Viveu entre os séculos III e IV,
durante o período de grandeperseguição contra os cristãos realizada pelos
romanos. Seus pais se chamavam Eustóquio e Êubola, e foi a sua
mãe que o inseriu na fé cristã por meio da catequese. Com a morte de sua mãe,
seu pai estimulou seu filho para se dedicar aos estudos, o fruto deste ato foi
à construção de um orador, filósofo e médico. Assim foi Pantalenta, nome que
significa em tudo como um leão.
Quando a perseguição explodiu em Nicomédia,
realizada pelo governador Maximiano, no tempo do Imperador Diocleciano, Pantalenta conheceu Hermelaus,
sacerdote, que o instruiu para ser um médico caridoso, e meio a isto, mostrou
Jesus como o Médico dos médicos, assim como, apresentou São Lucas, o
Evangelista que motivado por São Paulo, Apóstolo, tornou-se, por assim dizer, o
primeiro médico cristão.Como não conhecia outros médicos cristãos, e conhecedor
do testemunho e da fama de São Lucas, o Evangelista Médico, Pantaleão sentiu-se
tocado em ser, pelo que se pode perceber o segundo médico cristão da história.
Meio a dúvida entre o poder deJesus Cristo, o Grande Médico e a medicina
que este conheceu com seus estudos, Pantaleão se deparou, em uma das suas
consultas, com uma criança mordida por uma cobra venenosa. Vendo incapaz de dar
continuidade ao tratamento, ele lembrou-se das palavras de Hermelaus. Nisto veio
a orar, dirigindo-se para a criança, dizendo: “Em nome de Jesus Cristo,
levanta-te! E tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizestes!”. Meio a
expressão, afirma a Tradição, que a criança levantou-se e a víbora, levada ao
médico, morreu diante do santo. Com isto, Pantaleão decide verdadeiramente
abraçar o cristianismo, vindo a pedir o batismo para Hermelaus, e aceitou
ser chamado de Pantaleão, que quer dizer cheio de misericórdia. Ao se
batizar, converteu o seu pai, que era médico e não era batizado.
Juntos,
começaram a fazer obras de caridade pela cidade. Não cobrava o tratamento, e
fazia de sua casa um consultório, além de visitar pessoalmente, os enfermos que
a ele eram encaminhados. A sua forma de atuar como médico, o tornou conhecido na
região. Tamanho foi o seu conhecimento, que o governador Maximiano o contratou
como sendo o seu médico pessoal. Para o imperador, todos os médicos não eram
cristãos, eles apenas exerciam suas funções a fim de garantirem o seu sustento
(o que de fato era evidenciado naquela época, contudo, pelo que se vê na
história, Pantaleão era verdadeiramente, um médico e não um interesseiro e
egoísta). O imperador não sabia que Pantaleão era cristão. Todavia, lidando com
a inveja de outros médicos de sua época, estes denunciam o santo ao imperador,
e meio a isto, o líder manda prendê-lo.
Na prisão é torturado, e depois,
deixado entre leões que não o atacam. No dia seguinte, em praça pública, tentam
afogá-lo, mas não conseguem; depois, o colocam em uma fogueira, mas as chamam
não o queimam. Diante destes feitos, o amarram a uma árvore e o degolam, e
esquartejando-o em seguida. Assim veio o santo, conhecer o martírio. Isto
aconteceu por volta do ano 305. Com o ato cruel que fizeram, os moradores da
localidade, recolheram o seu sangue e guardaram e frascos, distribuindo-os por
todo o império.
Historicamente, ele teve sua devoção divulgada entre os
cristãos que se dedicaram as ciências da saúde e biológicas, sendo reconhecido
como Padroeiro dos Biólogos e Biomédicos. Esta mesma devoção foi difundida de
forma significativa na Europa, no tempo da epidemia da Peste Negra (1393-1396),
onde, junto com outros 13 santos são considerados como Santo Auxiliar, ganhando
assim, o reconhecimento da Igreja. Todavia, os créditos dado a este santo não
está pelo fato de ser um dos santos auxiliares, mas que, por volta do século
XVII os fracos com seu sangue chegou às mãos dos líderes da Igreja. Hoje, as
relíquias se encontram na Igreja de São Severino, em Roma, Itália; e no
Mosteiro da Encarnação, em Madrid, sendo neste mosteiro, guardadas pelas
freiras Agostinianas, na Capela as Relíquias.
E o que acontece com este foi
causa de estudo no ano de 1718: a liquefação do sangue do santo martirizado.
Este mesmo fenômeno também acontece com o de São Januário, contemporâneo de São
Pantaleão. Todavia, o dia em que o de São Januário se liquefaz é aos 19 de
Setembro, já o de São Pantaleão, 27 de Julho. E o que chama atenção é o fato de
ocorrer nos dois locais onde o sangue do Mártir se encontra. No caso, na
Espanha e na Itália. Diante do fato, o Arcebispo de Compostela, Dom
MiguelHerrero Esqueva, nomeou uma comissão científica para estudar o caso.
O resultado do estudo é publicado no ano de 1724, onde os pesquisadores da
época consideraram como autêntico a liquefação do sangue de São Pantaleão.
Associação com fatos históricos
revela alguns mistérios os quais são compreendidos de forma mais ampla com os
olhos da fé. Como destaque, relatos enfatizam que o sangue de São Pantaleão
ficou liquefeito não somente durante o dia 27 de julho, mas por todo o período
em que se deu a Guerra Espanhola (1936-1939), onde os comunistas incendiaram Igrejas
e Conventos, e assassinaram vários sacerdotes e religiosos no país. Nesta
mesma Guerra, os soldados católicos lutavam gritando, segundo relatos: “Viva
Cristo Rei”. Os comunistas perderam a Guerra. Outro relato do mesmo sangue, no
século XX, é o fato de que durante a Primeira (1914-1918) e Segunda (1939-1945)
Guerras Mundiais, o sangue permaneceu liquefeito.
Outro dado ainda
interessante, é que no ano de 1939, o sangue se solidificou aos 1º de abril,
dia em que se oficializou o fim da Guerra Espanhola, e no dia 1º de setembro
permaneceu liquefeito até o fim da Segunda Guerra Mundial. No ano de 1979 o
sangue voltou a ficar liquefeito, vindo a perdurar durante os anos seguintes da
década de 1980. Desde 1989, anualmente, aos 27 de julho, o sangue de São
Pantaleão se liquefaz. São estes alguns fenômenos que nos ajudam a analisar
mais a ação de Deus na história.
Por fim, por trás de todos
estes, estão as honras a este santo, cujo testemunho é considerado. De forma
bem específica, por sua vez, o que acontece ainda hoje, por volta desta data,
27 de julho, é mais um fato de que os santos são os Profetas de Deus. Nisto,
cabe ao mesmo, a colocação da magna máxima da história: “quando se cala a
voz de um profeta, as pedras falarão”.
São Pantaleão, rogai por nós.
Fonte: Escravas de Maria
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