sábado, 20 de julho de 2013

Frutos da Confiança: A oração confiante tudo obtém.



"Pedi e recebereis..."



Frutos da Confiança

A oração confiante tudo obtém.


Enfim, e como uma das suas maiores prerrogativas, a confiança é sempre atendida. Nunca será demasiado repeti-lo: a prece confiante tudo obtém. 

Com insistência muito acentuada a Escritura recomenda-nos reanimar a nossa fé, antes de apresentarmos a  Deus nossas súplicas. "Tudo o que pedirdes a Deus, com fé na oração, vós o obtereis", declara o Mestre. O Apóstolo São Tiago usa da mesma linguagem; quer que pecamos "com fé, sem hesitar". Aquele que duvida, assemelha-se à vaga inconstante do mar; em disposições tais, é inútil pretender ser ouvido.



Ora, de que fé tratam os trechos precedentes? Não é da fé habitual que o Batismo infunde nas almas; mas sim de uma confiança especial, que nos faz esperar firmemente a intervenção da Providência em circunstâncias dadas. É o que diz, explicitamente, Nosso Senhor no Evangelho: "Seja qual for o objeto da vossa prece, crede que o obtereis; e isso vos será concedido". O Mestre não podia designar mais claramente a confiança.

Podemos ter fé viva e duvidar, no entanto, que Deus queira acolher favoravelmente este ou aquele pedido nosso. Temos acaso a certeza, por exemplo, de que o objeto do nos­so desejo convém ao bem verdadeiro da nossa vida? Hesita­mos, pois. E essa simples hesitação, nota um teólogo, dimi­nui a eficácia da oração.

Em outras ocasiões, pelo contrário, a certeza íntima fortifica-se a ponto de repelir completamente toda dúvida ou hesitação. Estamos tão certos de sermos atendidos, que já nos parece ter na mão a graça solicitada. "Em atenção a uma confiança tão perfeita, escreve o Padre Pesch, Deus nos concede graças que, sem isso, não nos teria dado". Com efeito, o bem que Lhe pedíamos não nos era necessário; ou então, esse bem não realizava as condições pre­cisas para que Deus, em virtude de suas promessas, Se obrigasse a no-lo dar. O mais das vezes, de resto, essa íntima certeza é obra da graça em nós.

"Por isso, conclui o autor, uma singular confiança em obter esta ou aquela bênção, é uma espécie de promessa especial que Deus nos faz de no-la conceder".

Uma palavra de São Tomás resumirá esta curta digres­são: "A oração, diz o Doutor Angélico, tira o seu mereci­mento da caridade; mas sua eficácia impetratória lhe vem da fé e da confiança"


(Livro da Confiança – Padre Thomas de Saint-Laurent)


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