Por Fratres in Unum.com | Está
prevista para esta terça-feira, a votação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei a respeito do uso da
internet (PL 2126/2011).
O
“marco civil da internet”, de iniciativa do executivo federal, tem sido
apresentado pela grande imprensa, ingênua ou propositadamente, apenas em suas
disposições acerca de furtos de informações privadas, crimes financeiros, etc.
Trata-se,
pois, de uma lei aparentemente inocente, mas que deixa margens para a
instalação de uma futura censura esquerdista e possível controle ditatorial da
internet.
Para
esclarecimento, reproduzimos a seguir o artigo de um colunista insuspeito
publicado ontem na Folha de São Paulo.
Não
deixe, portanto, de manifestar o seu repúdio aos parlamentares. O contato com cada deputado pode ser feito pela página da Câmara.
Você também pode telefonar ou
enviar um fax aos líderes dos partidos, pedindo que a bancada vote
contra o PL 2126/2011.
Trata-se
de um plano em consonância com a agenda socialista implementada gradativa, mas
resolutamente, pelo governo petista. Via usada pela Venezuela, diga-se de
passagem, para controlar “democraticamente” a internet. É um projeto à primeira
vista inofensivo, mas que aplaina o caminho para o futuro controle ideológico
da rede.
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Querem
domesticar a internet
Por Elio Gaspari
Com
mão de gato, puseram pelo menos dois cascalhos no projeto do marco regulatório
da internet que permitirão a censura da rede. Coisa de mágicos. Veja-se o
parágrafo 3º do artigo 9º:
“Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão,
comutação ou roteamento, é vedado bloquear, monitorar, filtrar, analisar ou
fiscalizar o conteúdo dos pacotes de dados, ressalvadas as hipóteses admitidas
na legislação”.
É
o arcabouço do qual saiu o modelo chinês. A internet é livre, desde que cumpra
as normas de serviço, portarias e regulamentos do governo. Felizmente o
deputado Miro Teixeira apresentou uma emenda supressiva ao texto do
comissariado, cortando-o a partir de “ressalvadas as hipóteses”.
Outro
dispositivo diz que, para “assegurar a liberdade de expressão”, o provedor
poderá ser responsabilizado civilmente se não cumprir uma ordem judicial que
manda bloquear uma conexão. A coisa fica assim. O soldado Bradley Manning rouba
750 mil documentos secretos do governo americano, transmite-os para o site
WikiLeaks por meio de um sistema impossível de ser rastreado (ele só foi
descoberto porque contou sua proeza) e um juiz de Mato Grosso manda o Google
esterilizar o link. Se não o fizer, pagará uma multa e seu gerente poderá ser
preso.
O
projeto, que poderá ser votado nesta terça-feira, fala na defesa da liberdade de
expressão e de acesso à informação para aspergir limitações. É a técnica da
reunião que baixou o AI-5, na qual se falou 19 vezes em democracia e criou-se a
ditadura.
Fonte: Fratres In Unun (com algumas adaptações)
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