quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Breve Tratado do Matrimônio pelo Rev. Pe. Jean Viollet - Parte VIII




VIII - PATERNIDADE E MATERNIDADE

1- O amor vem de Deus. É para dar a vida
Porque Deus é amor e criou o mundo para o amor, colocou entre o homem e a mulher a faísca do amor, da qual deverão nascer os filhos. Tal como o amor divino, o amor conjugai deve ser criador, redentor e santificador.
2- Amor criador
    É criador, pois por ele são concebidas as criaturas que Deus quer chamar à vida, e que é ele que vai prover às necessidades temporais e espirituais dos filhos.
3- Amor redentor

É redentor, pois os esposos, por amor de um para com o outro e por amor de seus filhos, devem oferecer suas alegrias, seus trabalhos e suas penas para salvação comum da família.


4-   Amor santificador

É santificador, pois o esposo deve se santificar por amor da esposa, a esposa por amor do esposo, e ambos por amor das almas de seus filhos.

5-   Os filhos

O dom que de seu corpo mutuamente se fazem, esposo e esposa, é princípio de vida e não deve nunca ser desviado de seu fim natural: os filhos. A chegada de um filho transforma os esposos em dois novos seres, animados de um sentimento comum que os eleva acima de si próprios, o sentimento de paternidade e de maternidade.

6-   Novas responsabilidades

Pai e mãe se sentem juntamente ligados pela imensa responsabili­dade, que é a proteção e educação do pequeno ser sem força e sem luz que lhes é confiado. Ambos se sentem chamados em proporcioná-las tão perfeitamente quanto possível. Sabem que o filho se alimentará dos exemplos que tiver sob seus olhos e tal perspectiva os obriga a se aperfeiçoarem a si mesmos. Devem formar um coração e uma inteligência de homem e de cristão e, para fazê-lo, não mais viverão para si mesmos, mas para levar a cabo aquela vida de que agora têm responsabilidade.

7- O bem dos filhos exige o bom entendimento entre os esposos

Velarão para que não haja entre eles a mínima desinteligência e a menor divisão, porque sabem que estas desvirtuam a formação do pequeno ser fraco e sem defesa que lhes é confiado. Compreendem que o filho tem necessidade da dupla afeição do pai e da mãe e que essa afeição só vale se se concilia num sentimento único: união para o bem moral e espiritual daquele ao qual irão, doravante, se consagrai. Para a paternidade e a maternidade o amor conjugal se eleva e se transfigura.


8- Tentação

Mas que os esposos não se deixem tentar por uma espécie de egoís­mo a três, de regozijarem-se nas alegrias da paternidade, mas reduzidas ao mínimo. O amor, desde então, recusaria sobre si mesmo e se despo­jaria da vida espiritual para a qual tende.

9- O amor só vive pelo dom

O amor não se conserva e não se aprofunda senão se dando. Por isso os esposos cristãos multiplicam o dom de si mesmos, multiplicando o número de seus filhos. Aceitam, antecipadamente, trabalhos e penas que acompanham a educação de família numerosa. Mas sabem que as bênçãos de Deus estão reservadas para aqueles que as aceitam generosamente. Os esposos, que sabem com certeza que não podem ter filhos, podem, no entanto, usar legitimamente dos seus deveres conjugais, com vista à realização dos outros fins do matrimônio, e para favorecer o bom entendimento conjugal.

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