quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Breve Tratado do Matrimônio pelo Rev. Pe. Jean Viollet - Parte I



Breve Tratado do Matrimônio Padre Jean Viollet


O Padre Viollet, bem conhecido pelos seus livros sobre a família e a educação, expõe em algumas páginas os princípios e regras do ma­trimônio cristão. 

Numa época em que a instituição familiar está sendo muito ultra­jada, em que se perdem as referências, esta obra ajudará os jovens que se preparam para o matrimônio, e também os esposos, em conhecerem melhor a grandeza deste estado de vida.

O autor não se contenta com relembrar os princípios, mas dá tam­bém valiosos conselhos para formar uma família capaz de atravessar todas as difi culdades da vida, uma família fundada sobre um amor verdadeiro, e não sobre o egoísmo.
       I - MATRIMÔNIO

1-    A chamamento para o matrimônio
     Entre as vocações às quais os homens estão chamados pela Providên­cia, o matrimônio é umas das mais elevadas. Pelo matrimônio o homem e a mulher, colaboradores de Deus na procriação dos filhos, são chama­dos a se santifi car mutuamente e recebem, ao mesmo tempo, a missão de formar, pela educação, o coração, a inteligência e a vontade dos filhos que lhe são confi ados, até chegar o dia em que os mesmos são fi nalmente capazes de se conduzir por si próprios.

2-    Baseia-se no amor 
      Porque Deus é amor e porque Ele criou o mundo por amor, quis que seus fi lhos nascessem do mesmo modo, isto é, pelo amor que une um homem e uma mulher para a vida inteira. Por esta razão, o casa­mento deve ser considerado com um respeito religioso. Aliás, é consa­grado por um sacramento, o sacramento do Matrimônio.


3-    Pede longa preparação
    Por conseguinte, o homem e a mulher têm de preparar-se antecipa­damente e por longo tempo, durante os seus anos de adolescência, para a sublime vocação que fará deles os colaboradores da obra divina. Para preparar-se para isto, o jovem deverá conservar o seu corpo na castidade, aprender a respeitar a mulher, adquirir as qualidades sobre as quais poderá, com toda confiança, repousar o coração da esposa. A jo­vem deverá ser reservada, cuidar da guarda do seu coração, não procu­rar as emoções sentimentais sem futuro, mas acostumar-se a missões de devotamento e generosidade, começando no seio da própria família.

4-    O que deve ser o amor
   O amor não é uma satisfação dos sentidos; também não é um so­nho novelesco. E um sentimento forte e profundo, o dom generoso e durável de um só homem para uma só mulher.
    Exige que cada um dê ao outro o melhor de si mesmo, aplique-se a lutar contra os defeitos que constituem um obstáculo para a harmonia conjugai, conquiste as qualidades e virtudes que enriquecem o amor e lhe dão todo seu valor moral e espiritual. O verdadeiro amor não se confunde, como amiúde acreditam os jovens, com uma beatitude sem mistura.
   É feito de alegrias e penas, de desenvolvimentos e sacrifícios. Os que pretendem não ter do amor senão suas alegrias, o matam antecipada­mente; ao passo que aqueles que aceitam seu fardo e seus cuidados, o garantem contra os egoísmos da paixão e as dificuldades da vida.

5-  Origem do amor
   O amor conjugal não é uma invenção humana. É querido por Deus. É desvio de seu fim natural não procurar nele mais do que a satisfação dos desejos da paixão, sem fazer por onde gerar filhos e se consagrarem os esposos à sua educação, dando-lhes o melhor de si mesmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário