sexta-feira, 26 de julho de 2013

Frutos da Confiança: Exemplo dos Santos



Frutos da Confiança:

Exemplo dos Santos

Os Santos rezavam com essa confiança, e por isso Deus Se mostrava a respeito deles de uma liberalidade infinita.

O Abade Sisois, segundo narra a Vida dos Padres, rezava um dia por um dos seus discípulos que a violência da tentação tinha abatido. Queirais ou não, dizia a Deus, não Vos deixareis antes de o terdes curado. E a alma do pobre irmão recobrou a graça e a serenidade.

Nosso Senhor dignou-Se revelar a Santa Gertrudes que a sua confiança fazia tal violência ao Divino Coração, que Ele era forçado a favorecê-la em tudo. E acrescentou que, assim agindo, satisfazia às exigências da sua bondade e do seu amor por ela. Uma amiga da Santa orava desde algum tempo sem nada obter. O Salvador lhe disse: "Diferi a con­cessão do que Me pedes, porque não confias na minha bon­dade como a minha fiel Gertrudes. A ela nunca recusarei nada do que Me pedir"



Enfim, eis, segundo o testemunho do Bem-aventurado Raimundo de Cápua, seu confessor, como rezava Santa Catarina de Siena.

"Senhor, dizia, não me afastarei de junto dos vossos pés, da vossa presença, enquanto a vossa bondade não me tiver concedido o que desejo, enquanto não Vos aprouver fazer o que Vos peço".

"Senhor, continuava, eu quero que me prometais a vida eterna para todos aqueles que amo".
Depois, com uma audácia admirável, estendia a mão para o Tabernáculo: "Senhor, acrescentava, ponde a vossa mão na minha! Sim! dai-me uma prova de que me dareis o que Vos peço!..."

Que esses exemplos nos incitem a nos recolhermos no fundo da alma; examinemos um pouco a consciência. Com um piedoso autor dirijamos a nós mesmos a pergunta se­guinte: "Teremos posto em nossas preces uma confiança total,um pouco desse absolutismo da criança que solicita da mãe o objeto que deseja ? o absolutismo dos pobres men­digos que nos perseguem, e que, à força de importunação, conseguem ser atendidos? sobretudo, o absolutismo, ao mesmo tempo tão respeitoso e tão confiante, dos Santos em suas súplicas?..."



(Livro da Confiança, Padre Thomas de Saint-Laurent)

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