiá-lo e rever
o material com a criança, mas a mãe é geralmente mais envolvida na educação
infantil.
Educação Fundamental: oito a doze anos de idade
No
momento em que a criança atinge a terceira série, com cerca de oito anos de
idade, o seu papel como a mãe é o de direcionar e complementar o que a criança
aprende através de livros, aulas e projetos.
A
maioria das famílias deve usar uma escola de tijolo e argamassa, nessa idade,
em vez de homeschooling, mas a educação em casa pela mãe ainda será eficaz
enquanto a mãe for consistente. Isto é especialmente verdadeiro para meninas
melancólicas, mas as crianças de qualquer temperamento podem ser educadas em
casa se o ambiente for consistente. O apoio do marido é absolutamente
necessário. Sem o seu apoio envolvente ou pelo menos tolerância positiva na
educação domiciliar, isso irá falhar.
É
mais fácil educar as meninas em casa – e é mais eficaz. Os meninos,
especialmente à medida que crescem chegando a era secundária, exigem
professores do sexo masculino como modelos e mestres para execução de tarefas.
O papel da mãe como professora primária se torna menos eficaz quando o menino
cresce. O Pe. Thomas Hughes escreveu sobre educação jesuíta tradicional e o
papel do professor do sexo masculino. Em suas palavras:
“É
realmente um momento memorável, quando um homem se torna um professor dos
outros. Podem ser meninos. Mas, se são meninos apenas desabrochando para a
vida, ou jovens à beira da masculinidade, o professor deles tem que ser um
professor de homens; e talvez mais ainda com o rapaz do que com o homem, na
medida em que seu controle sobre o jovem aluno tem de ser tão mais completo”
(9).
Por
que o controle de um menino é tão importante? Segundo o Padre Hughes, é assim
porque se deve “formar uma natureza humana inteira, que ainda é flexível e
dócil.”
O
papel da mãe com relação ao seu filho entre oito e doze anos é continuar
ajudando com leitura, escrita, matemática e outras disciplinas acadêmicas, se
ela for a professora primária ou se a criança tem outro professor. A mãe deve
ser a primeira pessoa a quem a criança recorre quando se necessita de ajuda com
a lição de casa. A mãe também continua seu papel ativo na instrução
catequética. A religião deve ser ensinada a cada ano e não deve ser descartada
entre os anos da Primeira Comunhão e a Crisma. O Catecismo pode ser ensinado em
formato de pergunta-resposta (como acontece com o Catecismo de Baltimore),
histórias da Bíblia, aprender sobre a Missa, e as vidas dos santos.
A
mãe deve encorajar e exortar os seus filhos de oito a doze anos de idade a
participar da Santa Missa. Ela precisa se comunicar regularmente com seu marido
em relação ao modelo de comportamento na Missa (ajoelhar corretamente), usar um
missal, orações depois da Missa, outras devoções em casa , e, claro, o serviço
no altar para os meninos. Aprender a servir a Missa leva para mais perto de
Deus e da Igreja, enquanto os ensina a ser homens ao mesmo tempo.
Um
ambiente familiar estável nessa faixa etária é crítico. Tente não mudar de casa
em casa quando você tem crianças em idade escolar. Elas precisam de
estabilidade doméstica para construir uma base de imutáveis verdades metafísicas
das quais elas podem depender. Elas aprendem mais pelo exemplo e meio ambiente
do que pela memorização de livros – embora a aprendizagem do livro seja
importante!
Crisma
Tanto
a mãe quanto o pai devem preparar a criança para a Crisma. A mãe pode ter feito
a maior parte do trabalho de preparação para a Primeira Comunhão; agora o pai
deve fazer o mesmo trabalho da mãe interrogando a criança sobre as orações e os
materiais necessários para a Crisma. No entanto, os pais devem resistir à
tentação de escolher o padrinho de Crisma de seu filho. Deixe a criança
escolher o seu próprio padrinho, pois isso que constrói a confiança e ajuda a
criança a aprender que a Fé Católica dela édela, e não simplesmente alguma rotina sombria em que só participa
para agradar seus pais. O Catecismo do Concílio de Trento ensina que a Crisma
não deve ser adiada até a adolescência (10); se um bispo tradicionalista não
estiver disponível antes que a criança complete treze ou quatroze anos,
considere seriamente dirigir ou voar para outra cidade para que seu filho seja
Crismado no rito tradicional.
À
medida que a criança se desenvolve, ela gradualmente percebe que a autoridade
do pai é maior do que a da mãe. As crianças são um pouco menos motivadas para
fazer suas mães felizes quando chegam na pré-adolescência. No entanto, a
transição para a adolescência desperta na criança o desejo e o dever de dominar
novas responsabilidades. Isto é especialmente verdadeiro no filho mais velho ou
na filha mais velha. Isso se torna um ato de equilíbrio para a mãe. Você deve
incentivar este senso de dever, mas não desencorajar a criança, colocando muita
pressão sobre ela. O psicólogo e autor Kevin Leman escreveu que filhos mais
velhos dos quais se espera que sejam “perfeitos” podem levar vidas muito
desleixadas, letárgicas, quando adultos. “Estudantes relaxados e pobres”,
escreveu Dr. Leman, “são muitas vezes perfeccionistas desanimados que
desistiram de tentar, porque dói demais falhar” (11).
Início da adolescência: Os Anos Ginasiais (entre treze e quinze
anos de idade)
A
paixões naturais eclodem nesta fase de desenvolvimento. A mãe precisa ser
coerente e calma diante das emoções turbulentas dos seus jovens adolescentes.
Santo Tomás de Aquino descreveu essas paixões “irascíveis” há oitocentos anos
atrás, na Summa
Theologica.
Os administradores da escola podem não reconhecer o tomismo, mas eles
certamente conhecem a raiva, a ousadia, o medo, a esperança e o desespero
(lista das paixões segundo Santo Tomás), quando eles lidam com estudantes nesta
fase.
Um
ambiente doméstico consistente permanece tão importante nesta fase, quanto
quando a criança estava na escola primária. Mesmo se vocês se mudarem, a
abordagem dos pais deve ser a mesma e limites disciplinares devem estar no
lugar certo. (E tente não matriculá-los na Escola Pública Secular Sem Deus.)
Domínio de Si
Duas
considerações importantes devem ser feitas. O jovem adolescente deve trabalhar
em algo e tornar-se bom
no que faz: um jogo de esportes, um instrumento musical, ou até mesmo um
exercício culinário deve ser realizado. A criança precisa se esforçar em alguma área por anos seguidos e,
progressivamente, tornar-se melhor até que ele ou ela torne-se mestre. Futebol,
trompete, basebol, clarinete, patinação no gelo, e preparação de uma refeição
para cinco, tudo isso têm algo em comum para o jovem adolescente: exige prática
constante, formação de um adulto experiente, e ensina a confiança do adolescente
para assumir os deveres de adultos. Se essa confiança não se aprende, o jovem
pode tornar-se emocionalmente desequilibrado.
A
segunda consideração é que o homeschooling nesta idade não é muito eficaz. A
mãe não pode ensinar a um jovem de quatorze anos sentada ao lado dele, passando
uma atribuição, e, em seguida, deixá-lo sozinho por vinte minutos, como ela
fazia com ele aos sete anos de idade. O adolescente já não faz automaticamente
o que sua mãe diz. Ele questiona sua sabedoria com a sua inteligência indisciplinada
e revolta-se contra a sua autoridade com suas paixões descontroladas.
O
jovem adolescente necessita de professores do sexo masculino, juntamente com a
mãe, ou em uma escola de tijolo e argamassa, ou por uma tutoria externa junto
com o pai tomando um papel muito ativo como professor. A maioria dos pais pode
acompanhar os deveres de casa e passar um tempo com a criança a cada noite
apoiando a mãe.
A
jovem adolescente necessita de professores tanto do sexo masculino quanto do
feminino como modelos em sua vida, além de seus pais, então ela descobre que o
comportamento elegante e a virtude são conceitos importantes em si mesmos – e
não apenas porque a mãe disse que sim.
Adolescentes
se rebelam. Eles questionam. O objetivo é canalizar esse questionamento, em vez
de suprimi-lo. Hoje em dia eles poderiam questionar o papel do governo, a
Igreja conciliar, projetos de estradas, a macroeconomia norte-americana, e
outros aspectos inquestionáveis da vida moderna. Mas eles devem aprender a
partir de outros adultos que sejam seus modelos que a religião Católica é a
única e verdadeira Fé dada a nós pelo próprio Cristo. A Fé não é simplesmente
uma preferência idiossincrática dos pais da criança que deve ser posta de lado
se a criança quer expressar sua própria individualidade. Essa, infelizmente, é
muitas vezes a razão pela qual os jovens adultos param de freqüentar a Missa
Latina Tradicional.
Caridade na criação dos filhos
São
João Bosco disse uma vez que a caridade deve animar todo o trabalho feito com
crianças. Seu método consistia em convencer as crianças a querer ser boas por
conta própria. Quando os seus filhos entre treze e quinze anos de idade
perceberem que a disciplina é para seu próprio benefício e que é realmente
justa, eles vão reagir muito melhor. Mas isso requer muita paciência por parte
do professor e dos pais. Reze para que os anjos da guarda de seus filhos
intercedam por você.
Dom
Bosco também observou que “se um disciplinador é caridoso, ele pode ser tão
firme quanto ele quiser”. Ele falou do respeito que os professores devem ter
aos seus alunos como Católicos batizados. Esta abordagem era marcadamente
diferente daquelas de outros mestres da época. Ele exigia obediência e
encorajava as crianças constantemente a se comportar, mas ele preservava a
rudeza natural delas. Visitantes notaram seu rigor e atenção pessoal a um
cronograma rigoroso, mas também um monte de gritos e correria fora da sala de
aula.
Adolescência tardia: entre dezesseis e dezenove anos de idade
Quando
os seus filhos estão entre os dezesseis e dezenove anos de idade, o seu papel
maternal é um pouco diminuído. Você pode dar conselhos quando o adolescente
precisa tomar uma decisão, mas você não deve lavar a roupa de seu filho. Ele já
deveria ter aprendido a fazer isso. Mães com mais de um adolescente quase nunca
devem ter que lavar um prato. Seu trabalho é acompanhar na cozinha e fazer as
coisinhas minuciosas que os adolescentes costumam deixar passar (ou lembrar aos
adolescentes para fazê-las), como limpar a bancada e polir os talheres.
Gestão doméstica
Seu
papel é agora o de dirigir a casa. Você é mais uma gestora do que um
trabalhadora. Adolescentes e pré-adolescentes são capazes de trabalhar e isso é
bom para eles. Tarefas domésticas de meia hora a quarenta e cinco minutos de
por dia não são algo razoável, mesmo se eles têm lição de casa ou a prática de
esportes. Sua função materna é lembrar os adolescentes de suas atribuições,
agradecer e elogiá-los pelos seus trabalhos concluídos, e avisá-los de
consequentes privilégios perdidos se eles negligenciarem as suas funções. Essa
punição deve normalmente provir do pai.
Limites
absolutos ainda existem. Existem normas morais e comportamentais em sua família
que devem ser seguidas, não importa a idade da criança. A criança deve entender
completamente aos quatorze anos que os limites morais vêm de Deus, não de seus
pais. Aos dezesse anos a criança precisa compreender que ela é um membro de sua
comunidade, de sua paróquia, e da Igreja militante, bem como de sua própria
família. Eu não recomendo homeschooling a adolescentes a menos que haja uma
razão muito boa para isso.
Os
rapazes adolescentes, não importa quão virtuosos sejam, nunca devem
absolutamente ter uma oportunidade de ficar a sós com uma irmã mais nova,
prima, ou sobrinha. O menino adolescente nunca deve ser babá a menos que ele
faça parte de um grupo de babás.
O Papel do Pai
Os
adolescentes precisam responder ao pai. Aos dezesseis anos eles têm muito menos
respeito pela autoridade da mãe e não são motivados a agradá-la. A relação com
a mãe muda; adolescentes acabarão por desenvolver mais respeito por ela à
medida que crescem na idade adulta. Nesse meio tempo, o rapaz ou a moça
adolescente deve construir um forte relacionamento com seu pai, participando em
atividades com ele (como aprender a dirigir). O pai também deve apoiar a mãe e
não tolerar qualquer desrespeito para com sua esposa. Seus comentários
positivos sobre a mãe da família vão ajudar a manter um forte vínculo entre os
filhos adolescentes e sua mãe.
Deveres Adolescentes
Sendo
uma criança tem dezoito ou dezenove anos de idade, ele ou ela deve saber como
executar e operar todos os sistemas em uma casa moderna: máquina de lavar
louça, máquina de lavar roupa e secador de cabelo, aspirador, fogão e forno,
desentupir sanitário, mudar filtros de ar condicionado, fazer limpeza geral,
dirigir um carro, verificar o óleo, aparar a grama, e assim por diante. Isso
deve ser parte de uma progressão gradual de funções, por exemplo: dobrar as
toalhas aos seis anos de idade, aspirar o tapete aos dez anos de idade, usar a
máquina de lavar louça aos treze anos, e assim por diante. Alguns pratos
quebrados ao longo dos anos valem bem a seu angústia materna, quando você
percebe que os pratos (e as camisetas manchada de rosa saídas da lavagem misturadas
com a roupa branca) foram sacrificados em sua missão de criar damas e
cavalheiros maduros e auto-suficientes. Seu verdadeiro objetivo é levar as
almas de volta para Deus, que temporariamente as confiou ao seu cuidado
maternal.
Conclusão
Para
formar crianças bem ajustadas para conhecer, amar e servir a Deus, a mãe deve:
Fornecer
um ambiente amoroso, encorajador e estável.
Garantir
que os limites sejam consistentes e alinhados com o ensinamento da Igreja.
Reconhecer
que as crianças têm necessidades diferentes à medida que crescem. Muitas mães
são demasiado permissivas com crianças pequenas, e demasiado restritivas com os
adolescentes.
A
coisa mais importante que uma mãe pode fazer por seus filhos é amar a seu
marido. Todo o cuidado e carinho do mundo será destruído no dia em que anunciar
aos seus filhos o seu divórcio.
Masculinidade
pode ser resumida em uma palavra: sacrifício. Feminilidade é resumida em uma
palavra: submissão (12). Quando os homens sacrificam as suas famílias e as
mulheres estão sujeitas aos seus maridos, a harmonia acontece e as crianças,
assim, têm o ambiente estável que anseiam.
Fonte: Maria Rosa
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